23.11.05

De Amor e de Dúvidas

Eu sinceramente não sei que será isso do amor. Os livros e os filmes dizem-me que é assim uma coisa de fazer voar e ver passarinhos e estrelinhas e fogo de artificio, que só acontece uma vez em cada vida e que quando acontece é para sempre. A pessoa a quem o declaro leva-me a crer que é assim uma coisa que faz sorrir e sabe bem no estomago, uma espécie de sentir um abraço permanente. Não acho que seja coisa pra ser eterna e única, acho até que amor e hábito se confundem e entrelaçam: Será que digo amo-te todos os dias à mesma pessoa porque faço uma análise interior e vejo que sim, que amo esta pessoa, ou será que digo amo-te todos os dias à mesma pessoa porque é a minha rotina e sabe bem e gosto de a repetir? Se um dia a meio da noite me trocassem a pessoa que amo e pusessem lá outra, e eu de manhã lhe desse um abraço e lhe dissesse amo-te e me soubesse bem, se calhar isso era amor.
Acho que o amor acaba quando as pessoas se convencem que acaba: um dia decidem que ouvir bater com o talher no prato é uma coisa irritante e começam a pensar que a banha é feia, os pelos do nariz nojentos e a conversa chata e dizer amo-te deixa de saber bem. É por isso que me custa ver relações acabar "só" porque as pessoas de repente têm dúvidas sobre se amam ou não (sem haver um problema inultrapassável ou um "upgrade", digamos assim): essa merda é psicológica!!!!!

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