Quando eu ainda acreditava no amor...
Era uma vez uma princesa muito bela mas muito solitária que vivia num reino muito distante num castelo no cimo da montanha mais alta e isolada de todas. A princesa tinha tudo o que desejaria… possuía os mais belos vestidos, comia das mais deliciosas iguarias, lia os livros mais fantásticos que existiam… e no entanto sentia-se muito triste e muito vazia por dentro. Um dia uma velha apareceu ao seu lado e perguntou-lhe porque estava tão triste… a princesa não sabia bem explicar porquê mas sentia que faltava qualquer coisa na sua vida. Olhava à sua volta e não via ninguém, nem sequer sabia o que era ter um amigo porque nunca tinha tido. A velha deu-lhe então uma semente, muito redonda e brilhante, uma esfera tão lisinha e suave, quase como uma pérola. “Esta é a semente do amor incondicional minha querida. Trata bem dela e verás como ela se transformará na maior dádiva que pode um dia acontecer na vida de qualquer ser humano.”
A princesa agradeceu mas não ficou convencida. Como era possível que aquela pequena semente fosse um dia transformar-se no que quer que fosse! A velha estaria seguramente senil… Mas decidiu guardar a semente num dos seus infinitos bolsos perdidos entre os infinitos folhos das suas saias coloridas. E a semente andou sempre por ali jogada, entre um bolso e outro ia sendo perdida e depois achada. A princesa por vezes punha-se a olhá-la, tocava-lhe, tentava até mordê-la! Mas a semente permanecia sempre igual, redonda e brilhante, como uma pérola.
Um dia a princesa estava sentada numa pedra com a semente entre os dedos e apareceu um plebeu. Um rapaz vindo do nada, nem feio nem bonito, aproximou-se da princesa espantada e olhando para a semente disse-lhe: “Minha senhora, tens aí uma semente do amor incondicional… também já tive uma mas perdi-a… não soube estar à sua altura…” A princesa intrigada quis saber mais da história do rapaz e ele lá lhe contou que um dia uma velha lhe tinha dado uma semente e que ele tinha encontrado uma rapariga que o tinha ajudado a fazer crescer aquela semente. Mas ela fartou-se do trabalho que aquilo dava e foi-se embora para nunca mais voltar. E a semente que já era quase árvore morreu…
Mais animada a princesa pediu-lhe ajuda para fazer germinar a sua semente. O rapaz hesitou mas ao vê-la tão ansiosa decidiu experimentar de novo… “Precisamos de encontrar um sítio calmo e sossegado, nem demasiado frio, nem demasiado quente.” A princesa tinha um canto secreto onde se refugiava muitas vezes perdida nos seus pensamentos e foi para lá que levaram a semente. O rapaz achou o sítio ideal e cavou um pequeno buraco na terra para onde deitou a semente. E dos seus bolsos saíram pequenos sacos coloridos com pós finos e aromáticos. “A semente alimenta-se de carinho, de ternura, um pouco de altruísmo, uma pitada de sacrifício, e muita, muita atenção e disponibilidade…” A princesa olhava espantada para todos aqueles pós misturados que soltavam pequenas faíscas à medida que iam envolvendo a pequena semente em forma de pérola.
“E agora?” perguntava ela. “Não sinto nada diferente!” E o rapaz lá lhe explicou “A maior dose de todas é a paciência minha querida princesa… se fores paciente verás como o amor incondicional que agora plantamos irá crescer forte e lustroso!”
E esperaram juntos, com muita paciência e sem grandes expectativas. Um dia a princesa viu um pequeno caule a espreitar por entre os bocados de terra onde tinham plantado a semente. “Vês minha querida… começa já a crescer este nosso amor incondicional! Precisamos de lhe dar tempo e atenção!” E todos os dias o regavam, lhe falavam e cantavam. A princesa brincava com as pequenas folhas que se desenvolviam cada vez mais bonitas e viçosas. Com o passar do tempo o pequeno caule transformou-se numa árvore enorme e forte como a princesa nunca tinha visto. Dos seus ramos pendiam agora os frutos mais deliciosos e aromáticos que ela algum dia tinha provado. E de cada vez que comia um desses frutos, de cada vez que o partilhava com o rapaz transformado em príncipe encantado, ela sentia uma paz interior muito grande e uma felicidade sem limites. “Como vês minha querida… não é difícil fazer crescer o amor incondicional… basta apenas saber o que é preciso para que isso aconteça. E estes ingredientes que usámos estão todos dentro de ti, dentro de mim, dentro de todos nós…”
Viveram felizes para sempre os nossos príncipes de sonho… e juntos morreram um dia, à sombra da maior árvore que algum dia existiu naquele reino distante…
A princesa agradeceu mas não ficou convencida. Como era possível que aquela pequena semente fosse um dia transformar-se no que quer que fosse! A velha estaria seguramente senil… Mas decidiu guardar a semente num dos seus infinitos bolsos perdidos entre os infinitos folhos das suas saias coloridas. E a semente andou sempre por ali jogada, entre um bolso e outro ia sendo perdida e depois achada. A princesa por vezes punha-se a olhá-la, tocava-lhe, tentava até mordê-la! Mas a semente permanecia sempre igual, redonda e brilhante, como uma pérola.
Um dia a princesa estava sentada numa pedra com a semente entre os dedos e apareceu um plebeu. Um rapaz vindo do nada, nem feio nem bonito, aproximou-se da princesa espantada e olhando para a semente disse-lhe: “Minha senhora, tens aí uma semente do amor incondicional… também já tive uma mas perdi-a… não soube estar à sua altura…” A princesa intrigada quis saber mais da história do rapaz e ele lá lhe contou que um dia uma velha lhe tinha dado uma semente e que ele tinha encontrado uma rapariga que o tinha ajudado a fazer crescer aquela semente. Mas ela fartou-se do trabalho que aquilo dava e foi-se embora para nunca mais voltar. E a semente que já era quase árvore morreu…
Mais animada a princesa pediu-lhe ajuda para fazer germinar a sua semente. O rapaz hesitou mas ao vê-la tão ansiosa decidiu experimentar de novo… “Precisamos de encontrar um sítio calmo e sossegado, nem demasiado frio, nem demasiado quente.” A princesa tinha um canto secreto onde se refugiava muitas vezes perdida nos seus pensamentos e foi para lá que levaram a semente. O rapaz achou o sítio ideal e cavou um pequeno buraco na terra para onde deitou a semente. E dos seus bolsos saíram pequenos sacos coloridos com pós finos e aromáticos. “A semente alimenta-se de carinho, de ternura, um pouco de altruísmo, uma pitada de sacrifício, e muita, muita atenção e disponibilidade…” A princesa olhava espantada para todos aqueles pós misturados que soltavam pequenas faíscas à medida que iam envolvendo a pequena semente em forma de pérola.
“E agora?” perguntava ela. “Não sinto nada diferente!” E o rapaz lá lhe explicou “A maior dose de todas é a paciência minha querida princesa… se fores paciente verás como o amor incondicional que agora plantamos irá crescer forte e lustroso!”
E esperaram juntos, com muita paciência e sem grandes expectativas. Um dia a princesa viu um pequeno caule a espreitar por entre os bocados de terra onde tinham plantado a semente. “Vês minha querida… começa já a crescer este nosso amor incondicional! Precisamos de lhe dar tempo e atenção!” E todos os dias o regavam, lhe falavam e cantavam. A princesa brincava com as pequenas folhas que se desenvolviam cada vez mais bonitas e viçosas. Com o passar do tempo o pequeno caule transformou-se numa árvore enorme e forte como a princesa nunca tinha visto. Dos seus ramos pendiam agora os frutos mais deliciosos e aromáticos que ela algum dia tinha provado. E de cada vez que comia um desses frutos, de cada vez que o partilhava com o rapaz transformado em príncipe encantado, ela sentia uma paz interior muito grande e uma felicidade sem limites. “Como vês minha querida… não é difícil fazer crescer o amor incondicional… basta apenas saber o que é preciso para que isso aconteça. E estes ingredientes que usámos estão todos dentro de ti, dentro de mim, dentro de todos nós…”
Viveram felizes para sempre os nossos príncipes de sonho… e juntos morreram um dia, à sombra da maior árvore que algum dia existiu naquele reino distante…
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