18.10.05

Pois eu...

Perdi-a aos 15 porque me estava a apetecer saber a que sabia. Não soube bem, mas aprendi a lição do antes e do depois (antes da queca somos a princesa, rainha, a bela, a linda, a mais fantástica e desejável mulher do mundo, depois da queca somos o que somos mas eles já não querem saber. Disse eu que aprendi a tal lição, mas acho que é mentira. Continuo a ficar surpreendida quando se viram para o lado e adormecem, ou quando chegam mais tarde a casa quando um gajo menciona de passagem que tem um fungo vaginal, mas neste caso em particular tenho provas físicas para me relembrar ou para ensinar as gerações vindouras. É que o moço era avec, e, enquanto antes de me levar para a cama me escrevia duas páginas A4 num português difícil e cheio de erros a acompanhar as prendas semanais, depois da queca, a primeira carta que recebi, um mês depois, era do tamanho dum guardanapo e tinha apenas uma qualquer frase romântica, daquelas copiadas de livros de dois euros, impessoal e deprimente).
Mas não fiquei com nenhum trauma que eu consiga detectar, gosto de sexo e do que lhe está ligado e a correr mal por correr, antes aos quinze e com aquele com quem nunca mais falei que aos 18 com outro qualquer com quem gostasse mais de conversar.

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