8.9.06

Do fraquinho ao ridiculozinho

Prontos desta vez é que não me aguento mesmo e apetece-me disparar numa qualquer direcção virtual porque ele também há dias assim e o caro comentador que a isto me leva que me desculpe mas olhe, hoje estou com vontade de atirar. É que se tivesse assinado como "n.s." ou "nuno santos" ou qualquer outra coisa inócua eu podia ficar incomodada mas deixava passar, agora "naked sniper"!

Bem mas vamos lá por partes. Eu assumo que o meu post anterior possa ser mesmo fraquinho, não digo que não o seja. A inspiração tem destas coisas e apenas me apetecia aqui partilhar o desejo que sinto de ser seduzida, o que a meu ver é um desejo legítimo e até natural e será mais saudável do que desejar ser espancada, digo eu. Tenho pena que os homens hoje em dia (e as mulheres também) não valorizem mais as suas companheiras (ou companheiros) e era apenas disso que tratava o fraquinho post que publiquei. Podia ter falado sobre algo mais nobre e caro como a problemática do aumento súbito do preço do barril de petróleo mas lá está, a sedução é um tema que me interessa mais por muito fútil que isso lhe possa parecer.

Mas depois vai daí e o caro "naked sniper" atirou à queima-roupa e eu acusei o toque. Não o conheço de lado nenhum e isto que se segue não é nenhum ataque pessoal até porque poderá o caro comentador ser o homem mais fantástico do universo, mas ter escolhido esse nick é que sinceramente!!

Não sei se domina ou não a língua inglesa, quero acreditar que sim senão não tinha escolhido um nick desses. É que ainda se fosse "naked gun" que é uma expressão mais corriqueira se bem que penso que o significado não é bem o mesmo uma vez que aqui o nu se refere mesmo à arma embora uma arma nua já tenha o seu quê de ridículo porque o contrário de uma arma nua será uma arma vestida e eu já estou aqui a visualizar uma caçadeira de vestido cor-de-rosa às florzinhas amarelas e com um chapelito de palha no fim do cano a sofrer horrores por ter um dono que não a despe assim como todas as outras caçadeiras que se querem sempre nuas e prontas a disparar.

"Naked sniper" para mim traduz-se como "atirador furtivo nu". Ora isso para já é um contra-senso porque um atirador furtivo normalmente tenta passar despercebido e andará vestido de preto ou cinzento ou uma qualquer outra cor que não chame a atenção e seguramente não andará por aí nu de arma na mão! Ainda que se apelidasse de "proud sniper" ou de "lonely sniper" ou ainda de "wealthy sniper" ou qualquer outro adjectivo que realmente se casasse bem com a palavra "sniper" (palavra de que logo à partida confesso que não gosto porque me faz lembrar pessoas anónimas e cruéis que se movem e matam sem sentimento ou emoção de espécie alguma, mesmo que estejam só a atirar a pardais, que eu tenho pena dos pequenos pardais inocentes coitadinhos que não tem culpa de estar na mira dum atirador raivoso que sobre eles descarrega a sua arma).

Mas ó caro comentador, por acaso já pensou no que aconteceria se aparecesse por aí um dia um atirador furtivo nu? Como saberá seguramente os homens já não andam nus por aí há uma catrefada de milhões de anos e por alguma razão um deles um dia discorreu que para ser levado a sério tinha que esconder a sua nudez e desde aí nunca mais voltámos atrás. Não digo que não há ocasiões para se desnudar, mas no geral passamos mais tempo vestidos do que nus e eu diria que isso é uma das características que mais nos distingue dos animais, tá a ver? E eu por acaso até tenho pena dos homens que não podem andar nus por aí devido ao facto de serem possuidores dum apêndice que tem vida própria. E que podia causar-lhes muita situação embaraçosa por exemplo caso tivessem precisamente a perorar sobre a problemática do aumento súbito do preço do barril de petróleo e de repente o apêndice se lhes começasse a enrijecer, como é que ia ser? Em toda e qualquer situação ninguém gosta de se expor ao ridículo e tendo algo que não se controla em si eu percebo lindamente esse primeiro homem que ordenou que se tape e restrinja o que não se sabe comportar! Imagine-se lá nu no metro, no escritório, ou até numa igreja e imagine que no meio dum discurso mais inflamado do padre, o caro está precisamente a pensar em ir para casa brincar com a sua arma e o seu dito cujo vai disto e espeta-se-lhe ali todo. Já viu o ridículo a que se expunha? Já viu até o perigo que corria de vir a ser excomungado e nunca mais entrar naquela igreja nem em nenhuma outra por não ter conseguido respeitar a seriedade e santidade daquele local de culto?

Pronto olhe, desculpe lá qualquer coisinha mas foi a sua falta de jeito na escolha dum adjectivo que me levou a debitar aqui tanta palavrinha. Claro que me sujeito agora a ser apanhada numa rondada de disparos virtuais, mas lá está, a vida é mesmo assim. Se está no seu direito dizer que o que escrevo é fraquinho, também está no meu dizer que esse adjectivo que escolheu é ridículozinho!

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