6.10.06

Ajustando

(Já vi que os senhores leitores têm preferências específicas… se bem que nisto a imaginação deve vir mais de cada um do que dos outros. Mas bem, tentarei continuar esta fantasia que deixei a meio... e que me perdoem os que não apreciam este género de encenação… mas agora fiquei com isto em mente, e o que comecei já não me encontro com capacidade para parar!)

Não era o membro que se encontrava todo lá dentro que nem a boca da mulher é elástica nem os senhores têm minúsculos apêndices, pois claro! Digamos que era mesmo só o topo com que ela se deliciava enquanto os seus seios de mamilos espevitados pelas vossas pernas se roçavam. Ela insinuava-se, quase forçando-se por entre as vossas pernas abertas num abandono rendido. Rejeitar ou fugir para quê? Já nem era opção possível nesta altura. Hoje ela era dona da vossa vontade, e deixemos que assim seja porque vos isenta de toda e qualquer culpabilidade. Entreguem-se nas mãos desta mulher que vos enfeitiça e vos fascina porque hoje ela vos aliviará, ainda que apenas momentaneamente, de todos os vossos problemas e tensões.

Podem agora ir fechando as pernas para que a sintam mais intensamente e também para lhe indicar por onde querem que ela prossiga. Não são necessárias palavras nesta unilateral entrega de carícias pois ela adivinha-vos todos os pensamentos. Querem que ela se roce pelo vosso tronco acima? Pois assim será, e sentirão os seios cheios daquela mulher misteriosa traçando linhas invisíveis pelos vossos belos e tonificados abdominais e peitorais. Ela sabe, ela sente, onde irão parar os seus mamilos assim excitados. Eis que se soerguem oferecidos e se presenteiam perante o vosso olhar esgazeado. Homem, mete o seio (todo será pedir muito…) dela na tua boca e prova o paladar que é quase tão sublime como o primeiro, esse que ela há-de tragar e que trazes guardado e embalado nos teus interiores… mas por pouco tempo!

Só os maiores gourmets apreciam os gostos dos sucos assim recolhidos, com os dedos e com a língua. A arte de apreciar os sabores humanos está dentro de cada um de nós… Ainda se encontram em guloso saboreio e já a sentem a escorregar pelo vosso pau abaixo. Fá-lo literalmente pois porque a mulher está bastante molhada, sinal evidente e transparente da sua excitação extrema. Devagar ou mais rapidamente, conforme seja a vossa vontade assim ela o engole todo (e aqui será mesmo todo pois que o sexo da mulher é fantasticamente elástico e moldável) uma e outra vez até sentir os primeiros estertores da ejaculação que se aproxima.

E é nessa altura, nesse ponto crítico, que ela vos sai de cima e esse destapamento é-vos quase doloroso. Do extremamente quente ao insuportavelmente frio num só momento, é dor! Mas ela sabe bem o que faz e não vos deixará assim nesse ponto sem retorno em que sentem que hoje irão mais longe do que algum dia foram. E sem mais tempo perder ela massaja-vos o membro terrivelmente endurecido e desta vez com intenção de já não parar. E vocês sentem nele esse latejar conhecido, as veias que quase estalam ao darem de si, milhares e milhares de mecanismos em micro explosões localizadas e sentem, sentem, sentem os fluidos em ebulição que começam a escorrer… já tão perto da explosão final… é tão bom este momento em que há muito se passou do ponto sem retorno e em que sentem a força bruta do orgasmo que se aproxima.

Como posso eu descrever por palavras a potência do jacto que finalmente se solta em espasmos tão abominavelmente dolorosos como intoleravelmente bons? Prazer e dor misturados num só… porque ela vos continua a sugar o membro estóico e ainda erecto provocando espasmos tremendos e quase contínuos até que sentem que não há lá mais por onde puxar. Os poços foram esgotados um por um até não sobrar nem um só pingo…

Ai ai ai, que esta escrita assim me deixa a bater mal! Mas de escrever sobre sexo eu gosto, independentemente de o praticar ou não embora me pareça evidente que quem assim escreve é porque algum dia sentiu (e gozou) o prazer a explodir em si, numa miríade de ondas devastadoras que se expandem do centro até à célula nervosa mais longínqua.

E de qualquer modo neste momento interessa-me apenas estimular-vos as mentes porque é por aí que começa sempre todo e qualquer ensejo de procura do prazer…

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