25.4.07

Terra do fogo




(E que me desculpem os caros leitores que esperam ansiosamente pelas minhas postas carregadas de humor… ele há coisas mais prioritárias e infelizmente eu não consigo concentrar-me em tentar fazer alguém rir antes de me vir! Falha minha pois claro que ponho o sexo lá mais para cima, ou para baixo, consoante o ponto de vista! Mas por outro lado ainda bem que não sou gajo porque senão ia dar muito nas vistas. Sendo gaja sempre posso andar por entre o resto dos comuns mortais sem que ninguém veja nem saiba que um rio me escorre por entre as pernas…)

Não é seguindo as coordenadas dum qualquer aparelhómetro amaricado que se chega lá, à terra onde tudo começa. É fácil cheirá-la, e mais ainda sentir-lhe o calor que emana do seu interior quente e húmido. Serei eu mais sensível que os outros? Serei eu apenas uma desconhecida felizarda que de repente apanhou no ar o perfume dessa terra que está onde nem todos podem, querem ou sabem alcançar?

Tantos se perdem, tantos se desorientam mas eu não! De nariz no ar e faro apurado avanço em jeito de seta em direcção ao centro do fogo latente. E eu sei como espevitá-lo e eu sei como multiplicá-lo exponencialmente até que o centro dela, e o meu, inflamam vorazmente o resto da floresta molhada cuja seiva se transforma em pura gasolina!

Qual Prometeu qual nada! Que fez ele senão roubar o fogo aos deuses imortais? Pois eu crio o fogo! Com a persistência das minhas mãos e com a mestria dos meus dedos. Tocando, puxando, acariciando, espremendo, mexendo, rodando e volteando a terra húmida e molhada que aquece e aquece até à combustão, dizimando, decepando, cegando, molhando… agradecendo todos os momentos e todos os minutos em que estou viva para recolher o fruto que o fogo me concede!

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