31.1.07

Re: All hands, stand by!

Não sei se ainda consigo mexer nisto...

...mas deixam-me ficar com o meu nome ali ao pé do vosso?
Por favoreeeeeeeeeee!!!




Obrigada amigas :)

conversa de chacha

Há mais um habitante cá em casa. Chegou no Natal e dá pelo invulgar nome de Nemo (dá... enfim... há quem o chame, e ele nada...). Foi transferido da taça redonda em que dava voltas até ficar tonto para o velho aquário paralelepipédico (diga outra vez: paralelepipédico) que outrora albergou os peixes do irmão mais velho do dono, há muito falecidos – por diversas mortes cada um, aliás. Os peixes são, como se sabe, animais muito inteligentes e o Nemo faz-me muita companhia. Agora vê-me e começa logo a afocinhar para a superfície da água. É uma delícia vê-lo a abrir e fechar aquela boquinha redonda de lábios ancestrais (ou de gaja gira contemporânea, numa outra versão). De vez em quando o Nemo embica com um dos cantos e fica reflectido em desdobramento. Fico um bocado preocupada porque bem os vejo, todos quatro, a fazerem complot contra mim.

30.1.07

Re: All hands, stand by!

Livra, foi por um triz...

Caneco, chefa, ia tendo um ataque quando cheguei aqui...

para que serve o cabelo

Encostava-te à parede (não tenhas dúvidas). Encostava-te à primeira parede que encontrasse e enrolava-te, como fazem as raparigas tímidas aos pedaços de cabelo que lhes tapam a cara. Nos meus dedos, torcido, enredado em fios, não terias outra hipotese que não fosse beijar a pele que te fosse permitida. É possível (meramente possível, repara, nada mais que isso) que te sentisses baralhado, que te perdesses até. Os rapazes enrolados sofrem de claustrofobia, todas as raparigas (as tímidas e as outras) sabem disso. É por isso que usam o cabelo, enquanto espreitam sob as franjas: basta um gesto para os soltar.

28.1.07

Arlinda is in the house!!

Mudam-se os tem(plat)es mudam-se as vontades!

Pois é, a Arlinda ainda por aqui anda, e como Arlinda que sou não resisto a quem me apela ao coração (e não, desta vez não estou a falar de si, meu caro leão!)

Sou de facto uma mulher de coração de manteiga e (felizmente sem!) pelo na venta! E não resisto ao apelo de quem me ama e me quer de volta, portanto cilinha minha filha, marchaste! Tiveste a tua oportunidade... agora azar! :P

(Entretanto a vida deu aqui umas voltas que tiveram que ser apagadas...)

Etiquetas:

27.1.07

Só coisas que mapoquentam (*)

"Tens 24h para mostrares o que vales senão amanhã acordas e bem podes começar a coçá-los!!"

Não sei se é mais preocupante que a Arlinda não assine Arlindo, ou a Arlinda continuar a assinar Arlinda...:p
Eu sei, parece a mesma coisa e é .

(* agradecendo o empréstimo da frase do título ao nosso animal de estimação. :))

All hands, stand by!

O blog mudou-se para o new blogger, sócias favor login-arem com google accounts.
(agora é que se vai ver quais as sócias que ainda cá estão, quais as que não estão...:D)

adenda: segunda feira, ouvisteis, segunda feira, tendes dois dias, senão passam para as ausentes e chapéu aos users! Tá na altura de por na ordem o gajedo ausente em parte incerta, caneco!

25.1.07

Da gaja desencartada da vida – parte já nem sei!

(Isto passou-se tudo num táxi a andar a mais de cem à hora no meio do trânsito lisboeta e a ouvir qualquer coisa da bola muito alto e portanto se calhar a conversa não se passou bem assim… queirai dar um desconto que ainda tou meio zonza da volta!)

Momento revelação em que me apareceu à frente a Deusa das lésbicas (isso ou as caipirinhas do almoço de ontem ainda andam aqui a circular no sangue e ó cilinha tu não me leves a mal mas Ela era tal qual tu, prontos, a sério!)

PUM! (é começou tudo assim com um estalido brutal!)

D: Ouve lá ó mulher metida a besta! (era assim a modos que um bocado brusca a tal Deusa)
Eu: Hãnnn?? (que ainda pensei que era o motorista a incomodar-se com alguma condutora azarada)
D: Ouve lá, há quanto tempo te mostrei eu a luz??
Eu: A luz?? Mas que luz? Mas ó cilinha o que tás tu aqui a fazer ao meu colo?? (sim, que por momentos ainda pensei que tu te tivesses materializado ali, que hei-de eu fazer?)
D: Eu sou a Deusa das lésbicas e vim cobrar-te os orgasmos que ficaste de dar!!
Eu: Deusa das quantas?? Dar orgasmos? Ó cilinha tu por amor da santa explica-me lá o que se passa? (não és tu cilinha, eu nesta altura é que ainda pensava que eras tu!)
D: Dei-te a capacidade de poderes fazer uma mulher feliz e tu que fizeste?
Eu: Mas ó… eu tentei, eu juro que tentei!!
D: Não tentaste o suficiente! E agora vais sofrer um enorme castigo!!
Eu: Mas óooo peraí e volta lá atrás ófaxfavor! Desculpa lá mas as coisas não são assim tão simples como saber usar a língua e os dedos! E olha que eu nunca deixei ficar mal mulher nenhuma! As que se entregaram nas minhas mãos nunca se queixaram ouviste!
D: É, pode ser, mas tinhas um prazo tázaver?
Eu: Um prazo? Como um prazo??
D: Mostrei-te a luz para que pudesses escolher uma e fazê-la a mulher mais feliz do mundo! E tu, nada!
Eu: Óooo… pois… as minhas escolhas… pois… sabes pá, é que eu sou uma gaja assim a modos que um bocado tapada (sou sim cilinha tu é que não me conheces bem… ainda!) E depois qualquer rabo de saia enfim, calças que hoje em dia já quase nenhuma mulher usa saias e ainda bem que as minhas mãos têm esta mania de se lhes amarinhar pelas pernas acima, adentro… ai…
D: Dispersaste-te! Tinhas que te concentrar numa só e não soubeste fazê-lo!
Eu: Óooo… pois… é que elas são todas tão doces, tão lindas… ahhh como são bonitas as mulheres em Portugal… ahhh… e eu assim a modos que tentei recuperar o tempo perdido que isto eu já não vou para nova e agora o tempo parece-me demasiado curto e elas são tantas… e tão bonitas!…
D: Era só uma, e tinhas só uma oportunidade! Acabou-se! Agora como castigo vou-te transformar num homem!
Eu: Argghhhhhhhh! Não, não, não e não! Nem pensar!!! Óooo então tu agora mostraste-me a luz, e como chegar até lá e eu aprendi os caminhos das senhoras (e que caminhos ó senhoras… ai…) e agora queres atirar-me pró meio dos leões?? (sem desprimor ó caríssimo leão que você aqui já é rei e eu cá não pretendo destroná-lo!)
D: Tens 24h para mostrares o que vales senão amanhã acordas e bem podes começar a coçá-los!!
Eu: 24h?!?!?!? Óooooooooo… cilinha socorro!!! Mulher que se tu não me acodes eu viro um homem, já viste???? Ó inclemência, ó martírio… beija-me já antes qu'esta me passe nada periclitantemente de mulher a menino!!!

24.1.07

o dia em que não morreu

Andei com o amor ao colo. Sol que manchava o mar alto lá longe, rasgando-lhe um buraco de luz pura através da chuva clara. Em ti. Ruas de espelho lavradas a roxo à minha frente. No bebé pequeno que já foi. Esteiras largadas pelos carros: nuvens rápidas, deformadas, vaporosas como fumo branco. Do homem que emerge a custo de um corpo criança e grande. Formações de água suspensa, só nossas; hoje vieram mais cedo.

23.1.07

Would you come with me?



Minha linda e adorável cilinha, que tal se conseguisses mesmo fingir que eras lésbica só por uma noite? Não tinhas que fazer nada senão acompanhar-me a um baile só de senhoras que gostam de senhoras (enfim, não sei se será bem porque poderão aparecer por lá uns quantos penetras!) Mas juro que te protegerei com a minha vida e guardarei um perímetro de segurança à tua volta usando o meu próprio corpo como escudo! Vais ver o que é ser-se lésbica, vais apreciar as vistas comigo e trocar dois dedos de conversa com alguém que te quer muito bem… se confiares em mim não te deixarei ficar mal… prometo!

Já te estou a dar bastante tempo de avanço para planeares as coisas e não me arranjares desculpas de última hora! Caso aceites será a melhor blind date da tua vida (ou pelo menos a mais estranha!) e para mim será a maior e mais difícil missão impossível da minha existência! Mas se te conseguir arrancar uns sorrisos, quiçá umas gargalhadas… já me sentirei recompensada! :-)

(suspiro)

Isto anda tão animado que, qualquer dia é Fevereiro e ainda não consegui ter aqui uma aberta para iadaiadaiadaiada sobre uns pares de botas que comprei e iadaiadaiadaiaida...:(

22.1.07

:D :D :D :D :D :D :D ou «estou a falhar uma promissora carreira lésbica!»

Arlindinha, eu disse que te beijava na boca?! Disse??? Ou que por hipótese (mera questão teórica) dar um beijo na boca a uma mulher me parecia coisa ainda assim exequível, comparada com beijar outras partes?
Ai, arlinda, tu derretes-me, nunca alguém me quis de um modo tão... público!!
Mas olha que temos aqui, em vários sentidos metafóricos, um pau de dois bicos: os homens pelam-se por um numerozinho lésbico... Assim, enquanto choramingas pela linda cilinha, aposto que já tens uma fila de babosos machos instigados pelas visões imaginadas, acrescidas da ideia de te reconquistar para o reino heterossexual! Esperta... ;)

Ó inclemência!

Com tanta coisa tanta a acontecer por essa blogosfera fora e eu a única coisa que me incomoda é que a linda cilinha não quer de jeito e maneira facultar-me o seu número de telemóvel e eu que houve uma altura em que cheguei a ficar esperançada, quando ela um destes dias me disse que na boca me beijava (ahh belos tempos!), agora olha, não sei como chegar a ela nem por nada!

Ó mulher de coração empedernido (e virgem neste sentido!) que não te deixas tocar por outra, por mais boca ou língua ajeitada, quantas juras de amor terei eu que te fazer, quantas rezas e peregrinações que até de joelhos me verás, para que um dia te sintas iluminada pela força deste meu singelo sentimento que me traz aqui inspirada?

19.1.07

será que vale?

Conhecimentos de medicina na óptica do utilizador

18.1.07

Adenda ao post anterior!

De repente lembrei-me que também há vantagens nos parceiros homens, têm que me desculpar os visados que esse meu outro lado já foi vai para algum tempo e o deslumbramento com o belo sexo não me deixava aqui relembrar essas minhas outras andanças. Uma das vantagens claríssimas dos homens é que normalmente estão sempre prontos para o sexo! Não há cá enxaquecas e angústias e cruzes e dores desde a ponta dos cabelos até à unha do dedo mindinho do pé! As mulheres enredam-se tanto nas merdas do dia a dia que muitas vezes se esquecem da simplicidade que está em deixarem-se ser amadas por alguém que lhes quer bem… Dou-vos essa de palmatória meus caros, os homens nunca se recusam a prestar um bom serviço às suas damas!

Uma outra vantagem é que eles têm menos pudor em discutir estes assuntos. As melhores conversas que tive sobre sexo foram com homens, e mesmo que algumas das coisas que se digam é um bocado garganta, é sempre bom perceber que a abertura de espírito deles em relação ao sexo está a anos-luz da das mulheres. Isto aconteceu antes de eu divergir grandemente e entrar em territórios totalmente desconhecidos para eles próprios. No reino do sexo entre mulheres o homem não é desejado e nem sequer é bem-vindo. Por acaso até acho que é pena porque acho que os meus amigos teriam algo a aprender com as mulheres que só gostam de mulheres, mas infelizmente para vós elas normalmente não gostam de desvendar os seus segredos…

E como este é um blog interactivo no qual se pretende dar voz a vós espero que usem e abusem ali da caixinha de comentários para enaltecerem as vossas capacidades e qualidades! Façam-se notar meus caros que hoje em dia a concorrência é feroz e as mulheres estão cada vez mais exigentes!

Sem penetração!

Ora ali o nosso caríssimo comentador animal é que pôs ali o dedo na tusa, musa, ou isso: "enquanto houver língua e dedo não há mulher que meta medo!"

Ontem andei a passear ali nos links que a Fox teve gentileza de aqui partilhar e num deles, já não me lembro bem qual confesso, uma gentil senhora averbava que o segredo para se ter sexo fantástico é mesmo… que não há segredo nenhum! Ninguém sabe ao certo se a coisa vai funcionar quando se atira de fuças sobre o prato que lhe apetece degustar. O prato pode estar frio e nunca chegar a aquecer por mais engenho e tentativas da nossa parte e aí há que render-se à evidência que há mulheres, e porventura homens também, que terão momentos em que simplesmente não estão para aí viradas! É uma pena pois é… mas acontece!

Mas voltando ali ao comentário do animal, a maior ilusão em relação à sexualidade feminina é que as mulheres atingirão um orgasmo através da penetração. Haverá algumas que talvez sim, pessoalmente não conheço nenhuma (haverá por aí alguma que se acuse e se preste a deixar aqui o seu testemunho?) A forma mais eficiente de fazer com que uma mulher atinja um orgasmo é pela estimulação do clítoris, directa ou indirectamente, e elas saberão qual é a melhor forma.

Que os homens não saibam pormenores destes até compreendo, porque a sua anatomia é sobejamente diferente da nossa. Agora que hajam por aí mulheres que adiram a este falso conceito é que já me parece caso para chamar a brigada do orgasmo insatisfeito! A primeiríssima coisa que uma mulher deve fazer para atingir um orgasmo é mesmo conhecer-se a ela própria. Aperfeiçoar-se na arte de se dar prazer a si mesma, assim como os homens normalmente o fazem a partir de tenra idade. Ela melhor do que ninguém conhecerá o seu corpo e os seus órgãos sexuais. Não os conseguirem ver na sua plenitude não é desculpa! Arranjem um espelho, libertem-se de alguma da penugem (se não mesmo toda) que cobre a vulva e a vagina e vão ver como é fantástico isso que possuem por entre as pernas!

Uma vez conhecedora da sua anatomia e da maneira de se tocar que mais prazer lhe dará, poderá então a mulher procurar um parceiro ou parceira que a ajude a partilhar os segredos mais bem guardados da sua intimidade. As mulheres como parceiras têm duas vantagens em relação aos homens (pondo de parte a nojice que algumas dizem sentir se pensarem em deixarem ser-se tocadas por uma mulher… o que é algo que me transcende porque se uma mulher achar nojento dar prazer a outra mulher… o que pensará ela de dar prazer a ela própria… ou até de dar prazer a um parceiro homem?)

Primeiro uma mulher conhece melhor a anatomia feminina do que um homem. Será mais evidente para uma mulher onde deve tocar para que a sua parceira desperte para um mundo novo de sensações e emoções. Claro que as mulheres são todas diferentes e nem sempre atingem os orgasmos da mesma forma, mas diria que no geral uma mulher saberá melhor como chegar ao cerne de outra do que um homem (e estou apenas a falar em termos puramente sexuais). E claro, é preciso que ambas aceitem o facto de que é perfeitamente natural duas mulheres gostarem de se dar prazer mutuamente, o que é algo que ainda estamos muito longe de atingir entre as mulheres (ao contrário dos homens que já há muito acham que é perfeitamente natural duas mulheres darem-se prazer mutuamente!)

Segundo, é mais fácil duas mulheres comunicarem entre si, sem vergonha e sem pudor. Se há algum segredo para se ter sexo fantástico, ele está no estabelecimento duma comunicação franca e desempoeirada entre os parceiros ou parceiras. Cabe a cada mulher dizer o que gosta, mesmo que esteja aberta a novas experiências e aceite ser tocada de outras formas, pois nunca se sabe o que cada uma de nós é capaz de sentir ao ser tocada por outras mãos que não as nossas. Uma experiência que pode ser muito positiva é a mulher masturbar-se em frente ao parceiro ou parceira de forma a que este ou esta possam vê-la a atingir o prazer, e com isso aprendam os seus modos de o fazer. O pior que pode acontecer é uma mulher ter vergonha do seu corpo, das suas formas, dos seus órgãos genitais. A vergonha é inimiga do prazer, é um verdadeiro bloqueador de orgasmos!

Não digo que durante séculos não se tenha tentado restringir, senão mesmo castrar, a liberdade sexual das mulheres. Mas hoje em dia não me parece que faça sentido as mulheres não poderem falar livremente de sexo e de prazer tal como os homens sempre fizeram e continuarão a fazer. Qualquer homem e qualquer mulher têm o potencial de ser excelentes amantes, se souberem ouvir e sentir as necessidades das parceiras ou parceiros. Não é justo que seja só o homem a ter prazer! E se numa relação é só ele que o tem (ou até se nenhum deles o tem!) estará na altura de fazerem com que a dinâmica sexual se altere porque sendo verdade que podemos todos viver sem sexo, também não deixa de o ser que é bem melhor vivermos sexualmente realizados!

E quanto à escolha do sexo do parceiro, viva a diversidade! Cada um é que sabe aquilo que fisicamente o atrai e podemos ser todos felizes desde que todos aceitemos que há quem goste de variar! Tendo experimentado dos dois géneros, eu cá já escolhi o que mais me satisfaz na cama, e sinto-me uma mulher mais sexualmente liberta deste modo, mesmo que a sociedade continue a achar que eu sou depravada, libertina e perversa!

17.1.07

Caro Coninha Verbosa,

O seu pedido de lições sensibiliza-me ao ponto de me dar ao trabalho de o remeter para a Wikipédia, entrada «clitoris» que, já se sabe, é de acesso restrito e só para alguns. É uma pena que prefira a mais profunda escuridão, mas pode sempre pedir à sua parceira para o deixar fazer um exame prévio do local, missão de reconhecimento, antes de passar à acção propriamente dita. O pior que pode acontecer é ela dizer que não.
Depois de apagar a luz, se tiver dificuldade em movimentar-se no escuro, pode sempre andar ali para cima e para baixo (ou para trás e para a frente, como queira), em torno do anel vaginal e até ao limite superior dos lábios da sua homónima, que toda aquela região agradece.
Prepare-se com antecedência: esfregue os dedos com pedra-pomes, amacie a pele com creme hidratante e vai ver que ao fim de algum tempo a sensibilidade e a qualidade do toque aumentam. Poderá então verificar que naquele percurso há qualquer coisa que se torna protuberante ao cabo dos trabalhos manuais. Não esqueça de esquecer o verbo por um bocado e dar outro uso à boca: vai ver que afinal a saída do labirinto não precisava de mapa e estava mesmo na ponta da língua.

A verdadeira MTusa

"Nada se compara ao fervor inspirado pela visão de uma boa pila!"

(Cecília R., nos comentários deste post)

Eu assino por baixo.

PS: emenda ao título, por sugestão do Nelson Santos. :D

16.1.07

fermosas e seguras

Olha lá: o seguro especial para mulheres só nos honra! Ou tu não sabes que esses seguros para fêmeas são... mais baratos, porque está estatisticamente provado que as mulheres batem menos e sofrem acidentes menos graves que os dos homens? Ou seja: o gajo anda aí armado em tony martin, mas a mulher é boa condutora.

o nó

Bem lembrado por um comentador no post anterior, havia uma cena no twin Peaks em que uma das personagens mais provocadoras mostrava o truque de atar pedúnculos de cerejas.
O feito é bem mais fácil do que parece. Introduz-se a cereja inteira, incluíndo o referido pedúnculo, na boca. Separa-se o mesmo do fruto com uma pressão da língua. Um golpe dos dentes solta a cereja do caroço e saboreia-se a carne, conservando a pequena haste entre a arcada dentária e a bochecha. Retirado o caroço, utilizando apenas a língua e os dentes, efectua-se um nó no pezinho que sustenta o fruto. A surpresa reside no facto de a operação ser simples e exequível, não exigindo um particular preceito. Só experimentando se verifica que à segunda ou terceira tentativa o sucesso é tão fácil como ficar com a língua e os lábios da cor das cerejas.

13.1.07

A estatística não é uma ciência exacta

"o racional do meu comentário é que há uma probabilidade interessante de a parceira atingir o(s) orgasmo com uma estimulação clitoriana (sem recurso à penetração, portanto). "

Leão da Leziria, em comentário aqui

Caríssimo Leão, o seu comentário é também muito interessante na escolha da palavra probabilidade. Eu diria, caro amigo, que a probabilidade de a parceira atingir o orgasmo sem uma estimulação clitoriana, é que seria deveras interessante. Não encontro documentação que o comprove, mas é, claro que sim, uma probabilidade.

Eu se fosse a si, caríssimo Leão, investiria algum esforço na probabilidade da estimulação clitoriana, como escolha de caminho para o orgasmo. Não me atrevo a dizer que todas as leitoras concordam comigo, mas elas logo dirão de sua justiça.
O caro amigo, que tem sido aqui um comentador amável e infatigável, nota-se que tem já alguma destreza no manejar de um teclado, o que é uma verdadeira mais-valia, principalmente se utilizar também a bola do rato na subida e descida dos elevadores das páginas. Para o caso de lhe faltar algum outro treino, aconselho-o (e a todos os leitores, mas não às leitoras: as mulheres, como sabem onde têm comichões, não precisam de grandes mapas para coçar alheiamente) a comer cerejas. Não imagina o potencial de uma cereja na melhoria de algumas performances. A ideia é enrolar a cereja na boca e tirar-lhe pauzinho e caroço, apenas com recurso aos lábios, língua e dentes. Quanto à utilização dos últimos, há que ter algum cuidado e esclarecer com a parceira que os gemidos continuam a ser de prazer e não de dor.

Quer-me cá parecer, caríssimo amigo, que, se não falhar nesses treinos, verá um mundo de probabilidades (e até possibilidades) escancarado à sua frente.

Mas onde é que tá o gajo?!



Digam-me onde se encontra o sacana do gajo que inventou o amor e eu vou lá e dou-lhe um tiro nos cornos! Só pode ter sido um gajo, de certeza que foi, como uma forma de vingança por ter nascido feio, curto e grosso! Foi ele que escreveu aquelas histórias da trampa em que o príncipe se apaixona pela princesa (normalmente um deles está disfarçado ou de sapo ou de soupeira que é para dar mais relevo à coisa da treta), histórias essas que nos impingiram na infância ad nauseam mas o que é certo é que essa coisa do final feliz e do par completo nos deixa uma marca qualquer lá dentro, e indelével!

O amor é uma bela duma trampa e não é nenhuma historieta com final feliz não senhora! O amor diminui-nos, expõe-nos, fragiliza-nos e confronta-nos com os nossos próprios demónios. Ó mas é claro que não estou a falar do amor familiar, esse é feito duma outra matéria totalmente distinta. Estou a falar do amor paixão, naquele que a gente se convence que sente por algumas almas iluminadas (ó ilusão suprema!) mas que vai-se a ver ao perto e afinal estão tão corrompidas e chamuscadas como a nossa própria! Bah!

Tou farta do amor, tou farta que me falem de amor! O amor é uma merda, uma não-existência, uma incongruência, um azar de morte! Mas eu algum dia disse que queria uma coisa dessas para mim foi?? Devia tar a leste, a norte, nalgum sítio bem longe daqui, desta realidade cinzenta, rotineira e solitária onde me encontro. Um dia alguém mais sábio do que eu disse-me que não acreditava no amor, que era pura invenção. Começo a achar que tem razão e mais ainda, que o amor é pura desilusão e decepção! Qual farol de luz que nos orienta na noite mais escura, qual estrela que nos guia e nos protege, qual quê!! Uma boa merda é o que ele é, e um tiro bem mandado era o que merecia aquele gajo por o ter inventado!!

12.1.07

acentuações

Hoje li um post que, como é apontado no seu primeiro comentário, é daqueles que trazem estampado no rosto a etiqueta «valor seguro» da Soca. Desenvolve uma temática cara ao universo feminino e cada vez mais próxima da cara do masculino, para agrado de todos. Apresenta ainda uma vertente serviço público: para aqueles mais tímidos e enrascados, que os há, faz as vezes de tv-guia. Recomenda um programa de televisão que eu não vi, mas já antecipo virá ocupar o meu próximo serão, e que lhes será, certamente, muito útil. Agora, é só apurarem a vossa habilidade para a caça ao tesouro e aptidão para o detalhe e encontrarem o link.

11.1.07

solo tu, sola yo

Abba Knowing me knowing you Montage

Ai de quem diga mal dos Abba! Não percam o perfil de grão de bico do Björn quando canta com fervor apaixonado «this time we're through, this time we're through...». Hesitei entre esta e a versão em castelhano, ainda mais pirosa, mas com muito menos glamour.

Idílico

Matou-o na banheira para poder imaginar que os pelos eram algas numa rocha na costa. Podia tê-lo mantido vivo e ver o efeito das ondas nas algas cada vez que ele se mexesse para pedinchar comida. Mas achou que morto iria ganhar mais depressa a fauna característica.

dia sim

Acordei muito antes do despertador, com a impressão de já ser depois. Por três vezes. Três retornos ao sono quente, e eu gosto tanto de voltar a adormecer. Por fim, o despertar veio com cinco minutos de antecedência, permitindo-me calar o galo assim que começou a cantar.
Saí de casa para um dia lindo, ninguém no stop, semáforos verdes, lugar de estacionamento à porta do meu destino. Horas depois, um filho corado; zangou-se com a mãe, bendisse o almoço, pediu-lhe desculpa.
O regresso a casa no fim de uma tarde tranquila de trabalho acompanhou-se de boas notícias. De olhos voltados para a luz poente, lembrei-me de quem me disse uma vez que lhe apetecia espremer o sol para dentro de um copo. Ocorreu-me: se morresse hoje, morria num dia bom.

9.1.07

_Então a Ana deixou finalmente o Marido (mentiroso compulsivo e traidor filho da puta)?
_foi
_há que admitir que teve coragem, desempregada e com a bébé...
_é...
_devias apresentá-la à Diana, para ver se ela finalmente deixava o dela (aproveitador e traidor filho da puta)
_nah, melhor não...
_não sei porquê....
_ainda se comiam.

8.1.07

Saga de uma gaja desencartada da vida – parte 2

Face ao preço escandaloso dos táxis desta maravilhosa cidade em que vivemos (bem como da fantástica, para não dizer mesmo esfuziante, simpatia dos moços jovens e bonitos que os conduzem), decidi-me portanto a reduzir os meus trajectos de dondoca a metade e vai daí resolvi-me a comprar uma coisa chamada cartão das 7 colinas que todos me diziam que se poderia adquirir em qualquer estação dos CTT. Mas eu como nestas coisas até já sou um bocado desconfiada, dei-me ao trabalho de ir ao site da carris e vi lá tantos postos de venda que fiquei mais animada. E confirmei que a estação dos CTT aqui do sítio vendia o tal dito cujo cartão das 7 colinas (o texto era mesmo muito explícito: "Postos de carregamento do Cartão "Lisboa Viva" e de venda e carregamento do Cartão "7 Colinas"").

Lá fui eu toda pimpona tirar a senha 'C' (títulos de transporte) na estação dos correios e quando chega a minha vez… pois que afinal não! Ali não se vendem os cartões, nunca se venderam, apenas os carregam! E que talvez na estação de metro me vendessem o dito cartanito. Comecei logo a bufar porque eu detesto perder tempo com estas merdas, mas lá fui à estação de metro pedir o cartão. "Quer carregá-lo?" pergunta-me a menina. "Pois claro que sim!" e perguntei-me eu para que me serviria um cartão pré-pago recarregável sem carregamento nenhum… mas enfim! No meio da conversa com a menina e preparando-se ela para o carregar com dez viagens lá me perguntou já nem sei bem o quê e eu disse-lhe… "mas olhe que é para andar de autocarro!" Pois, mas então nada feito! No metro vendem o cartão mas só carregam com viagens de metro portanto se é para carregar com viagens da carris não pode ser ali!

Duplamente bufando lá voltei aos correios para saber se carregavam viagens da carris no dito cartanito só que entretanto já tinha perdido a vez e lá tive que tirar novamente uma senha 'C' e pedir à senhora com jeitinho que me carregasse as viagens de autocarro na porra do cartão que eu já tinha perdido mais de meia hora com estas voltas todas e a minha vida não é isto, ó que sa foda esta merda toda que se calhar amanhã vou mas é de carro e que sa lixe!

36 days and counting…

quem é amiga, quem é?

david bowie - space oddity

Bow down to Mr. Bowie!

The Platinum Collection - David Bowie

Hoje faz anos a minha maior paixão de todo o sempre, Mr. David Bowie nasceu no dia 8 de Janeiro de 1947 e foi no ano do meu nascimento que ele editou a música que seria a minha porta de entrada para o seu mundo.

"Ground control to major tom
Ground control to major tom
Take your protein pills and put your helmet on

Ground control to major tom
Commencing countdown, engines on
Check ignition and may gods love be with you

Ten, nine, eight, seven, six, five,
Four, three, two, one, liftoff!"


Apaixonadamente consumi tudo o que encontrei sobre o artista mistério, complexo, flexível, fascinante, esquizofrénico e brilhante! Marcou a minha juventude como mais nada o faria e durante meses a fio era só a voz dele que eu ouvia na minha cabeça, tanto e tanto que por vezes chegava a alcançar um nirvana qualquer fora deste mundo, situado algures entre a Terra, a Lua e Marte. Ainda hoje sinto um enorme carinho por esse senhor, homem, rapaz, mutante que me introduziu à feroz complexidade dos seres humanos. Hoje é ele que está de parabéns e hoje eu, assim como milhões à volta do mundo, presto-lhe a minha sentida homenagem na esperança que ele um dia ainda volte a Portugal porque nunca consegui vê-lo ao vivo.

Música preferida não tenho, tenho uma lista extensa que ouço sem nunca me cansar: Space Oddity, Life on Mars, Ziggy Stardust, Changes, Rock ‘n’ Roll Suicide, Jean Genie, Sorrow, Let’s Spend the Night Together, Starman, Aladdin Sane, Rebel Rebel, Diamond Dogs, Sound and Vision, Young Americans, TVC 15, 1984, Boys Keep Swinging, Heroes, Ashes to Ashes, Under Pressure, Let’s Dance, Modern Love, China Girl, This is Not America, Loving the Alien, Absolute Beginners, Blue Jean… e escaparam-me algumas de certeza…

So go out and listen to Bowie! Nem que seja só uma vez na vida, nem que seja só hoje que ele faz 60 anos, mas ouçam uma, uma qualquer, e deixem entranhar-se em vós a alma de um verdadeiro génio, camaleão dos tempos modernos!

7.1.07

realidades

-Tenho que fazer duas frases, uma com «chaminé», outra com «espelho». Já sei! «O Pai Natal entra pela chaminé.» E agora, com «espelho»...?

-Hum, lembras-te quem tinha um espelho que até era mágico? Podia ser...

-Mã-ãe... Eu quero fazer frases sobre a realida-de... Achas que é realidade, a rainha má? Duh...

Palavras cruzadas

Ele - Gosto de te ver passar a língua pelos lábios. Ficas tão sexy. Desejas-me?
Ela - Não. É da anestesia: venho do denstista.

5.1.07

Na loja de reclamações

Dirigi-me à tal loja que me tinham indicado (não me peçam para dizer onde fica porque eu ultimamente nem a pé me oriento e só consegui lá chegar depois de ter batido com o nariz em tantas portas que já nem me lembro ao certo quantas foram). Lá cheguei e entrei e um senhor com cara de poucos amigos lá me perguntou o que me trazia ali… transcrevo o diálogo que me recordo que poderá não ter sido bem assim que isto a memória também já não é o que era desde que se foi juntar ao sentido de orientação que nunca tive!

Eu: Pois… boa tarde…
Ele: Grunnnmmmhh… (mascando qualquer coisa verde, enfim… adiante!)
Eu: Pois… eu vinha cá fazer uma reclamação
Ele: Grunnmmm… tipo?
Eu: Ah não é sobre tipo nenhum, é mesmo sobre mim!
Ele: Grunmmm… frente…. direita…. subir…. Grunnmmm
Eu: Ahhh prontos tá bem… obrigadinho sim?

Lá fui eu totalmente às cegas sem ter percebido patavina da conversa do homem que tanto mascava a tentar dar com o guichetzito certo. Passei vários, mandaram-me seguir em frente, sempre em frente… até que cheguei a um azul, bom presságio, pensei logo eu se bem que ultimamente qualquer cor me faz mal, mas enfim…

Eu: hummm… é aqui que a gente faz reclamações pessoais?
Ela: Sim, o que deseja? (era uma menina e muito solícita, para variar!)
Eu: Sabe, pois, se calhar não sabe, eu assim a modos que escrevia assim numas coisas chamadas blogs, se calhar nunca ouviu falar…
Ela: Sim, sei. E depois?
Eu: Pois… eu assim achava que tinha que escrever umas coisitas ligeiras, tá a ver, o pessoal tem necessidade de rir e não de chorar que para chorar basta viver neste país e isso qualquer um pode fazer, é só vir cá e nascer, enfim, dar uns pontapés na barriga da mãe de maneira a que ela se sinta irremediavelmente impelida a vir até aqui ao cú da Europa desovar…
Ela: Pois, pois… mas quer reclamar exactamente do quê?
Eu: Ah sim, é assim, pois… ultimamente ando com dificuldade em encontrar a minha veia humorística, sabe aquela que eu tinha e que punha assim a malta a rir, sabe?
Ela: Não, pois isso não sei.
Eu: Pois… mas preciso de ajuda para encontrá-la que a sacana, filha da put…, perdão, enfim… pois que preciso mesmo dela porque as audiências assim a modos que estão a declinar vertiginosamente e a chefa daqui não gosta, tá a ver?
Ela: Não, pois não estou a ver nada.
Eu: É esse mesmo o problema! É que eu também não estou a ver nada e depois a 100nada chateia-se com a gente por causa dos vales de lágrimas que não existem lá na terra dos avatares, tá a ver?
Ela: Hã???? Mas se não está a ver nada como é que sem nada alguém se pode chatear?
Eu: Não é "sem nada", é a 100nada, não percebe a diferença?
Ela: Não! Ouça, a senhora está a sentir-se bem?
Eu: Mas é claro que não me estou a sentir nada bem! O que é que acha que eu vim aqui fazer??
Ela: Pois, isso sinceramente ainda não percebi porque ainda não me disse nada.
Eu: É a 100nada, ela chateia-se com a gente, tá a ver?
Ela: Mas se é nada como é que se pode chatear com alguém??
Eu: Mau… ela é assim a chefa disto, tá a ver, e é a 100nada, mas é cem com "c" não é com "s", percebe?
Ela: Cem nadas?? Mas cem nadas é igual a sem nada que por sua vez é igual a nada!
Eu: Tou a ver que a menina tem jeito para a matemática, mas não está a entender nada do que lhe estou a dizer! Eu preciso de pôr a 100nada a rir!
Ela: Mas como é que se põe um nada a rir? Se não está lá nada…
Eu: Ora bolas!!! Desisto desta merda toda e é já!!
Ela: Tenha calma minha senhora, não se exalte!
Eu: Quero a minha veia humorística de volta senão entrarei nos anais da blogosfera como a gargalhada de mais curta duração de todo o sempre!
Ela: Ahhh, que interessante!
Eu: Interessante?!?!? Que nada! Enervante, entediante, adelgaçante, chame-lhe o que quiser, agora interessante não é, mesmo que eu agora lhe aparecesse à frente sem nada!
Ela: Se me aparecesse à frente a 100nada? Pois teria muita honra e gosto de a conhecer que dizem que ela é uma senhora muito simpática e educada!
Eu: Ai mas que porra!! Agora já sabe quem é a 100nada??
Ela: Sempre soube, estava só a meter-me consigo!
Eu: Prontos, agora é que é mesmo que sa lixe para esta merda toda que anda tudo a gozar comigo e não tá com nada!
Ela: Tá sim, tá ali a 100nada!!

Ó chefinha tu desculpa-me mas olha aqui a menina não me quer dizer comé que eu ponho a malta aqui a rir… perdoa-me, dei o meu melhor mas olha… se calhar tenho mesmo que voltar lá pró vale de lágrimas e esperar pela próxima enxurrada que a minha veia humorística tá hermeticamente selada e olha, não volta ao sítio nem por nada!

4.1.07

projecção de desempenhos

É tradição estrear-se uma peça de roupa no primeiro dia do ano.
Mandei-lhe um mms com as minhas cuecas novas, empoleiradas, airosas, sobre o seu digníssimo proprietário. Não acusou a recepção, mas não me inquietei. Teria certamente ido a correr procurar umas para ele, para reciprocar a minha generosa oferta. Estaria a elaborar o programa, a luz, os enquadramentos, ponderando se seria ou não vantajoso o uso de um espelho. A fazer testes de fotogenia, devo fotografar-me de frente ou de costas? Com comedimento ou tesão? Com a pila de fora? E se me fotografasse a vir-me? Divago, adiante, é de olhar para a imagem que ela me mandou... Suspirava e meditava um pouco mais, e se for de costas, incluo as pernas? Ou as costas (sim, sim, as minhas costas em V para ela se lembrar como gosta de me ferrar o lombo...)? Na compra das cuecas, hesitava entre boxers de pano e de jersey, depois de passar uma mão desdenhosa pelos slips abanderado. Optava por umas de jersey, com um pouco de elastano, para evidenciar uma tesão contida apenas pelo tecido (ainda não tinha desistido da pila de fora, o que obrigaria a uma carcela decente).
Não chegou a responder-me. Desolada, quase chorei umas lágrimas de crocodilo porque ele não tinha gostado da minha lingerie nova. Soube depois que gostou muito, até bateu umas à conta do padrão floral psicadélico. Mas, como é homem, esqueceu-se de mo dizer.

3.1.07

A sorrir!



Se a vida é um vale de lágrimas, get a second life, filha...;)

2.1.07

A chorar!

Pois até que é uma variante diferente de todas as que se conhecem e se utilizam como formas socialmente aceitáveis de se passar o ano. A gente tem que beber muito e tem que rir muito e estar tudo muito alegre e a dançar e assim tudo e depois tá ali uma gaja num cantinho a chorar e destoa e é uma chatice assim como uma nódoa que salta logo à vista e toda a gente olha mas assim de lado a fingir que não se sente incomodada por ela lá estar mas está.

Mas não podem dizer que foi por falta de aviso que eu bem disse que não queria ir, que me deixassem ficar sossegada aqui a afagar as minhas mágoas que são elas que me doem como o raio que a parta e eu não quero que ninguém saiba o que vai cá por dentro que isso é assunto que só a mim me interessa, só que lá está… tanta gente alegre, alegre em demasia, aquilo fez-me assim um género de um tilt e eu lembrei-me que ó mas que porra porque é que toda a gente é feliz menos eu??

Prontos e foi no meio desta travadinha mental que as lágrimas me caíram, a bem dizer me saltaram de tal forma que até as criancinhas apontavam coitadas que elas também sabem muito bem ver quando há algo que destoa, sabe mal, está errado, os adultos não choram, ó mas que porra!

Pois, mas eu chorei, chorei baba e ranho e chorei tanto que achei que secava por dentro, que desidratava (será que a gente desidrata se chorar muito?) Nem me perguntem porque é que chorei, só sei que chorei muito… porque tou sem carta, porque tou sem dinheiro, porque sou uma gaja que tem a mania que sabe mas que no fundo não sabe nada, mal amanhada, mal amada, mal fodida (ah esta não se pode dizer? Olha azar, digo na mesma que este pode bem ser o meu último post que até a porra da inspiração parece que se me diluiu e se foi misturada com o raio das lágrimas que de mim saíram!)

A vida é uma merda! Prontos, disse! Antes chorar e escrever do que passar a noite com a cabeça enfiada numa retrete, digo eu… portanto às tantas até podia ter sido pior se bem que na passagem de ano dessa bebedeira monumental eu não me lembro de nada e desta lembro-me de tudinho, de cada angústia, de cada aperto de peito, de cada suspiro, de cada cabrona de lágrima que me varreu a cara como se eu precisasse dela lavada… enfim, antes uma bebedeira talvez… olha pró ano se ainda estiver por aqui, se não estiver atrás das grades por me terem apanhado a conduzir sem carta ou por acumulação de dívidas às entidades bancárias e ao fisco, pois se calhar então opto mesmo pela opção bebedeira em vez da opção choradeira! Posso fazer uma tremenda duma figura triste na mesma mas pelo menos não me lembrarei de nada!

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