2.11.05

Prom night

A onda de nostalgia que me invadiu este fim-de-semana levou-me a pensar e a recordar eventos de um passado distante que passo a partilhar até porque é sempre bom dar a conhecer outros lados de outras culturas que não a nossa.

Por meios e caminhos que não interessam muito fui parar ao ensino secundário americano e aterrei de cabeça numa cultura totalmente distinta da nossa nomeadamente em relação ao sexo e a tudo o que lhe está associado. E de repente apercebi-me que havia um evento, uma data, extremamente importante na vida de todos os rapazes e raparigas que me rodeavam. Há uma espécie de aura mágica em relação à noite do baile de finalistas, a tão esperada e ansiada prom night.

Preparam-se durante 4 anos para esta dita noite. Escolhem até ao ínfimo pormenor o sítio, as músicas, a roupa e mais importante que tudo… o par! Pois porque é nesta noite que se convencionou (ou pelo menos há quase 20 anos atrás era assim) que as raparigas perdem a virgindade com o par que escolhem ou aceitam para as levar ao baile. É uma coisa tão importante como a passagem de menina a mulher. Marca o início da vida sexual para muitas. É a primeira noite do fim duma época e do início de outra, como estudantes universitárias (se possível bem longe de casa dos pais!)

Eu não fui excepção apesar de não me identificar minimamente nem com a cultura em geral nem com esta tradição em particular. E o meu par até que era um rapazinho jeitoso de quem ainda guardo uma fotografia desde então. O convite foi feito com meses de antecedência. Ele teve muitas e muitas conversas telefónicas comigo sobre a importância daquela noite para ele e para mim. Eu ria-me na inconsciência dos meus 17 anos e dizia-lhe que logo se via. E ele insistia… "but you know I’m gonna want your cherry!" (ai e já agora a cereja é o símbolo da virgindade duma rapariga, não faço a mínima ideia porquê!) Ele tudo fez para levar a minha cereja nessa noite mas teve azar… não a entreguei a ele e só o fiz meses depois e tive que me embebedar fortemente para o fazer.

Será que a tradição ainda é o que era?...

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