o anjo Charlie
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No meio de uma panóplia imensa de namoradas, daquelas que estão caladas e não chateiam e que, segundo a Isabela, são umas belíssimas substitutas para os que não querem perder (ou ganhar...) muito tempo nas relações afectivas, descobri o Charlie. Boca entreaberta, penteado à totó, uma expressão quase tão viril como a do Ken. ‘Tá mal. Então nós não podemos escolher como queremos o nosso boneco de silicone? Tal como acontece com os homens reais temos que nos conformar com o resto do pacote quando nos encantamos com uma personalidade e um temperamento, como os de Charlie? É este o anjo-da-guarda formatado que criaram para tratar das nossas insónias?
Para agravar, parece-me que a pila dele está sempre erecta. Ora uma das coisas de que nós gostamos é de as ver esticarem-se só para nos verem melhor. Como às crianças, precisamos de as ver crescer sob a influência do nosso olhar. Assim não vale.
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