27.10.05

A fronteira

Não é assim tão fácil julgar alguém que comete um acto impensado. Eu há quase um ano atrás debrucei-me sobre o assunto do adultério e andei que tempos a pensar onde estaria a tal fronteira que separa a fidelidade da infidelidade. Todos aprendemos que devemos ser fieis ao outro nas palavras, nos pensamentos e nos actos. Mas… quem nos controla os sonhos? E a imaginação? E quem estabelece quais as palavras que são válidas e quais não são?

Estava eu ocupada a pensar nestas coisas quando uma amiga me perguntou apenas e só: "sentes-te adúltera?" E eu mesmo sem ter feito ainda nada e sem ninguém ainda saber de nada respondi-lhe que sim. A fronteira afinal estava dentro de mim. Não tinha consumado o acto mas já tinha pensado em fazê-lo. Já tinha sonhado com isso, muitas e muitas vezes até.

E neste momento em que passou quase um ano desde aí e em que a minha vida mudou completamente, eu sou a primeira a evitar julgar seja quem for. Cada um sabe com o que pode e consegue ou não viver e conviver. E quem nunca passou por uma situação semelhante que me atire a primeira pedra.

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