9.11.05

e tudo o vento levou...

Quando era novita, quando os rapazes ainda eram todos agrupados numa classe aparte (a dos palermões estupidos) mas os adultos já começavam a deixar de ter sempre razão, achava que os amigos (amigas, neste caso) eram tudo o que havia no mundo, que a nossa amizade era única e especial e que iriamos ficar sempre amigas e conversar todos os dias, e iamos fazer tudo juntas, e nunca iriamos por em risco o tempo que podiamos passar em conjunto por coisa nenhuma, muito menos por parvoíces como passar tardes inteiras na marmelada.
Desde estes tempos, entre anos inteiros sem um telefonema, casamentos a que faltei, vidas em que me intrometi e até um namorado que roubei, tenho perdido tantos amigos que uma das que ainda resta já me diz para escrever uma autobiografia entitulada de "era uma vez várias amizades".
O melhor mesmo é correr toda a gente a "carpe diem", e botar um "melhor amigo" à frente do nome de todos de quem gosto, nem que isto mude todos os meses, dias ou minutos, que nem eles nem eu duramos sempre...

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