20.6.06

Fotografias a um rabo

A propósito do strip filmado (um genial post que aconselho vivamente) lembrei-me de um dos meus momentos de alucinação daqueles que tudo quanto é gajedo pensa que até era giro, no mínimo (tá bem, nem todas admitem, mas aposto tudo o que quiserem como a todas lhes passa pela cabeça em certa altura ou outra) e algumas resolvem implementar, entre o riso e algum pudor absurdo.

Absurdo porque, se se pensar bem, não faz grande sentido entregar-se de corpo ao vivo e a cores e depois ficar com alguma vergonha em fotografar-se assim, mas que é que se há-de fazer e a verdade é que eu não passo de uma menina que nasceu no século passado.

Mas a bem da nação (ou de um dos membros da nação, isto digo eu, claro, que a esta hora, na volta, circulam na net) em certa altura de alucinação, como estava a contar, achei que seria uma brilhante ideia enviar algumas pics do meu rabo a um namorado que vivia fora de Portugal. Para ele matar saudades, por assim dizer...as mulheres são umas cabras, claro; não era nada para matar saudades e sim para o desinquietar todo, não fosse ele começar a olhar para os fundilhos das calças das outras, enfim, coisas que nos passam pela cabeça, como essa minha ideia.

Pensada a coisa e decidida a ir para a frente com aquilo, vá de montar o estaminé, que isto de pics ao rabo não é assim sem mais nem quê. Um gajo não se vira de costas para a máquina, liga o botão do diferido, baixa as calças e zás. Ou, pelo menos, uma gaja não faz isso; até porque primeiro que se encontrem as instruções da máquina para saber qual é o botão do disparo daqui a bocado, é uma horinha ou duas e a ideia, que era impulsiva, começa a ganhar mofo.

Adiante. Duas horas depois já se sabe qual é o botão e já se fizeram uns testes para ver o tempo que se dispõe entre o ir a correr ligar a máquina e voltar para a pose. Ah! A pose. Pois é. A pose é tramada. Que um rabo não fica exactamente ao nível de um banco da cozinha, quando não se tem um tripé para apoiar a máquina. E, aqui desvendando um dos segredos dos rabos erguidos que correm pela net fora, minhas amigas, ou têm pernas de dois metros e menos de vinte anos ou então uns saltos altos operam milagres. O banco da cozinha é que fica cada vez mais baixo e nem os quatro volumes do Dom Tranquilo conseguem que aquilo acerte no alvo a fotografar.

Mais uma hora a acertar alturas.

Já o rabo estaria mais que farto, por essa hora, mas que diabo! Depois daquela trabalheira toda, o mínimo que se lhe pede é que fique quieto, habilmente vestido com praticamente nada, para que finalmente se disparem umas vinte fotografias (quarenta idas e vindas da pose à máquina, liga botão, volta para trás) e se escolham duas ou três.

E não é que ficaram BESTIAIS? Valeu o esforço, valeu mesmo: no dia seguinte, o tipo meteu-se num avião e só parou à porta de minha casa.

Ou teria feito isso se alguma parte desta história fosse verdade...e depois, quem sabe? Até pode bem ser. ;)

PS: ah! Apaguei-as depois; lamento.

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