24.1.07

o dia em que não morreu

Andei com o amor ao colo. Sol que manchava o mar alto lá longe, rasgando-lhe um buraco de luz pura através da chuva clara. Em ti. Ruas de espelho lavradas a roxo à minha frente. No bebé pequeno que já foi. Esteiras largadas pelos carros: nuvens rápidas, deformadas, vaporosas como fumo branco. Do homem que emerge a custo de um corpo criança e grande. Formações de água suspensa, só nossas; hoje vieram mais cedo.

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