Os nossos problemas ridículos...
Todos os dias temos duas escolhas acordar com a sensação que nada muda, que tudo fica igual; com o desânimo da desistência... baixar os braços e irmos para a rotina da sobrevivência infeliz que nos mantém vivos. Ou acordar com a convicção que hoje vai ser um dia melhor, que vamos fazer por isso, que vamos colocar um sorriso nos lábios arregaçar as mangas e tentar resolver os problemas que cá estavam ontem. Se, no final do dia, os problemas ainda cá estiverem, pelo menos deitamo-nos com o sorriso de ter feito alguma coisa, de ter lutado e, de sabermos que, amanhã, vamos ter a coragem para continuar essa luta. Assim, os problemas deixados para trás vão diminuindo, os problemas para resolver por dia vão desaparecendo e, um dia, quem sabe, o sorriso será genuíno e pensaremos apenas: está tudo bem hoje, vou lutar para que assim continue.
Quando uma amiga nos diz que tem o pai em coma, a nossa preocupação mesquinha com a ausência dela faz-nos sentir estúpidos. Os nossos problemas tornam-se pequenos e as nossas preocupações transformam-se noutras projectadas nas preocupações de quem amamos e queremos proteger e ver sempre feliz.
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