A inveja
(Esta é para ti Cecília!)
Era uma vez dois gémeos Caimino e Abelardo, tão parecidos que pareciam imagens reflectidas num espelho interposto entre os dois. Eram iguais no falar, no andar, até no gesticular! Se um se levantava, logo o outro também o fazia. Se um avançava, logo o outro o seguia. Nem sequer havia líder nem liderado nesta parelha indivisível. Nem a mãe deles se lembrava qual tinha nascido primeiro e depois, para ela tinha-os parido aos dois ao mesmo tempo! E até ela se confundia quando precisava de os distinguir… Qual era Caimino? Quem era Abelardo? Eram indivisíveis e indistinguíveis estes dois gémeos maravilha!
Um dia em que passeavam, um dum lado, outro do outro mas sempre em sincronia, encontraram uma bela menina que chorava num jardim. Maira não sabia bem o que tinha, apenas que lhe doía tudo e que estava muito sozinha. Não conhecera mãe nem pai nem família. Era órfã desde que se lembrava e tinha morado sempre num orfanato enorme cheio de crianças assim como ela. Eram todos filhos de ninguém, e tudo o que mais queriam era apenas e só pertencer a alguém, que os amasse e os cuidasse e os protegesse e alimentasse.
Os gémeos tiveram pena de Maira e resolveram levá-la para sua casa. O pai já tinha morrido e a mãe estava tão velha e cansada que de certeza não se importaria de ter mais alguém a ajudá-la. Os dois passaram então a três e tão bem se entenderam e se integraram que ninguém diria que não eram todos irmãos! Até a velha mãe se esquecia que Maira não era sua filha, de tanto que já se habituara à sua presença constante. A menina era muito querida e tornara-se sua confidente. Foi ela a fiel depositária da história da concepção dos gémeos. Talvez por demência, quem sabe… mas a velha tinha metido na cabeça que aqueles dois eram seres especiais. Que o pai era mera figura de cena, que nunca tinha sido protagonista no que aqueles dois tocava! Achava ela que um dia uma divindade de si se acercara e sem lhe conseguir resistir a possuíra! Maira achava aquilo tudo descabido, mas quem era ela para lhe tentar incutir algum juízo. No fundo até tinha uma certa piada, achar que Caimino e Abelardo eram filhos do além! Eles que tanto a adoravam, que a seguiam para todo o lado e se dispunham a ficarem para sempre juntos em trio!
Claro que este tipo de partilha fraterna tinha os seus dias contados. Um dia os irmãos acordaram e olharam-se ao espelho e em vez de se sentirem iguais… sentiram-se rivais! O que tinha acontecido entretanto? As hormonazinhas do crescimento tinham-se instalado e cá com uma força! De repente Caimino e Abelardo deram por eles a disputar o tempo passado com Maira. Também ela se tinha transformado numa bela e apetecível moçoila. Não eram só os gémeos que andavam atarantados com as transformações corporais de Maira! É que do nada tinham-lhe aparecido uns seios majestosos e esculturais. As ancas alargaram-se em semi-círculos que os deixavam de uma forma nunca dantes experimentada! Os nossos rapazes entretanto começavam a dar sinais da sua masculinidade. As vozes que se engrossavam e perdiam a suavidade da criancice, os pelos que lhes apareciam pelo corpo todo com incidência particular na zona do sexo… e aí sim, que transformação súbita e brutal! Não queriam acreditar os nossos jovens que o crescimento hormonal aparentemente se focasse maioritariamente naquele ponto! Obviamente que não era assim, mas de repente e sem aviso prévio… ele eram sonhos, pensamentos, vontades e desejos… brutais, infernais, carnais! E então com Maira por perto, era um descontrolo que só visto!
Aconteceu numa dessas noites brutais de verão, em que o calor apertava e a lua cheia desatinava a maior parte dos seres vivos (ou pelo menos todos os sexualmente activos que aproveitavam o maravilhoso luar para se amar até fartar!) Os gémeos decididos que estavam a ter a sua primeira experiência sexual com Maira resolveram fazer uma aposta. No calor do momento e no meio de uma discussão nunca antes vista entre dois seres que tão bem se davam… apostaram que o primeiro que conseguisse conquistar Maira e tirar-lhe a virgindade daria para sempre lugar e protagonismo ao outro. Era uma aposta arriscada… até porque implicaria uma separação dos dois irmãos e o fim do trio que lhes tinha sido tanto do agrado na infância.
Mas a juventude é arisca e gosta destes jogos de sorte e azar. Os dois irmãos estavam convencidos que iriam ganhar. Qualquer um dos dois não tinha sequer pensado na consequência de perder uma aposta tão descabida. Até porque eles eram iguais! Como iria Maira ser capaz de diferenciá-los, compará-los, julgá-los e escolher um dos dois?! Mas nisso não pensaram Caimino e Abelardo, que se sentiam fortes e confiantes!
Na noite seguinte pegaram em Maira e levaram-na a passear à beira mar. No meio de conversas inconsequentes, em que cada um se tentava sobrepor ao outro sempre na ânsia de obter mais atenções, lá lhe explicaram que o tempo das brincadeiras a três tinha terminado! Ela tinha que escolher um deles! Para amar e se casar! O trio iria ter que terminar! Maira ficou para morrer! Não é que não tivesse já pensado no que seria estar apaixonada, e a verdade é que os gémeos não lhe eram totalmente indiferentes. O problema é que ela não se sentia minimamente capacitada para escolher um dos dois! Especialmente sabendo o mal que isso faria ao que fosse preterido. Ai linda Maira do coração de ouro… era bom que pudesses ficar com os dois não era?! Pois, mas não pode ser, vais ter mesmo que escolher um e apenas um deles!
Andava já Maira angustiada porque nem sabia por onde começar… eles eram tão iguais! Sonhadores, destemidos, divertidos, amigos, extrovertidos… comunicadores natos… sabiam sempre o que dizer e quando dizer! Protectores também… e carinhosos os dois… muito! Raio de ideia que se lhes tinha metido agora na cabeça! Ela podendo escolher preferia mesmo… ficar com os dois!
Todos os dias se reuniam ao cair da noite. E todos os dias Maira abanava a cabeça desesperada! Não conseguia decidir nem por nada! Qualquer um dos dois era um sonho de homem! E ela tinha-os aos dois na mão! Por enquanto… uma vez que o tempo passava e a pressão aumentava. Ela bem via a excitação que se apoderava dos dois de cada vez que ao seu lado passava. Maira podia ser virgem mas de parva não tinha nada! Ela bem sabia o que se escondia e se avolumava por baixo dos calções de Caimino e de Abelardo! Tinham tomado banho os três juntos tantas vezes que ela lhes adivinhava a anatomia de cor e salteado. Agora que pensava nisso… realmente um deles era mais bem dotado que o outro! Caimino tinha o dito cujo diferente do irmão! O dele era maior e mais largo! Sem querer Maira tinha descoberto uma diferença casual mas bem marcante entre os dois irmãos! Nunca lhe tinha passado pela cabeça que naquele preciso momento iria estar a recordar (e a comparar!) o formato dos pénis dos dois irmãos! Que insanidade! Escolher um homem pelo tamanho e largura do seu apêndice sexual!
A verdade é que Maira não sabia o que melhor lhe saberia… se o mais largo e comprido… se o mais estreito e curto! Como saber se o maior caberia sem o experimentar? Como saber se o mais estreito lhe serviria sem o provar? Se assim tinha que ser, pois assim seria! Ela não escolheria nenhum dos dois sem experimentar primeiro! Queria saber a sensação, sentir a diferença se é que isso alguma diferença faria! Falou com os gémeos o mais calmamente que pode e expôs-lhes a sua proposta. Tinha que fazer amor com os dois. Tinha que saber qual dos dois lhe daria maior prazer! E nem queria saber de mais nada! Ou concordavam ou então ela não escolheria nenhum dos dois!
Ai mas o que tinha Maira despoletado… Os irmãos que tão amigos tinham sido até então… começaram a olhar um para o outro com uma raiva atroz! Abelardo que se sentia inferiorizado andava desesperado com a proposta de Maira. Sentia que sendo o irmão mais bem dotado não haveria hipótese nenhuma de lhe ganhar a aposta! Ganhou um ódio tal ao irmão que já só sonhava em o matar! Que ele desaparecesse para sempre para que ele com Maira pudesse casar! Estava já convencido que perderia a mulher, o amor e a vida tudo num só dia!
Caimino pelo contrário tinha-se convencido que a aposta estava ganha. Ele bem se ria das ridículas partes íntimas do seu irmão. Seguramente alguma coisa tinha falhado quando o tinham engendrado! A sua masculinidade estava à flor da pele e mais forte e pujante do que nunca. Mantinha uma postura de ganhador que ele sabia que enervava profundamente Abelardo. Mas o que iria ele fazer se já sabia que o irmão iria perder? É que não tinha hipótese nenhuma sequer!
O que estes nossos irmãos não sabiam era como é feita a anatomia da mulher. Achavam eles que era apenas e só uma questão de tamanho e formato! Como se o prazer sexual se baseasse apenas e só nisso! Abelardo que já se considerava vencido resolveu investigar. Já que dava tudo por perdido, ao menos ia estudar para ver se de alguma (outra) forma poderia agradar a Maira. Procurou, encontrou, investigou e estudou muito bem o assunto. E ficou a saber que a anatomia feminina é muito mais complexa do que qualquer homem sequer imagina! Que muitas e muitas mulheres não tinham prazer com os seus homens e que o tamanho dos pénis deles nada tinha a ver. Nem sempre no acto a junção dos dois sexos funcionava da melhor maneira… sendo que se o homem se excitava e se vinha mais facilmente, o mesmo não se aplicava à sua parceira.
Mais do que tudo Abelardo queria agradar a Maira. E já não pensava no seu prazer mas apenas e só no dela. Ela até podia não o escolher mas pelo menos ele saberia dar-lhe prazer. Haveria de saber reconhecer… os sítios, os toques, a magia desprendida pelo despertar do prazer sexual pela primeira vez. Tanto pensava nisso, tanto sonhava e tanto estudava que andava num estado de excitação permanente o que era uma grande chatice porque se notava! Maira até gostava que assim fosse… porque sabia que ele andava a pensar nela… a todos os dias, a todas as horas e sobretudo todas as noites! Como lhe custava sonhar com ela, imaginá-la nua… quase sentir a sua pele suave e tão macia. Sonhava em agarrá-la e beijá-la e dar-lhe o primeiro e maior orgasmo de toda a sua vida!
Chegou finalmente o dia em que Caimino e Abelardo concordaram com a proposta de Maira. Caimino porque estava convencido que ganhava e Abelardo porque de tão excitado que andava quase que rebentava! Caimino resolveu ir primeiro. Não tinha nada a esconder, tudo o que tinha estava ali bem à vista… ó se estava! Agarrou em Maira e levou-a para o seu quarto. Sem pudor e sem magia, penetrou-a com o seu pau bem espetado… comprido e largo. Maira que a tal não estava habituada encolheu-se com dor e espantou-se ao ver que sangrava! Que besta quadrada, pensou ela de Caimino! O homem aliviou-se e pôs-se a andar, que típica postura de macho insensível e execrável! É que nem lhe perguntou absolutamente nada… se tinha sentido, se tinha gostado… nada de nada! Venha o seguinte!
Com Abelardo a história foi completamente diferente. Sensível e carinhoso e com medo de a magoar, ele acariciava-a mas tão suavemente que ela nem percebia onde ele a tocava. Sabiamente mas cuidadosamente ele explorava, e quase despercebidamente a soltava. Nada preocupado com o seu próprio prazer, Abelardo concentrava-se apenas e só no que lhe ia fazendo. Com os dedos e com a língua ia massajando e acariciando o seu sexo maravilhosamente molhado e perfumado. Que loucura a dele e que perdição a dela! Sentia um calor que subia do sexo até às pontas do cabelo… o desejo em crescendo que lentamente a afogava num mar de prazer e descontracção. Nem dor sentia nem nada! Apenas um pulsar cada vez maior e mais forte. Até que explodiu em ondas de uma sensação incrível de bem-estar e puro deleite! Abelardo sorria feliz por a ver assim, tão relaxada e tão mulher. Quase que a medo pediu-lhe que o deixasse penetrá-la porque precisava de a sentir por dentro, estava duma maneira que se não a possuísse seguramente morria! Ela riu-se mas também depois de tudo o que ele lhe tinha feito e dado… não se sentia à vontade para lhe recusar nada!
E assim Abelardo a penetrou e a amou… e o acto foi tantas vezes repetido e desejado pelos dois que passaram horas e horas a amarem-se e a darem-se prazer, em simultâneo e à vez. Findos os trabalhos, e exaustos que estavam de tanto se foderem, lembraram-se que Caimino haveria de querer saber o que se passava e porque nunca mais apareciam! Com um sorriso nos lábios e uma certeza no coração procuraram-no e comunicaram-lhe que se tinham entendido tão bem (mas é que tinha sido mesmo espectacularmente bem!) que Maira nem hesitara e era com Abelardo que queria ficar. Caimino teve uma fúria tão grande que se atirou a Abelardo com intuito de o matar! Lutaram os dois e durante muito tempo uma vez que se equivaliam nesses talentos. Afinal o que um fazia o outro imitava. Lutaram até caírem os dois no chão de cansaço. Assim estendidos e esgotados fizeram as pazes e concordaram que a proposta de Maira tinha sido justa e que a aposta deles tinha sido muito estúpida, desconhecedores que eram dos prazeres íntimos das mulheres! Abelardo tinha levado a melhor e nada restava a Caimino senão aceitar que o irmão casasse com Maira. Consumir-se-ia de saudades dos dois, mas percebia que a sua vida já não combinava com a deles.
Era uma vez dois gémeos Caimino e Abelardo, tão parecidos que pareciam imagens reflectidas num espelho interposto entre os dois. Eram iguais no falar, no andar, até no gesticular! Se um se levantava, logo o outro também o fazia. Se um avançava, logo o outro o seguia. Nem sequer havia líder nem liderado nesta parelha indivisível. Nem a mãe deles se lembrava qual tinha nascido primeiro e depois, para ela tinha-os parido aos dois ao mesmo tempo! E até ela se confundia quando precisava de os distinguir… Qual era Caimino? Quem era Abelardo? Eram indivisíveis e indistinguíveis estes dois gémeos maravilha!
Um dia em que passeavam, um dum lado, outro do outro mas sempre em sincronia, encontraram uma bela menina que chorava num jardim. Maira não sabia bem o que tinha, apenas que lhe doía tudo e que estava muito sozinha. Não conhecera mãe nem pai nem família. Era órfã desde que se lembrava e tinha morado sempre num orfanato enorme cheio de crianças assim como ela. Eram todos filhos de ninguém, e tudo o que mais queriam era apenas e só pertencer a alguém, que os amasse e os cuidasse e os protegesse e alimentasse.
Os gémeos tiveram pena de Maira e resolveram levá-la para sua casa. O pai já tinha morrido e a mãe estava tão velha e cansada que de certeza não se importaria de ter mais alguém a ajudá-la. Os dois passaram então a três e tão bem se entenderam e se integraram que ninguém diria que não eram todos irmãos! Até a velha mãe se esquecia que Maira não era sua filha, de tanto que já se habituara à sua presença constante. A menina era muito querida e tornara-se sua confidente. Foi ela a fiel depositária da história da concepção dos gémeos. Talvez por demência, quem sabe… mas a velha tinha metido na cabeça que aqueles dois eram seres especiais. Que o pai era mera figura de cena, que nunca tinha sido protagonista no que aqueles dois tocava! Achava ela que um dia uma divindade de si se acercara e sem lhe conseguir resistir a possuíra! Maira achava aquilo tudo descabido, mas quem era ela para lhe tentar incutir algum juízo. No fundo até tinha uma certa piada, achar que Caimino e Abelardo eram filhos do além! Eles que tanto a adoravam, que a seguiam para todo o lado e se dispunham a ficarem para sempre juntos em trio!
Claro que este tipo de partilha fraterna tinha os seus dias contados. Um dia os irmãos acordaram e olharam-se ao espelho e em vez de se sentirem iguais… sentiram-se rivais! O que tinha acontecido entretanto? As hormonazinhas do crescimento tinham-se instalado e cá com uma força! De repente Caimino e Abelardo deram por eles a disputar o tempo passado com Maira. Também ela se tinha transformado numa bela e apetecível moçoila. Não eram só os gémeos que andavam atarantados com as transformações corporais de Maira! É que do nada tinham-lhe aparecido uns seios majestosos e esculturais. As ancas alargaram-se em semi-círculos que os deixavam de uma forma nunca dantes experimentada! Os nossos rapazes entretanto começavam a dar sinais da sua masculinidade. As vozes que se engrossavam e perdiam a suavidade da criancice, os pelos que lhes apareciam pelo corpo todo com incidência particular na zona do sexo… e aí sim, que transformação súbita e brutal! Não queriam acreditar os nossos jovens que o crescimento hormonal aparentemente se focasse maioritariamente naquele ponto! Obviamente que não era assim, mas de repente e sem aviso prévio… ele eram sonhos, pensamentos, vontades e desejos… brutais, infernais, carnais! E então com Maira por perto, era um descontrolo que só visto!
Aconteceu numa dessas noites brutais de verão, em que o calor apertava e a lua cheia desatinava a maior parte dos seres vivos (ou pelo menos todos os sexualmente activos que aproveitavam o maravilhoso luar para se amar até fartar!) Os gémeos decididos que estavam a ter a sua primeira experiência sexual com Maira resolveram fazer uma aposta. No calor do momento e no meio de uma discussão nunca antes vista entre dois seres que tão bem se davam… apostaram que o primeiro que conseguisse conquistar Maira e tirar-lhe a virgindade daria para sempre lugar e protagonismo ao outro. Era uma aposta arriscada… até porque implicaria uma separação dos dois irmãos e o fim do trio que lhes tinha sido tanto do agrado na infância.
Mas a juventude é arisca e gosta destes jogos de sorte e azar. Os dois irmãos estavam convencidos que iriam ganhar. Qualquer um dos dois não tinha sequer pensado na consequência de perder uma aposta tão descabida. Até porque eles eram iguais! Como iria Maira ser capaz de diferenciá-los, compará-los, julgá-los e escolher um dos dois?! Mas nisso não pensaram Caimino e Abelardo, que se sentiam fortes e confiantes!
Na noite seguinte pegaram em Maira e levaram-na a passear à beira mar. No meio de conversas inconsequentes, em que cada um se tentava sobrepor ao outro sempre na ânsia de obter mais atenções, lá lhe explicaram que o tempo das brincadeiras a três tinha terminado! Ela tinha que escolher um deles! Para amar e se casar! O trio iria ter que terminar! Maira ficou para morrer! Não é que não tivesse já pensado no que seria estar apaixonada, e a verdade é que os gémeos não lhe eram totalmente indiferentes. O problema é que ela não se sentia minimamente capacitada para escolher um dos dois! Especialmente sabendo o mal que isso faria ao que fosse preterido. Ai linda Maira do coração de ouro… era bom que pudesses ficar com os dois não era?! Pois, mas não pode ser, vais ter mesmo que escolher um e apenas um deles!
Andava já Maira angustiada porque nem sabia por onde começar… eles eram tão iguais! Sonhadores, destemidos, divertidos, amigos, extrovertidos… comunicadores natos… sabiam sempre o que dizer e quando dizer! Protectores também… e carinhosos os dois… muito! Raio de ideia que se lhes tinha metido agora na cabeça! Ela podendo escolher preferia mesmo… ficar com os dois!
Todos os dias se reuniam ao cair da noite. E todos os dias Maira abanava a cabeça desesperada! Não conseguia decidir nem por nada! Qualquer um dos dois era um sonho de homem! E ela tinha-os aos dois na mão! Por enquanto… uma vez que o tempo passava e a pressão aumentava. Ela bem via a excitação que se apoderava dos dois de cada vez que ao seu lado passava. Maira podia ser virgem mas de parva não tinha nada! Ela bem sabia o que se escondia e se avolumava por baixo dos calções de Caimino e de Abelardo! Tinham tomado banho os três juntos tantas vezes que ela lhes adivinhava a anatomia de cor e salteado. Agora que pensava nisso… realmente um deles era mais bem dotado que o outro! Caimino tinha o dito cujo diferente do irmão! O dele era maior e mais largo! Sem querer Maira tinha descoberto uma diferença casual mas bem marcante entre os dois irmãos! Nunca lhe tinha passado pela cabeça que naquele preciso momento iria estar a recordar (e a comparar!) o formato dos pénis dos dois irmãos! Que insanidade! Escolher um homem pelo tamanho e largura do seu apêndice sexual!
A verdade é que Maira não sabia o que melhor lhe saberia… se o mais largo e comprido… se o mais estreito e curto! Como saber se o maior caberia sem o experimentar? Como saber se o mais estreito lhe serviria sem o provar? Se assim tinha que ser, pois assim seria! Ela não escolheria nenhum dos dois sem experimentar primeiro! Queria saber a sensação, sentir a diferença se é que isso alguma diferença faria! Falou com os gémeos o mais calmamente que pode e expôs-lhes a sua proposta. Tinha que fazer amor com os dois. Tinha que saber qual dos dois lhe daria maior prazer! E nem queria saber de mais nada! Ou concordavam ou então ela não escolheria nenhum dos dois!
Ai mas o que tinha Maira despoletado… Os irmãos que tão amigos tinham sido até então… começaram a olhar um para o outro com uma raiva atroz! Abelardo que se sentia inferiorizado andava desesperado com a proposta de Maira. Sentia que sendo o irmão mais bem dotado não haveria hipótese nenhuma de lhe ganhar a aposta! Ganhou um ódio tal ao irmão que já só sonhava em o matar! Que ele desaparecesse para sempre para que ele com Maira pudesse casar! Estava já convencido que perderia a mulher, o amor e a vida tudo num só dia!
Caimino pelo contrário tinha-se convencido que a aposta estava ganha. Ele bem se ria das ridículas partes íntimas do seu irmão. Seguramente alguma coisa tinha falhado quando o tinham engendrado! A sua masculinidade estava à flor da pele e mais forte e pujante do que nunca. Mantinha uma postura de ganhador que ele sabia que enervava profundamente Abelardo. Mas o que iria ele fazer se já sabia que o irmão iria perder? É que não tinha hipótese nenhuma sequer!
O que estes nossos irmãos não sabiam era como é feita a anatomia da mulher. Achavam eles que era apenas e só uma questão de tamanho e formato! Como se o prazer sexual se baseasse apenas e só nisso! Abelardo que já se considerava vencido resolveu investigar. Já que dava tudo por perdido, ao menos ia estudar para ver se de alguma (outra) forma poderia agradar a Maira. Procurou, encontrou, investigou e estudou muito bem o assunto. E ficou a saber que a anatomia feminina é muito mais complexa do que qualquer homem sequer imagina! Que muitas e muitas mulheres não tinham prazer com os seus homens e que o tamanho dos pénis deles nada tinha a ver. Nem sempre no acto a junção dos dois sexos funcionava da melhor maneira… sendo que se o homem se excitava e se vinha mais facilmente, o mesmo não se aplicava à sua parceira.
Mais do que tudo Abelardo queria agradar a Maira. E já não pensava no seu prazer mas apenas e só no dela. Ela até podia não o escolher mas pelo menos ele saberia dar-lhe prazer. Haveria de saber reconhecer… os sítios, os toques, a magia desprendida pelo despertar do prazer sexual pela primeira vez. Tanto pensava nisso, tanto sonhava e tanto estudava que andava num estado de excitação permanente o que era uma grande chatice porque se notava! Maira até gostava que assim fosse… porque sabia que ele andava a pensar nela… a todos os dias, a todas as horas e sobretudo todas as noites! Como lhe custava sonhar com ela, imaginá-la nua… quase sentir a sua pele suave e tão macia. Sonhava em agarrá-la e beijá-la e dar-lhe o primeiro e maior orgasmo de toda a sua vida!
Chegou finalmente o dia em que Caimino e Abelardo concordaram com a proposta de Maira. Caimino porque estava convencido que ganhava e Abelardo porque de tão excitado que andava quase que rebentava! Caimino resolveu ir primeiro. Não tinha nada a esconder, tudo o que tinha estava ali bem à vista… ó se estava! Agarrou em Maira e levou-a para o seu quarto. Sem pudor e sem magia, penetrou-a com o seu pau bem espetado… comprido e largo. Maira que a tal não estava habituada encolheu-se com dor e espantou-se ao ver que sangrava! Que besta quadrada, pensou ela de Caimino! O homem aliviou-se e pôs-se a andar, que típica postura de macho insensível e execrável! É que nem lhe perguntou absolutamente nada… se tinha sentido, se tinha gostado… nada de nada! Venha o seguinte!
Com Abelardo a história foi completamente diferente. Sensível e carinhoso e com medo de a magoar, ele acariciava-a mas tão suavemente que ela nem percebia onde ele a tocava. Sabiamente mas cuidadosamente ele explorava, e quase despercebidamente a soltava. Nada preocupado com o seu próprio prazer, Abelardo concentrava-se apenas e só no que lhe ia fazendo. Com os dedos e com a língua ia massajando e acariciando o seu sexo maravilhosamente molhado e perfumado. Que loucura a dele e que perdição a dela! Sentia um calor que subia do sexo até às pontas do cabelo… o desejo em crescendo que lentamente a afogava num mar de prazer e descontracção. Nem dor sentia nem nada! Apenas um pulsar cada vez maior e mais forte. Até que explodiu em ondas de uma sensação incrível de bem-estar e puro deleite! Abelardo sorria feliz por a ver assim, tão relaxada e tão mulher. Quase que a medo pediu-lhe que o deixasse penetrá-la porque precisava de a sentir por dentro, estava duma maneira que se não a possuísse seguramente morria! Ela riu-se mas também depois de tudo o que ele lhe tinha feito e dado… não se sentia à vontade para lhe recusar nada!
E assim Abelardo a penetrou e a amou… e o acto foi tantas vezes repetido e desejado pelos dois que passaram horas e horas a amarem-se e a darem-se prazer, em simultâneo e à vez. Findos os trabalhos, e exaustos que estavam de tanto se foderem, lembraram-se que Caimino haveria de querer saber o que se passava e porque nunca mais apareciam! Com um sorriso nos lábios e uma certeza no coração procuraram-no e comunicaram-lhe que se tinham entendido tão bem (mas é que tinha sido mesmo espectacularmente bem!) que Maira nem hesitara e era com Abelardo que queria ficar. Caimino teve uma fúria tão grande que se atirou a Abelardo com intuito de o matar! Lutaram os dois e durante muito tempo uma vez que se equivaliam nesses talentos. Afinal o que um fazia o outro imitava. Lutaram até caírem os dois no chão de cansaço. Assim estendidos e esgotados fizeram as pazes e concordaram que a proposta de Maira tinha sido justa e que a aposta deles tinha sido muito estúpida, desconhecedores que eram dos prazeres íntimos das mulheres! Abelardo tinha levado a melhor e nada restava a Caimino senão aceitar que o irmão casasse com Maira. Consumir-se-ia de saudades dos dois, mas percebia que a sua vida já não combinava com a deles.
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