Sexo a troco de dinheiro
Que haja quem o faça é compreensível porque a procura é vastíssima. Mas para qualquer mulher que possa ter qualquer outra ocupação essa opção é seguramente degradante. É uma devassidão do corpo que se reflecte no espírito e passado algum tempo eu estou em crer que elas deixam de ser humanas para passarem a ser só corpo e orifícios. Talvez haja algumas, prostitutas de luxo, que possam escolher os clientes a dedo e que tenham uns quantos "amantes" que as sustentem sendo uma situação satisfatória de parte a parte. Mas essas serão muito menos do que as outras, mulheres de olhar perdido que vagueiam pelas esquinas da vida à espera do próximo cliente. São mulheres sem direitos, convenientemente esquecidas pela nata da sociedade que hipocritamente disfarça e usa e abusa quando lhes convém.
E que haja quem pague para ter sexo assim! Gostava eu de saber o que sente um homem, subitamente acometido por um feroz desejo de despejar os seus resíduos em contentor humano, para se submeter a seguir uma fulana desprovida de raça, nacionalidade e credo (mas não de sexo) para dentro dum carro, ou para trás duma árvore e sem palavras e despojado de toda a sua racionalidade ali mesmo a penetre e se alivie como um qualquer animal que guincha ao ser trespassado pelos impulsos avassaladores do prazer sexual.
O sexo é coisa suja e porca, branqueado pela moral vigente para que a raça humana se possa perpetuar… e nós somos meros escravos dos nossos impulsos e desejos e também branqueamos o nojo que sentimos do acto em si, porque somos animais e gostamos de sentir prazer. Mas entre darmo-nos a alguém que nos atrai ou vendermo-nos como contentores humanos, a fronteira para mim é clara e intransponível!
Mas tenho mais pena das prostitutas do que nojo. E que venha alguém dizer que elas são-no porque querem ou até porque gostam. Ninguém pode gostar de ser tratado como um reles contentor! O homem que puser as mãos em cima de mim há-de tratar-me nas palminhas como se eu fosse realeza e se eu a ele me confiar vai ter que gastar muita saliva até me penetrar. Sim que eu sou uma fortaleza e não baixo as minhas defesas a troco de seja que montante for. Posso até considerar-me um prémio valioso, um bocado empoeirado é certo, mas eu é que escolho o quando, o como e acima de tudo o quem. E se homem nenhum me considerar como um prémio valioso pois paciência. Morrerei empoeirada e serei apenas mais uma nunca revelada e extraordinária amante em potência pois os prémios mais valiosos são os que se conquistam e não os que se compram por um qualquer montante, por mais elevado que seja.
Enfim, em termos hipotéticos e cinematográficos a gente até já viu cenas de um homem a pagar um milhão de dólares por uma só noite com uma mulher e se me aparecesse o Robert Redford com uma malita assim cheia de notas… pois quem sabe, o corpo por vezes é mais fraco que o espírito mas também se assim não fosse não haveria quem usasse o corpo como moeda de troca. E nós ficávamos todas sem trabalho que os homens que nos vêm cá ver no fundo também gostariam de sair daqui mais aliviados só que lá está. O mais parecido com o Redford que aqui esteve foi o Roberto Leal mas o homem foi tão pouco simpático connosco que até me interrogo se ele não estaria à espera que a gente lhe pagasse para que se viesse juntar ao nosso espectáculo. Não era ele que cantava que tinha casado com uma Gabriela que tinha muita guita? Em calhando é ela que lhe patrocina os discos que o homem tem cá uma voz de cana rachada que só dá vontade de bradar aos céus para que se lhe abata algo em cima da cabeça!
E que haja quem pague para ter sexo assim! Gostava eu de saber o que sente um homem, subitamente acometido por um feroz desejo de despejar os seus resíduos em contentor humano, para se submeter a seguir uma fulana desprovida de raça, nacionalidade e credo (mas não de sexo) para dentro dum carro, ou para trás duma árvore e sem palavras e despojado de toda a sua racionalidade ali mesmo a penetre e se alivie como um qualquer animal que guincha ao ser trespassado pelos impulsos avassaladores do prazer sexual.
O sexo é coisa suja e porca, branqueado pela moral vigente para que a raça humana se possa perpetuar… e nós somos meros escravos dos nossos impulsos e desejos e também branqueamos o nojo que sentimos do acto em si, porque somos animais e gostamos de sentir prazer. Mas entre darmo-nos a alguém que nos atrai ou vendermo-nos como contentores humanos, a fronteira para mim é clara e intransponível!
Mas tenho mais pena das prostitutas do que nojo. E que venha alguém dizer que elas são-no porque querem ou até porque gostam. Ninguém pode gostar de ser tratado como um reles contentor! O homem que puser as mãos em cima de mim há-de tratar-me nas palminhas como se eu fosse realeza e se eu a ele me confiar vai ter que gastar muita saliva até me penetrar. Sim que eu sou uma fortaleza e não baixo as minhas defesas a troco de seja que montante for. Posso até considerar-me um prémio valioso, um bocado empoeirado é certo, mas eu é que escolho o quando, o como e acima de tudo o quem. E se homem nenhum me considerar como um prémio valioso pois paciência. Morrerei empoeirada e serei apenas mais uma nunca revelada e extraordinária amante em potência pois os prémios mais valiosos são os que se conquistam e não os que se compram por um qualquer montante, por mais elevado que seja.
Enfim, em termos hipotéticos e cinematográficos a gente até já viu cenas de um homem a pagar um milhão de dólares por uma só noite com uma mulher e se me aparecesse o Robert Redford com uma malita assim cheia de notas… pois quem sabe, o corpo por vezes é mais fraco que o espírito mas também se assim não fosse não haveria quem usasse o corpo como moeda de troca. E nós ficávamos todas sem trabalho que os homens que nos vêm cá ver no fundo também gostariam de sair daqui mais aliviados só que lá está. O mais parecido com o Redford que aqui esteve foi o Roberto Leal mas o homem foi tão pouco simpático connosco que até me interrogo se ele não estaria à espera que a gente lhe pagasse para que se viesse juntar ao nosso espectáculo. Não era ele que cantava que tinha casado com uma Gabriela que tinha muita guita? Em calhando é ela que lhe patrocina os discos que o homem tem cá uma voz de cana rachada que só dá vontade de bradar aos céus para que se lhe abata algo em cima da cabeça!
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