17.1.07

Caro Coninha Verbosa,

O seu pedido de lições sensibiliza-me ao ponto de me dar ao trabalho de o remeter para a Wikipédia, entrada «clitoris» que, já se sabe, é de acesso restrito e só para alguns. É uma pena que prefira a mais profunda escuridão, mas pode sempre pedir à sua parceira para o deixar fazer um exame prévio do local, missão de reconhecimento, antes de passar à acção propriamente dita. O pior que pode acontecer é ela dizer que não.
Depois de apagar a luz, se tiver dificuldade em movimentar-se no escuro, pode sempre andar ali para cima e para baixo (ou para trás e para a frente, como queira), em torno do anel vaginal e até ao limite superior dos lábios da sua homónima, que toda aquela região agradece.
Prepare-se com antecedência: esfregue os dedos com pedra-pomes, amacie a pele com creme hidratante e vai ver que ao fim de algum tempo a sensibilidade e a qualidade do toque aumentam. Poderá então verificar que naquele percurso há qualquer coisa que se torna protuberante ao cabo dos trabalhos manuais. Não esqueça de esquecer o verbo por um bocado e dar outro uso à boca: vai ver que afinal a saída do labirinto não precisava de mapa e estava mesmo na ponta da língua.

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