4.8.06

Inner thigh nook

(Nota de advertência ao leitor incauto: se procuraides por aqui algo aviso-vos já que não encontraraides mais que umas palavras de valor literário absolutamente duvidoso ou mesmo inexistente. Que quereides que eu faça que parece que a silly season me enrodilhou com tal força que ainda hoje estou para perceber se algum dia conseguirei dela sair. Se é de literatura pura e dura que gostaides então passaide à frente disto que são só dislates de mulher esforçada mas pouco conseguida helas!)

Não sei como traduzir esta coisa em português mas no caso refere-se a um pequeno ponto que existe no corpo de todas as mulheres (e no dos homens também embora no caso deles seja mais difícil de perceber porque normalmente não está exposto sendo totalmente coberto por uma pelagem selvática a não ser que eles adiram ao look depilação total mas mesmo assim não é bem igual ao das mulheres porque é mesmo assim que as coisas são).

Eu sei exactamente onde ele fica mas talvez seja difícil de explicar aqui só por palavras. Mas colocando o dedo indicador no joelho, roda-se um quarto de volta no sentido interior da perna e depois é sempre a subir até chegar ali onde a perna acaba e começa a virilha. Há ali uma pequena covinha por trás dum tendão e é essa covinha que tem este nome tão extraordinário e mais do que o nome tem um efeito ainda mais extraordinário quando a dona da dita covinha sabe que a tem e sabe o efeito que ela pode ter sobre todo o resto da espécie humana.

Não diria que esta é a parte mais sensual do corpo duma mulher porque isso cada um dirá o que a si lhe parece mais sensual no corpo de cada mulher mas está provado, talvez não cientificamente mas eu sei que está provado algures nos anais da história da sensualidade feminina, que as mulheres que melhor sabem jogar com o efeito desta sua sensual covinha são as que mais longe conseguem ir no imaginário erótico e sensual de todos os homens e se calhar até de todas as mulheres porque um recanto é sempre um recanto e os recantos, por vezes até apesar de terem dona, são por si só uma poderosa fonte de fascínio e mistério.

Mas voltando ao ponto x, neste caso à covinha de nome intraduzível, haveis de reparar nas poses de artistas do mundo erótico visual e vereis a diferença que faz uma pose cuja incidência seja essa mesma dita cuja covinha a insinuar-se para quem olha e tenta descortinar esse recanto inviolável que se antevê nas pernas entreabertas duma mulher. Bem vistas as coisas nem tem que ser uma pose erótica porque já vi um anúncio de creme anti-celulite que mostrava muito bem e em tamanho cinematográfico o entre pernas de uma modelo que de celulite devia ter pouca ou nenhuma mas que essa covinha mágica lá estava e que prendia o olhar lá isso ninguém o pode negar!

Outro exemplo são as fotos que saíram da Ana Malhoa na última revista FHM. Essa rapariga que era um autêntico saco de batatas aqui há uns anos atrás, neste momento tem um “inner thigh nook” de tal forma poderoso, e ela sabe-o bem, que se nota a quantidade de fotos tiradas por trás e incidindo sobre o seu mais belo e sensual recanto que a revista entendeu ter o dever publicar. É que não há nada que enganar. É só abrir ligeiramente as pernas e deixar a máquina brincar com os efeitos de luz que se materializam ali no meio. Artistas e fotógrafos conjugam-se para juntos realçarem o que a mulher tem de mais sensual e quando a artista está no seu auge, como é caso da Ana Malhoa que eu ainda estou aqui meio atordoada com a evolução drástica daquela que era apenas uma miúda balofa nos tempos do buéréré, e o fotógrafo se sente mais à vontade para explorar o que a artista se sente à vontade para lhe mostrar, e se calha a luz fazer sombra onde deve fazer e iluminar o que deve ser iluminado, então ninguém resistirá a se quedar uns bons minutos ou mais a estudar esse pormenor mágico e muito mais poderoso do que qualquer mulher possa imaginar.

Mas infelizmente também há as que exageram pois que há sempre quem tente ser tudo para todos e queira açambarcar o mercado sem perceber que nem sempre é na quantidade que está o ganho. O recanto é para ser entrevisto e adivinhado e não para ser esfregado na cara de quem está a apreciar a qualidade estética duma fotografia deste género. Se a mulher abre completamente as pernas e mostra mais do que deve perde-se totalmente o efeito e aí já entramos no reino da foto-pornografia que não é de todo ao que me refiro aqui. O poder do inner thigh nook está mais no que se esconde do que no que se mostra, precisamente porque atrás do que ali se esconde está um mundo enorme limitado apenas pela imaginação de quem se deita a adivinhar os caminhos que os dedos ali chegados poderão continuar (ou não) a traçar...

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