Quem corre por gosto não cansa
Que é como quem diz que quem acelera na estrada arrisca-se a levar uma multa de excesso de velocidade (ou duas ou três) e depois a ter que ficar sem carta durante dois meses. DOIS meses!! "É bem feita!", pensarão uns que acharão que ando por aí a velocidades demoníacas quando a bem dizer o pé pesado é mais por distracção do que por qualquer outra razão.
Ainda nem a entreguei e já tenho saudades dela, da minha rica cartinha de condução que já me acompanha vai para mais de metade da minha vida inteira. É como se fosse uma extensão de mim… o que farei eu sem ela? Vou-me sentir despida, desprotegida, partida e perdida! Ó inclemência, ó martírio! Mas é que ainda pensei na tal da impugnação judicial mas teria que me deslocar a um tribunal administrativo na área da infracção, algures bem a leste de onde moro, e apresentar alegações e sei lá mais das quantas para que o tribunal me deferisse o pedido. É caso para dizer que neste caso cumprir a lei dá menos trabalho do que não cumprir!
Agora é só dirigir-me ali à Direcção Geral de Viação (já estou em modo de mentalização), e subir umas escadas e depois descer outras e dirigir-me lá a uma menina com cara de poucos amigos que me vai tentar arrancar a minha rica cartinha da mão e eu com aquele olhar absurdo de espanto como que a tentar mostrar-lhe que não controlo já os meus dedos e que se calhar será preciso arrancá-los pois que eles não se desprendem da minha rica bendita cartinha e a menina já a bufar a ameaçar-me com qualquer coisa, talvez um agrafador daqueles grandalhões que partem bem um dedo ou dois se lhes cair em cima, e eu mesmo assim inexplicavelmente sem conseguir tirar os dedos da minha rica cartinha…
E começar a poupar para os táxis que sinceramente não me estou a ver a andar de transportes públicos com mochilas que pesam mais de 20 kg e mais crianças que primam por pedir colo nas alturas em que nos sentimos menos propensas a armarmo-nos em burros de carga e ainda por cima nesta altura do ano que vai estar um frio de rachar e uma chuva brutal a cair e eu ali feita parva de braço esticado à espera do táxi ou do autocarro com crianças amuadas, extenuadas e birrentas e apetecendo-me deixá-las ali mesmo e pirar-me no primeiro avião ou helicóptero que se atravessar no meu caminho e tentar não ser atropelada ao saltar por cima dos carros na vã tentativa de alcançar a minha fuga para fora desta história! Ufa!!
(Estou brutalmente chateada, é o que é e mai nada!
E nada de me virem dizer que a culpa é minha ó por quem sois!!)
Ainda nem a entreguei e já tenho saudades dela, da minha rica cartinha de condução que já me acompanha vai para mais de metade da minha vida inteira. É como se fosse uma extensão de mim… o que farei eu sem ela? Vou-me sentir despida, desprotegida, partida e perdida! Ó inclemência, ó martírio! Mas é que ainda pensei na tal da impugnação judicial mas teria que me deslocar a um tribunal administrativo na área da infracção, algures bem a leste de onde moro, e apresentar alegações e sei lá mais das quantas para que o tribunal me deferisse o pedido. É caso para dizer que neste caso cumprir a lei dá menos trabalho do que não cumprir!
Agora é só dirigir-me ali à Direcção Geral de Viação (já estou em modo de mentalização), e subir umas escadas e depois descer outras e dirigir-me lá a uma menina com cara de poucos amigos que me vai tentar arrancar a minha rica cartinha da mão e eu com aquele olhar absurdo de espanto como que a tentar mostrar-lhe que não controlo já os meus dedos e que se calhar será preciso arrancá-los pois que eles não se desprendem da minha rica bendita cartinha e a menina já a bufar a ameaçar-me com qualquer coisa, talvez um agrafador daqueles grandalhões que partem bem um dedo ou dois se lhes cair em cima, e eu mesmo assim inexplicavelmente sem conseguir tirar os dedos da minha rica cartinha…
E começar a poupar para os táxis que sinceramente não me estou a ver a andar de transportes públicos com mochilas que pesam mais de 20 kg e mais crianças que primam por pedir colo nas alturas em que nos sentimos menos propensas a armarmo-nos em burros de carga e ainda por cima nesta altura do ano que vai estar um frio de rachar e uma chuva brutal a cair e eu ali feita parva de braço esticado à espera do táxi ou do autocarro com crianças amuadas, extenuadas e birrentas e apetecendo-me deixá-las ali mesmo e pirar-me no primeiro avião ou helicóptero que se atravessar no meu caminho e tentar não ser atropelada ao saltar por cima dos carros na vã tentativa de alcançar a minha fuga para fora desta história! Ufa!!
(Estou brutalmente chateada, é o que é e mai nada!
E nada de me virem dizer que a culpa é minha ó por quem sois!!)
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