pipocas moles
Ontem fomos ao circo. Para minha surpresa, o circo mudou pouco desde a minha infância, apresentando um espectáculo obsoleto. Mas mudou alguma coisa. Os tigres apresentavam mais viço e menos ferocidade. Menos obediência, também. Não havia contorcionista, nem menina na corda bamba, nem sequer os meus queridos trapezistas. O numero de magia era fraco e batido, as pombas, supostamente amestradas, mágicas porque pombas e brancas, e porque voavam na noite. Só os palhaços ultrapassaram as minhas expectativas: diverti-me, e eu nunca gostei de palhaços. Foi um espectáculo comovente; punjente, mesmo, quando no fim os artistas agradeceram olhando tristemente o recinto quase vazio.
No fim, trouxe um pouco do circo comigo. Veio agarrado a uma sola e só demos por ele quando já estava também colado a umas calças, ao peito de dois pés que se esfregavam um no outro e a um edredão. Foi lindo.
No fim, trouxe um pouco do circo comigo. Veio agarrado a uma sola e só demos por ele quando já estava também colado a umas calças, ao peito de dois pés que se esfregavam um no outro e a um edredão. Foi lindo.
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