Dos 7 pecados capitais a combater... escolho a preguiça!
Era uma vez um rapaz que vivia num país muito distante numa terra permanentemente coberta pelo calor e pelas cinzas dum vulcão enorme ao qual estava encostada. Nelegrume era o seu nome, e era escuro de aparência, assim como todos os rapazes e raparigas oriundos daquela terra vulcânica onde vivia. Desde cedo Nelegrume habituou-se a conviver com o calor e com o fogo que o vulcão por vezes expelia. A qualquer hora do dia ou da noite e sem aviso prévio, o vulcão acordava e reclamava, e dele brotava a lava em chama que queimava a terra e lhe dava aquele aspecto árido e negro. Os habitantes daquela região já se tinham habituado à actividade constante do vulcão e já sabiam que aquelas explosões ocorriam de tempos a tempos mas nunca eram devastadoras nem aterradoras.
Nelegrume gostava daquela entidade que se sobrepunha às outras todas e em fantasias sonhava com um dragão preguiçoso que segundo ele vivia nas mais profundas entranhas daquele vulcão amistoso. Por uma ou duas vezes tinha tentado descer para dentro da cratera infernal mas desistira sempre a meio por não suportar a temperatura brutal. Haveria de existir uma maneira de conseguir saber o que se encontrava e resguardava por debaixo de tanto fogo, calor e chamas, pensava o nosso amigo enquanto coçava as crostas de cinza na sua pele acumuladas…
Do outro lado do mundo e sem relação aparente vivia uma princesa tão branca como a neve que cobria o reino onde vivia. Chamava-se Brancalba esta nossa princesa de sonho, e parecia uma boneca de porcelana por ser tão perfeita, delicada e fina. Era linda a princesa e por momentos petrificava todos os que pela primeira vez a olhavam apenas e só pela força da sua beleza. Linda, inteligente e curiosa… queria muito viajar e sair daquele reino de frio e gelo onde não encontrava quem lhe aquecesse a alma e o corpo. Em sonhos visualizava terras distantes, onde o gelo se derretia dando lugar a prados verdejantes e riachos plenos de vida, cor e fantasia.
Um dia uma estrela que passava no firmamento distante reparou num olhar que nela se fixava. Eram os olhos da princesa Brancalba que suplicantes lhe pediam que parasse para com ela falar. Queria Brancalba viajar, queria muito e para muito longe. Não suportava mais ali ficar, morria ela própria petrificada no meio de tanto frio. O gelo entranhava-se-lhe nos membros que se transformavam em garras geladas e sem vida. Cada dia que passava o azulado da pele indicava uma morte praticamente certa à medida que a sua temperatura corporal descia.
A estrela teve pena de Brancalba e resolveu conceder-lhe um desejo. A princesa desejou então ser transportada para onde o gelo nunca chegasse… para o coração de um vulcão! Sem saber do que falava, mas porque assim o desejava, a estrela pegou nela e levou-a até ao outro lado do mundo. Chegaram a um vulcão impressionante e Brancalba assustou-se porque nem em sonhos tinha pensado que seria assim tão escaldante! No entanto o calor derreteu-lhe as extremidades geladas e ela sentiu-se subitamente renovada. A estrela bateu a uma porta entretanto materializada na encosta do enorme vulcão e de dentro saiu um personagem como Brancalba nunca tinha visto! Um enorme dragão que se arrastava penosamente por entre os labirintos internos daquela montanha infernal! A estrela confiou-lhe a princesa e pediu-lhe que a guardasse por uns tempos porque tinha um plano em mente e queria ainda ver se conseguia ou não executá-lo. Nem Brancalba nem o dragão entenderam os seus propósitos, mas quem consegue entender os propósitos duma estrela?!
É que esta estrela distante já se tinha tornado confidente do nosso amigo Nelegrume. E achava ela que a junção de Brancalba com tão nobre embora enfarruscado coração seria porventura uma arriscada missão, mas a consegui-lo talvez se gerasse ali uma eterna paixão! Claro que as estrelas não percebem nada de assuntos do coração, mas esta achava que sim, que era mais que as outras!
Nessa noite iluminada pela luz sempre constante do vulcão, a estrela apareceu a Nelegrume que mais uma vez se sentava à boca da cratera. Falou-lhe na princesa de porcelana, vinda directamente do outro lado do mundo, da terra da neve e do gelo. Nelegrume ficou confuso! Que coisas seriam essas tão estranhas e distantes? Ele que se habituara a viver sempre em solo ardente, agora a estrela falava-lhe do frio que fazia bater o dente! Espicaçou-o e aguçou-lhe de tal forma a curiosidade que Nelegrume já se sentia com coragem para se atirar ao vulcão! Mas era preciso ser paciente e saber por onde entrar para dentro da montanha incandescente.
Andou a vaguear e a rodear o monstro flamejante este nosso herói de negro sarapintado. Buscou e buscou e um dia encontrou o que lhe pareceu ser uma pequena saliência em forma de coração trespassado por uma pequena seta pontiaguda. Virou e revirou e finalmente conseguiu abrir a passagem e dar início à sua viagem pelos interiores tenebrosos daquele vulcão infernal. Andou e andou e quanto mais andava mais parecia que se afastava do centro de actividade, do cérebro daquela entidade que de tão bem conhecida já não era por ele temida.
Ao fim de uma imensidão de tempo e exausto de tanto andar e correr, Nelegrume revoltado começou a gritar impropérios contra a estrela que o tinha enganado! Onde estaria a tal princesa do gelo? De repente ouviu um rugido e um dragão dengoso apareceu à sua frente. Lentamente o dragão falou-lhe da princesa que mantinha cativa. Já Nelegrume se impacientava para chegar ao pé da princesa prometida. Onde estaria ela? Onde estaria a tal beleza porque tanto procurara? O dragão pediu-lhe para o seguir e lá se foi ele arrastando, mais morto que vivo e Nelegrume muito irritado por lhe ter calhado um monstrengo tão molengão!
Chegaram finalmente ao coração do vulcão e eis senão quando o que Nelegrume encontrou quase serviu para lhe cortar a respiração! Era linda e maravilhosa a princesa sim, mas estava adormecida… seria preguiçosa? De tanto conviver com aquele dragão molengão, a princesa tinha-se tornado assim também! Sabia-lhe bem aquele lugarejo interdito, tão quente como nunca tinha visto nem sentido! Abriu os olhos devagarinho e sorriu para Nelegrume. Ai senhores que comoção! O rapaz estava em pulgas para levar dali a bela princesa e mostrá-la a todos os enfarruscados da sua aldeia! Mas quem a demovia da sua ideia de ali ficar? Ela sentia-se tão bem, é que não lhe apetecia nada, mesmo nada, agora ter que se levantar e andar!
Nelegrume já desesperava… Como iria ele convencer Brancalba a sair daquele buraco onde se enfiara? Não podia ir-se agora embora. Como iria ele convencer o resto dos enfarruscados que dentro da montanha vivia a princesa mais linda de todo o mundo e arredores? Nelegrume tinha que pensar num esquema que fizesse a princesa despertar do torpor em que se encontrava. Parecia que já nada a motivava… queria apenas que a deixassem ali ficar, a gozar o fogo exterior que tão bem lhe sabia depois de tantos anos à procura dum calorzinho que lhe desentorpecesse os membros e o resto do corpo todo!
Nelegrume sentou-se e pensou como poderia provar à princesa que não era só o calor exterior que a aqueceria! É que a preguiçosa da mulher já nem andar queria! Resolveu então dormir um pouco para ver se em sonhos alguma solução lhe surgiria… E não é que sonhou mesmo com um caminho certo e seguro para que ela sentisse que outro tipo de calor existia e não era só ali! Acordou com um tesão que só visto! Aproximou-se da princesa e sem lhe pedir permissão penetrou-a num só movimento! Ela nem se apercebeu de tão inusitado gesto, mas soube-lhe bem a sensação! Olhando-a nos olhos, Nelegrume inspirado pelo fogo do desejo e da paixão disse-lhe… “Levanta-te e vem comigo e juro-te que todos os dias acenderei um fogo tão grande no teu interior que nunca mais irás sentir frio em parte alguma desse teu corpinho jeitoso!” “Ena!” pensou a princesa Brancalba para com os seus botões! É verdade que nunca tinha sentido o prazer carnal, e que aquilo que ele lhe fizera não tinha igual! Se a promessa dele era verídica, então ela queria mais sim! De repente e sem se aperceber, já se estava a levantar e a chegar-se mais ao rapaz enfarruscado e de pau espetado!
E com a promessa que todos os dias a foderia, o nosso rapaz conseguiu levá-la dali para fora. Não foi fácil arrancá-la das garras da preguiça, mas com esta história se prova que para grandes males, grandes remédios! Sorridente ficou a estrelinha da sorte que apesar de nunca ter fodido sabia que desse tipo de junção entre humanos se desprende um calor tal que até ela bem lá no alto o sentia!
Nelegrume gostava daquela entidade que se sobrepunha às outras todas e em fantasias sonhava com um dragão preguiçoso que segundo ele vivia nas mais profundas entranhas daquele vulcão amistoso. Por uma ou duas vezes tinha tentado descer para dentro da cratera infernal mas desistira sempre a meio por não suportar a temperatura brutal. Haveria de existir uma maneira de conseguir saber o que se encontrava e resguardava por debaixo de tanto fogo, calor e chamas, pensava o nosso amigo enquanto coçava as crostas de cinza na sua pele acumuladas…
Do outro lado do mundo e sem relação aparente vivia uma princesa tão branca como a neve que cobria o reino onde vivia. Chamava-se Brancalba esta nossa princesa de sonho, e parecia uma boneca de porcelana por ser tão perfeita, delicada e fina. Era linda a princesa e por momentos petrificava todos os que pela primeira vez a olhavam apenas e só pela força da sua beleza. Linda, inteligente e curiosa… queria muito viajar e sair daquele reino de frio e gelo onde não encontrava quem lhe aquecesse a alma e o corpo. Em sonhos visualizava terras distantes, onde o gelo se derretia dando lugar a prados verdejantes e riachos plenos de vida, cor e fantasia.
Um dia uma estrela que passava no firmamento distante reparou num olhar que nela se fixava. Eram os olhos da princesa Brancalba que suplicantes lhe pediam que parasse para com ela falar. Queria Brancalba viajar, queria muito e para muito longe. Não suportava mais ali ficar, morria ela própria petrificada no meio de tanto frio. O gelo entranhava-se-lhe nos membros que se transformavam em garras geladas e sem vida. Cada dia que passava o azulado da pele indicava uma morte praticamente certa à medida que a sua temperatura corporal descia.
A estrela teve pena de Brancalba e resolveu conceder-lhe um desejo. A princesa desejou então ser transportada para onde o gelo nunca chegasse… para o coração de um vulcão! Sem saber do que falava, mas porque assim o desejava, a estrela pegou nela e levou-a até ao outro lado do mundo. Chegaram a um vulcão impressionante e Brancalba assustou-se porque nem em sonhos tinha pensado que seria assim tão escaldante! No entanto o calor derreteu-lhe as extremidades geladas e ela sentiu-se subitamente renovada. A estrela bateu a uma porta entretanto materializada na encosta do enorme vulcão e de dentro saiu um personagem como Brancalba nunca tinha visto! Um enorme dragão que se arrastava penosamente por entre os labirintos internos daquela montanha infernal! A estrela confiou-lhe a princesa e pediu-lhe que a guardasse por uns tempos porque tinha um plano em mente e queria ainda ver se conseguia ou não executá-lo. Nem Brancalba nem o dragão entenderam os seus propósitos, mas quem consegue entender os propósitos duma estrela?!
É que esta estrela distante já se tinha tornado confidente do nosso amigo Nelegrume. E achava ela que a junção de Brancalba com tão nobre embora enfarruscado coração seria porventura uma arriscada missão, mas a consegui-lo talvez se gerasse ali uma eterna paixão! Claro que as estrelas não percebem nada de assuntos do coração, mas esta achava que sim, que era mais que as outras!
Nessa noite iluminada pela luz sempre constante do vulcão, a estrela apareceu a Nelegrume que mais uma vez se sentava à boca da cratera. Falou-lhe na princesa de porcelana, vinda directamente do outro lado do mundo, da terra da neve e do gelo. Nelegrume ficou confuso! Que coisas seriam essas tão estranhas e distantes? Ele que se habituara a viver sempre em solo ardente, agora a estrela falava-lhe do frio que fazia bater o dente! Espicaçou-o e aguçou-lhe de tal forma a curiosidade que Nelegrume já se sentia com coragem para se atirar ao vulcão! Mas era preciso ser paciente e saber por onde entrar para dentro da montanha incandescente.
Andou a vaguear e a rodear o monstro flamejante este nosso herói de negro sarapintado. Buscou e buscou e um dia encontrou o que lhe pareceu ser uma pequena saliência em forma de coração trespassado por uma pequena seta pontiaguda. Virou e revirou e finalmente conseguiu abrir a passagem e dar início à sua viagem pelos interiores tenebrosos daquele vulcão infernal. Andou e andou e quanto mais andava mais parecia que se afastava do centro de actividade, do cérebro daquela entidade que de tão bem conhecida já não era por ele temida.
Ao fim de uma imensidão de tempo e exausto de tanto andar e correr, Nelegrume revoltado começou a gritar impropérios contra a estrela que o tinha enganado! Onde estaria a tal princesa do gelo? De repente ouviu um rugido e um dragão dengoso apareceu à sua frente. Lentamente o dragão falou-lhe da princesa que mantinha cativa. Já Nelegrume se impacientava para chegar ao pé da princesa prometida. Onde estaria ela? Onde estaria a tal beleza porque tanto procurara? O dragão pediu-lhe para o seguir e lá se foi ele arrastando, mais morto que vivo e Nelegrume muito irritado por lhe ter calhado um monstrengo tão molengão!
Chegaram finalmente ao coração do vulcão e eis senão quando o que Nelegrume encontrou quase serviu para lhe cortar a respiração! Era linda e maravilhosa a princesa sim, mas estava adormecida… seria preguiçosa? De tanto conviver com aquele dragão molengão, a princesa tinha-se tornado assim também! Sabia-lhe bem aquele lugarejo interdito, tão quente como nunca tinha visto nem sentido! Abriu os olhos devagarinho e sorriu para Nelegrume. Ai senhores que comoção! O rapaz estava em pulgas para levar dali a bela princesa e mostrá-la a todos os enfarruscados da sua aldeia! Mas quem a demovia da sua ideia de ali ficar? Ela sentia-se tão bem, é que não lhe apetecia nada, mesmo nada, agora ter que se levantar e andar!
Nelegrume já desesperava… Como iria ele convencer Brancalba a sair daquele buraco onde se enfiara? Não podia ir-se agora embora. Como iria ele convencer o resto dos enfarruscados que dentro da montanha vivia a princesa mais linda de todo o mundo e arredores? Nelegrume tinha que pensar num esquema que fizesse a princesa despertar do torpor em que se encontrava. Parecia que já nada a motivava… queria apenas que a deixassem ali ficar, a gozar o fogo exterior que tão bem lhe sabia depois de tantos anos à procura dum calorzinho que lhe desentorpecesse os membros e o resto do corpo todo!
Nelegrume sentou-se e pensou como poderia provar à princesa que não era só o calor exterior que a aqueceria! É que a preguiçosa da mulher já nem andar queria! Resolveu então dormir um pouco para ver se em sonhos alguma solução lhe surgiria… E não é que sonhou mesmo com um caminho certo e seguro para que ela sentisse que outro tipo de calor existia e não era só ali! Acordou com um tesão que só visto! Aproximou-se da princesa e sem lhe pedir permissão penetrou-a num só movimento! Ela nem se apercebeu de tão inusitado gesto, mas soube-lhe bem a sensação! Olhando-a nos olhos, Nelegrume inspirado pelo fogo do desejo e da paixão disse-lhe… “Levanta-te e vem comigo e juro-te que todos os dias acenderei um fogo tão grande no teu interior que nunca mais irás sentir frio em parte alguma desse teu corpinho jeitoso!” “Ena!” pensou a princesa Brancalba para com os seus botões! É verdade que nunca tinha sentido o prazer carnal, e que aquilo que ele lhe fizera não tinha igual! Se a promessa dele era verídica, então ela queria mais sim! De repente e sem se aperceber, já se estava a levantar e a chegar-se mais ao rapaz enfarruscado e de pau espetado!
E com a promessa que todos os dias a foderia, o nosso rapaz conseguiu levá-la dali para fora. Não foi fácil arrancá-la das garras da preguiça, mas com esta história se prova que para grandes males, grandes remédios! Sorridente ficou a estrelinha da sorte que apesar de nunca ter fodido sabia que desse tipo de junção entre humanos se desprende um calor tal que até ela bem lá no alto o sentia!
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