conversa de chacha
Há mais um habitante cá em casa. Chegou no Natal e dá pelo invulgar nome de Nemo (dá... enfim... há quem o chame, e ele nada...). Foi transferido da taça redonda em que dava voltas até ficar tonto para o velho aquário paralelepipédico (diga outra vez: paralelepipédico) que outrora albergou os peixes do irmão mais velho do dono, há muito falecidos – por diversas mortes cada um, aliás. Os peixes são, como se sabe, animais muito inteligentes e o Nemo faz-me muita companhia. Agora vê-me e começa logo a afocinhar para a superfície da água. É uma delícia vê-lo a abrir e fechar aquela boquinha redonda de lábios ancestrais (ou de gaja gira contemporânea, numa outra versão). De vez em quando o Nemo embica com um dos cantos e fica reflectido em desdobramento. Fico um bocado preocupada porque bem os vejo, todos quatro, a fazerem complot contra mim.
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