5.11.05

progressão

Havia um rapaz que costumava ir à minha aldeia. Começou a telefonar-me: quando estava para ir; quando queria ir, mas não sabia se podia; quando talvez tivesse que ir, mas não tinha bem a certeza. E em outras variáveis que declinavam o verbo ir.
Depois, começou a ligar-me quando já estava na minha aldeia. Que lamentava, tão em cima da hora e temia que eu já tivesse outro compromisso.
Mais tarde, passou a fazê-lo apenas quando já viajava de regresso à sua terra, que pena ter estado na minha aldeia e não ter tido tempo para me ver.
Fiquei à espera da chegada de um telefonema quando já estivesse em casa, depois de ter vindo da minha aldeia, parecendo-me este o passo lógico a seguir. Mas não cheguei a saber qual era o próximo momento desta progressão. Suponho que ele nunca mais tenha ido à minha aldeia. Eu já não estou lá para confirmar.

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