4.1.06

post scriptum

não. não esqueço o carnaval de 77. a tua morte a meio dos peixinhos da horta (o telefone nunca tocou a esta hora) admito caiu-me mal. (assaltado pela urgência de esquecer. não quero ouvir. detesto partidas) mas eu sei que te pesou o meu anseio de colo na tua falta dele. eu sei (não quero levantar-me. esqueçam-se de mim. tenho vergonha desta fome acossada) lamento. eu não peço mais. fica agora só (não vás já. senta-te aqui comigo a vê-los chorar) este desejo de não ter regressado mascarada da tua morte. desejo (sem ti não sei aprender) de parares de morrer de vez (pai)

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