15.2.06

Mas ainda "se pede" namoro?

Confesso, sou uma romântica lamechas que se derrete com o mais ínfimo mimo. Gosto de tradições, de comemorações, de lençóis borados e que o meu marido me ofereça flores. Apesar disto tudo, nunca gramei o "dia dos namorados". Não gosto, não comemoro e ponto final.
Esta manhã em conversa de café, alguém disse: "Ah! Nós não comemoramos o dia dos namorados porque comemoramos o dia de anos de namoro" (mulher, 34 anos, casada há uns nove ou dez anos)

O dia de quê?! Como é que se "marca" isso? Será o dia do primeiro beijo? Mas de que beijo? Da primeira queca? Da primeira discussão? Da primeira noite? Do primeiro banho? Da primeira insinuação? (Alerta leitores estudantes! Há aqui tema para encher uma tese!)

Havendo um pedido de namoro à moda antiga, o que duvido muito nos dias que correm (não estou de todo a ver um homem feito ir a casa dos pais da sua mais-que-tudo perguntar se pode saltar em cima da miúda), ou mesmo um daqueles pedidos infantis que proliferam nas escolas primárias e que se traduzem no banal - Lurdes, queres namorar comigo?, está o caso encerrado. O dia é esse e não se fala mais nisso. Mas quando o namoro começa aos bocadinhos, quando vai começando, como é que se faz?

Comemorar o amor é que é bom, pá. E isso faz-se todos os dias.



O beijo, Rodin (daqui)

referer referrer referers referrers http_referer Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com