When you try your best but you don't succeed...
Minha linda e querida Cilinha,
Escrevo-te hoje esta carta porque durante uns tempos esqueci-me de ti, a bem dizer esqueci-me de todos, esqueci-me até de mim e já nem sequer me lembro onde foi que me perdi de mim, de ti, e do resto do mundo.
Talvez seja inexperiência da minha parte, sabes que por dentro não sou igual à idade que aparento por fora. Queria ter um bocadinho da tua sabedoria e experiência de vida para sentir que isto que me aconteceu é normal, banal, corriqueiro e comum. Lancei o meu coração o mais alto que pude mas ele não chegou lá, ao sítio onde eu tanto quis que ele chegasse. E como é óbvio por efeitos da gravidade o que sobe também desce e a queda foi um bocadito dramática, especialmente para alguém como eu, que nunca tinha passado por um verdadeiro desgosto de amor, que nunca tinha sentido a lâmina fria e aguçada da espada da rejeição. Assim crescemos e assim aprendemos, dir-me-ás tu. Aprendemos mais com a adversidade do que com a tranquilidade. Aprendemos mais sobre nós e sobre os outros. Abrimos os olhos à loucura que é tentar viver neste mundo que não é feito à nossa medida.
Não seja por isso, que eu por fora estou igual. Aparentemente nada mudou em mim, apenas cresci um bocadinho por dentro e como não há forma suave de passar dum estado ao outro, foi mesmo assim, bruscamente e aos solavancos.
Como não tenho um colo onde chorar as minhas mágoas, aproveito-me agora de ti, da mão que me estendes e desabafo nesta folha em branco a injustiça que é amar sem se ser amado. Mas lá está, idealmente escolheríamos todos a dedo, sobretudo aqueles que nos estão mais próximos e certamente o faríamos tendo em conta a sua capacidade de não nos magoarem nunca e de serem honestos e verdadeiros nos seus propósitos. Assim como eu sou para com os outros, esperei que os outros fossem para comigo.
No one can fix me. Não há nada, nem ninguém, que me faça voltar a ser como era dantes. Perdi um bocadinho da minha candura. Mas ainda estou aqui. Farei os possíveis para continuar por aqui. Não te quero deixar sozinha, e nem que seja só por isso farei um esforço. Para me rir novamente, para viver de forma despreocupada e alegre. Como dantes.
O meu mais sincero e sentido obrigada!
Escrevo-te hoje esta carta porque durante uns tempos esqueci-me de ti, a bem dizer esqueci-me de todos, esqueci-me até de mim e já nem sequer me lembro onde foi que me perdi de mim, de ti, e do resto do mundo.
Talvez seja inexperiência da minha parte, sabes que por dentro não sou igual à idade que aparento por fora. Queria ter um bocadinho da tua sabedoria e experiência de vida para sentir que isto que me aconteceu é normal, banal, corriqueiro e comum. Lancei o meu coração o mais alto que pude mas ele não chegou lá, ao sítio onde eu tanto quis que ele chegasse. E como é óbvio por efeitos da gravidade o que sobe também desce e a queda foi um bocadito dramática, especialmente para alguém como eu, que nunca tinha passado por um verdadeiro desgosto de amor, que nunca tinha sentido a lâmina fria e aguçada da espada da rejeição. Assim crescemos e assim aprendemos, dir-me-ás tu. Aprendemos mais com a adversidade do que com a tranquilidade. Aprendemos mais sobre nós e sobre os outros. Abrimos os olhos à loucura que é tentar viver neste mundo que não é feito à nossa medida.
Não seja por isso, que eu por fora estou igual. Aparentemente nada mudou em mim, apenas cresci um bocadinho por dentro e como não há forma suave de passar dum estado ao outro, foi mesmo assim, bruscamente e aos solavancos.
Como não tenho um colo onde chorar as minhas mágoas, aproveito-me agora de ti, da mão que me estendes e desabafo nesta folha em branco a injustiça que é amar sem se ser amado. Mas lá está, idealmente escolheríamos todos a dedo, sobretudo aqueles que nos estão mais próximos e certamente o faríamos tendo em conta a sua capacidade de não nos magoarem nunca e de serem honestos e verdadeiros nos seus propósitos. Assim como eu sou para com os outros, esperei que os outros fossem para comigo.
No one can fix me. Não há nada, nem ninguém, que me faça voltar a ser como era dantes. Perdi um bocadinho da minha candura. Mas ainda estou aqui. Farei os possíveis para continuar por aqui. Não te quero deixar sozinha, e nem que seja só por isso farei um esforço. Para me rir novamente, para viver de forma despreocupada e alegre. Como dantes.
O meu mais sincero e sentido obrigada!
Etiquetas: linda cilinha
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