24.11.05

Mas sou tudo eu...

Depois de anos e anos a fio a tentar agradar a todos (e parecia que quanto mais tentava pior era!) houve uma altura por aí algures no tempo em que deixei de me preocupar tanto com o que vinha de fora para dentro e mais com o que ia de dentro para fora. Sendo eu a gaja básica e linear que sou (com a devida imaginação fértil já mencionada que piora consoante as luas, e a falta de sono e de outras coisas mais), parece-me normal que este meu tipo de postura transpareça nas coisas que escrevo. Claro que sei que nem tudo o que digo é do agrado de todos. Aliás há certas coisas que tenho a certeza que desagradam a alguns. Mas neste momento não me evito de escrever o que acho que preciso de escrever. São coisas que me estão atravessadas, algumas já há tantos anos que quase lhes perdi a conta, e preciso de deitá-las cá para fora.

Em tudo o que escrevo, como em tudo o que digo e em tudo o que sinto… está a minha marca pessoal. Esta que aqui está como em todos os posts neste e noutros blogs com a minha assinatura, sou eu com todos os meus receios, dúvidas, devaneios, alucinações, qualidades e defeitos. Não sou perfeita e aliás sempre achei que a perfeição era algo indefinível porque sendo eu liberal como sou acho que temos todos o direito à diferença e a perfeição a meu ver está precisamente na busca interior do que nos diferencia dos outros muito mais do que naquilo que nos aproxima deles. Mas aceito e compreendo que haja pessoas que não gostem do que eu escrevo. Que não se identifiquem sequer de todo. Isso é normal e a meu ver é mesmo saudável! Serei um bocado anárquica nesse aspecto talvez…

Mas em jeito de conclusão o que queria dizer (desabafar) é que o que aqui está escrito é de mim assim como tudo o resto que escrevi desde sempre. Quem não gosta não tem que ler. Quem lê e não gosta pode decidir que afinal não gosta de mim. É normal e natural! Não me vou sujeitar nem tentar escrever doutra forma que não a minha porque isso é algo que me transcende e nem sinto que tenha capacidade para o fazer. Aceitei o convite para aqui escrever precisamente porque achei que aqui o podia fazer da única forma que consigo. Quem não gosta do que lê (e mesmo que isso implique que deixem de gostar de quem eu sou)… paciência! Não vou mudar. Estou demasiado velha para isso e além disso estou a gostar demasiado das liberdades literárias (e não só) que adquiri através da minha escrita nos blogs.

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