29.11.05

Viver de improviso

"Tu não sabes o que andas a fazer" E muitas vezes sinto que é verdade, I don’t know what the fuck I’m doing. Mas sempre foi assim, desde criança. Nunca tive grandes guidelines, regras do como, do quando e do que deve ser ou não ser. Vivi sempre um bocado ao calhas. Ia vendo os outros fazerem e ia experimentando. By trial and error… se fizesse alguma asneirada levava nas orelhas e não voltava a fazer (a não ser que me apetecesse pisar o risco mesmo sabendo que poderia levar nas orelhas e às vezes apetecia-me!)

Muita gente deve pensar que o conceito do que está certo ou errado nasce connosco. Eu sempre soube que não era assim. O que está certo ou errado depende do que nos ensinam e de quem nos ensina. Eventualmente e passados alguns anos podemos nós próprios discorrer certas coisas, mas as crianças não tem essa capacidade. Imitam os exemplos que observam. E eu não tive grandes exemplos… não que as pessoas que me rodeassem não fossem grandes pessoas, porque até considero que são. Só que da sua grandeza esqueceram-se muitas vezes de olhar para baixo e de pensar que alguém os procurava lá bem rente ao chão.

Não sei que género de exemplo serei para as minhas filhas, muitas vezes penso que não sou lá grande coisa. Sei que as amo muito e que tudo farei enquanto elas forem pequeninas para tentar manter a minha sanidade e um laivo de organização na vida delas (apesar da minha estar um verdadeiro caos). Todos os dias acordo e forço-me a acreditar que elas são a minha prioridade. É que não é uma coisa natural, no meu caso não é. Não sinto que tenha nascido para ser mãe e nem sequer tenho muito jeito. Falta-me o instinto e se calhar a educação para tal. Vou tentando por elas, mas é fodido viver assim… de improviso. E o meu velho método de trial and error… é claramente e totalmente descabido em tudo o que se relaciona com as minhas filhas.

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