18.5.07

linha de coser

Entre a manhã e a escuridão há uma linha. Na mediatriz entre a confiança e o desamparo encontra-se um lugar de fronteira ínfima, mas funda incisão. O horizonte é a linha de contacto entre o céu e o inferno. Sobe e desce, de acordo com os pontos de vista, com o estarmos mais, ou menos, levantados. Não se afunda nem se escapa no ar, porque horizontal: flutua nas marés. Confunde-se, na direcção da noite, com a linha da morte, sobreposta pela intersecção, lâmina fina, da nossa direcção. Intangível, mas sempre lá, a linha no horizonte é o espaço imenso do amor.

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