1.7.06

Benedicta

Caíra mesmo na pia de água benta. Assim se explicava a sua virtude.
A mãe, depois de uma breve troca de olhares, a caminho da igreja, fora assaltada por lembranças recentes que a tinham coberto de um rubor quente.
No furor de se benzer, sentara a menina na beira da pia. A bebé resvalara e caíra na água temperada com suores vários e muita poeira.
Era compreensível, toda aquela santidade. Alguns, todavia, defendiam que esta fora resultado do som opaco - não da água. Não teria sido uma benção divina: algo se perdera com o embate da nuca contra o rebordo de mármore imaculado.

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