Pois eu...
Perdi-a aos 15 porque me estava a apetecer saber a que sabia. Não soube bem, mas aprendi a lição do antes e do depois (antes da queca somos a princesa, rainha, a bela, a linda, a mais fantástica e desejável mulher do mundo, depois da queca somos o que somos mas eles já não querem saber. Disse eu que aprendi a tal lição, mas acho que é mentira. Continuo a ficar surpreendida quando se viram para o lado e adormecem, ou quando chegam mais tarde a casa quando um gajo menciona de passagem que tem um fungo vaginal, mas neste caso em particular tenho provas físicas para me relembrar ou para ensinar as gerações vindouras. É que o moço era avec, e, enquanto antes de me levar para a cama me escrevia duas páginas A4 num português difícil e cheio de erros a acompanhar as prendas semanais, depois da queca, a primeira carta que recebi, um mês depois, era do tamanho dum guardanapo e tinha apenas uma qualquer frase romântica, daquelas copiadas de livros de dois euros, impessoal e deprimente).
Mas não fiquei com nenhum trauma que eu consiga detectar, gosto de sexo e do que lhe está ligado e a correr mal por correr, antes aos quinze e com aquele com quem nunca mais falei que aos 18 com outro qualquer com quem gostasse mais de conversar.
Mas não fiquei com nenhum trauma que eu consiga detectar, gosto de sexo e do que lhe está ligado e a correr mal por correr, antes aos quinze e com aquele com quem nunca mais falei que aos 18 com outro qualquer com quem gostasse mais de conversar.
<< Home