You can keep your old nose on
(Blogger em transe)
Acabo de chegar da casa de uma amiga que mudou de nariz. Pelo menos tudo me leva a crer que há-de lá estar um diferente por debaixo daquela montanha de ligaduras. Nem me atrevi a perguntar se ela estava bem. O facto é que não estava doente, mas bem não podia estar. Não pode. Começam a insinuar-se umas manchas negras à volta dos olhos e aqueles tubinhos não inspiram nada de bom. Por acaso até acho que ela tem muita vontade de dar uns valentes gemidos de dor, mas está caladinha. Primeiro porque está toda entrapada e depois porque não pode dar "parte de fraca". O protótipo do novo nariz era francamente bonito e espero que não fique decepcionada. A bem dizer, já ninguém a podia ouvir queixar-se do nariz horrendo. Quando decidiu fazer a operação plástica, todos respirámos de alívio, fartos daquele tema recorrente de conversa.
Agora está ali toda empalhada, mas suponho que esteja feliz (pelo menos enquanto durar o analgésico....). E se lhe dá vontade de tossir? Ou de espirrar?
Como graçola, levei-lhe uma miniatura da Cleópatra embrulhada numa embalagem de perfumaria. Garanto que nunca na minha vida me arrependi tanto de oferecer alguma coisa a alguém: a vontade de rir foi tanta que ia estrebuchando por detrás daquelas ligaduras e tubos.
Acho que ainda vai levar algum tempo até conseguir pôr o pé fora de casa. Até lá, julgo que não vai querer olhar para nenhum espelho.
Acabo de chegar da casa de uma amiga que mudou de nariz. Pelo menos tudo me leva a crer que há-de lá estar um diferente por debaixo daquela montanha de ligaduras. Nem me atrevi a perguntar se ela estava bem. O facto é que não estava doente, mas bem não podia estar. Não pode. Começam a insinuar-se umas manchas negras à volta dos olhos e aqueles tubinhos não inspiram nada de bom. Por acaso até acho que ela tem muita vontade de dar uns valentes gemidos de dor, mas está caladinha. Primeiro porque está toda entrapada e depois porque não pode dar "parte de fraca". O protótipo do novo nariz era francamente bonito e espero que não fique decepcionada. A bem dizer, já ninguém a podia ouvir queixar-se do nariz horrendo. Quando decidiu fazer a operação plástica, todos respirámos de alívio, fartos daquele tema recorrente de conversa.
Agora está ali toda empalhada, mas suponho que esteja feliz (pelo menos enquanto durar o analgésico....). E se lhe dá vontade de tossir? Ou de espirrar?
Como graçola, levei-lhe uma miniatura da Cleópatra embrulhada numa embalagem de perfumaria. Garanto que nunca na minha vida me arrependi tanto de oferecer alguma coisa a alguém: a vontade de rir foi tanta que ia estrebuchando por detrás daquelas ligaduras e tubos.
Acho que ainda vai levar algum tempo até conseguir pôr o pé fora de casa. Até lá, julgo que não vai querer olhar para nenhum espelho.
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