Vidas privadas
Hoje em dia corremos todos um sério perigo de exposição. Muitas pessoas nem se aperceberão mas lentamente as marcas digitais da sua existência vão ficando espalhadas por aí fora e de repente há uma série de estranhos que sabem mais sobre a nossa vida do que muitos dos nossos conhecidos. Onde trabalhamos, onde fazemos compras, para quem ligamos, quem nos liga a nós, quais os nossos bancos, as nossas seguradoras, os programas de fidelização que subscrevemos, e até as escolas onde matriculamos os nossos filhos. A verdade é que cada um de nós hoje em dia deixa atrás de si uma enormidade de lixo virtual que pode não interessar a ninguém mas de repente até que pode também. Há uma fronteira que para mim não é nada clara entre os dados que são nossos e que deviam ser privados e estar salvaguardados e aqueles que por opção própria decidimos revelar a terceiros.
E mais do que isso há dados que disponibilizamos mesmo sem nos apercebermos. E hoje em dia qualquer grande organização da qual somos clientes, qualquer fornecedor de serviços e até mesmo o estado, poderá decidir mergulhar em tudo o que possui sobre nós e iniciar uma devassa não autorizada sobre a nossa privacidade. Piora ainda o cenário se pensarmos que estas entidades se compõem de seres humanos, passíveis de serem corrompidos como qualquer ser humano que se preze, e todos sabemos que os casos de acesso indevido e venda de dados confidenciais à imprensa ou a particulares são factos inegáveis por mais que as grandes corporações tentem negar que isso seja um verdadeiro problema.
Não me incomodaria nada que terceiros andassem a investigar a minha vida desde que os seus objectivos fossem claros e não prejudiciais. Se isso ajudasse a melhorar a minha qualidade de vida, pois que seja. Concordava e aceitava. Mas até que ponto posso eu confiar na fiabilidade e inviolabilidade das centenas de repositórios e réplicas que armazenam esses pedacinhos que fazem parte da minha identidade? Não me agrada nada saber que pessoas desconhecidas e não autorizadas pesquisam aspectos da minha vida que só a mim me interessam. E muito menos saber que partes da minha vida privada podem vir a ser do domínio público. É que eu cá tenho coisas a esconder, pois claro que tenho! Assim como toda a gente! Levante a mão quem nunca se baldou ao trabalho, quem nunca mentiu ao marido ou à mulher ou aos pais ou restantes familiares, quem nunca inventou desculpas para não comparecer a consultas, obrigações e deveres? Inventar desculpas esfarrapadas faz parte da geração de adrenalina necessária para se ter uma vida interessante! Pelo menos para mim é assim… eu cá sou daquelas que gostam mais daquilo que se esconde do que daquilo que se vê…
E mais do que isso há dados que disponibilizamos mesmo sem nos apercebermos. E hoje em dia qualquer grande organização da qual somos clientes, qualquer fornecedor de serviços e até mesmo o estado, poderá decidir mergulhar em tudo o que possui sobre nós e iniciar uma devassa não autorizada sobre a nossa privacidade. Piora ainda o cenário se pensarmos que estas entidades se compõem de seres humanos, passíveis de serem corrompidos como qualquer ser humano que se preze, e todos sabemos que os casos de acesso indevido e venda de dados confidenciais à imprensa ou a particulares são factos inegáveis por mais que as grandes corporações tentem negar que isso seja um verdadeiro problema.
Não me incomodaria nada que terceiros andassem a investigar a minha vida desde que os seus objectivos fossem claros e não prejudiciais. Se isso ajudasse a melhorar a minha qualidade de vida, pois que seja. Concordava e aceitava. Mas até que ponto posso eu confiar na fiabilidade e inviolabilidade das centenas de repositórios e réplicas que armazenam esses pedacinhos que fazem parte da minha identidade? Não me agrada nada saber que pessoas desconhecidas e não autorizadas pesquisam aspectos da minha vida que só a mim me interessam. E muito menos saber que partes da minha vida privada podem vir a ser do domínio público. É que eu cá tenho coisas a esconder, pois claro que tenho! Assim como toda a gente! Levante a mão quem nunca se baldou ao trabalho, quem nunca mentiu ao marido ou à mulher ou aos pais ou restantes familiares, quem nunca inventou desculpas para não comparecer a consultas, obrigações e deveres? Inventar desculpas esfarrapadas faz parte da geração de adrenalina necessária para se ter uma vida interessante! Pelo menos para mim é assim… eu cá sou daquelas que gostam mais daquilo que se esconde do que daquilo que se vê…
<< Home