18.11.05

a velhice no meu corpo

Já me doía ontem, quando acordei.
À hora do almoço fui nadar. Fiz as mesmas cinquenta piscinas, em mais cinco minutos que os habituais vinte. Costumo nadar a um ritmo certo e faço este programa com uma perna às costas, mas ontem parei no fim, ofegante, em vez de me içar logo para fora da piscina.
No jacuzzi, muito tia, tive durante dez minutos o corpo massajado por bolhas quentes, enquanto observava os movimentos do professor de hidroginástica e respectivos alunos. Pareceu-me um prazer demasiado manso, serôdio, mas um estado intermédio de prazer, ainda assim, apreciável.
Bem dizia eu que ela andava a rondar. O frio que tomou de assalto a minha excessiva magreza tranformou-me de rapariga irrequieta em velhota entrevadinha. Hoje acordei com as costas bloqueadas: eis-me aqui, condenada à quase inacção.
Malvada degradação. É como ter que gritar num sussurro.

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