29.11.06
Do lado de lá, a paisagem em manchas contorcidas, como um desenho a grafite macia, riscado fundo, reelaborado, muitas vezes corrigido, e depois mal apagado com uma daquelas borrachas verdes de risca branca. Perto, o fumo, apenas visível de alguns ângulos, quando o sol morno incide e brilha sobre as partículas gasosas. No meio, muita, muita, tanta água.
27.11.06
Este é para ti Santinha…
Fechaste os comentários talvez porque não querias ter que lê-los mas preciso de te dizer que não és única nesse teu sentir. Há mais mulheres (e se calhar também até homens) que todos os dias se levantam preparadas para enfrentar um mundo que tudo faz para as diminuir, desgastar e rebaixar. Já estive zangada contra o mundo e também já virei a minha raiva contra mim e as minhas maiores lutas foram interiores.
Minha linda Santinha, o nosso maior desafio é saber lidar com os presentes envenenados que a vida nos atira de forma aparentemente casual. Tudo o que podes pensar em obter, um dia pode calhar que o obtenhas e nesse dia afinal… não era nada do que esperavas que fosse. Não digo que não seja bom, é sempre bom quando atingimos, obtemos, algo que procurávamos e sem o qual achávamos que a vida não fazia sentido para nós.
Sonhas alto amiga, e isso é bom porque te motiva. Mas também é mau porque os sonhos não passam disso mesmo e muitas vezes quando abres os olhos para ver apercebes-te da quantidade de cabeçadas que deste na parede e no tempo que perdeste enquanto andaste a tentar obter o que nunca foi, nem é, nem será teu. A posse de algo, de alguém, é uma das nossas maiores ilusões também. Ninguém é de ninguém a não ser dele próprio e a única pessoa que te será sempre verdadeira, fiel e leal e em quem tu podes depositar a tua inteira confiança, és tu mesma.
Podemos viver sem ninguém à nossa volta? Sim, podemos. É um viver sobrevivido, sobressaltado, uma existência indefinida porque ninguém mede nem partilha o nosso tempo. Mas é dentro de ti que tens que encontrar o calor que te falta. É bem lá no fundo que brilha a luz das estrelas que procuras e que precisas para te ajudar a encontrar um caminho…
Não é fácil amiga, mas é possível… e entretanto espero que esse frio passe… que te sintas nem que seja um bocadinho mais confortada por saber que não és única no mundo a não conseguir obter algo que se calhar não é para ti, nem a pensar que sem o que queres obter não sabes se desejas continuar a viver. A força para seguires em frente está dentro de ti, basta desligares-te do que te consome. Não é fácil, mas é possível…
Minha linda Santinha, o nosso maior desafio é saber lidar com os presentes envenenados que a vida nos atira de forma aparentemente casual. Tudo o que podes pensar em obter, um dia pode calhar que o obtenhas e nesse dia afinal… não era nada do que esperavas que fosse. Não digo que não seja bom, é sempre bom quando atingimos, obtemos, algo que procurávamos e sem o qual achávamos que a vida não fazia sentido para nós.
Sonhas alto amiga, e isso é bom porque te motiva. Mas também é mau porque os sonhos não passam disso mesmo e muitas vezes quando abres os olhos para ver apercebes-te da quantidade de cabeçadas que deste na parede e no tempo que perdeste enquanto andaste a tentar obter o que nunca foi, nem é, nem será teu. A posse de algo, de alguém, é uma das nossas maiores ilusões também. Ninguém é de ninguém a não ser dele próprio e a única pessoa que te será sempre verdadeira, fiel e leal e em quem tu podes depositar a tua inteira confiança, és tu mesma.
Podemos viver sem ninguém à nossa volta? Sim, podemos. É um viver sobrevivido, sobressaltado, uma existência indefinida porque ninguém mede nem partilha o nosso tempo. Mas é dentro de ti que tens que encontrar o calor que te falta. É bem lá no fundo que brilha a luz das estrelas que procuras e que precisas para te ajudar a encontrar um caminho…
Não é fácil amiga, mas é possível… e entretanto espero que esse frio passe… que te sintas nem que seja um bocadinho mais confortada por saber que não és única no mundo a não conseguir obter algo que se calhar não é para ti, nem a pensar que sem o que queres obter não sabes se desejas continuar a viver. A força para seguires em frente está dentro de ti, basta desligares-te do que te consome. Não é fácil, mas é possível…
26.11.06
Existência por um fio!
Hoje se o telefone não tocar é sinal que eu já deixei de existir.
Queiram por favor avisar os remanescentes que a locatária deste invólucro corporal partiu para outras paragens (outros invólucros?) e que não deixou endereço de reencaminhamento.
Para quem se sentir defraudado, azar!
Tivesse-se lembrado de me telefonar!
(E os outros que me perdoem, estou em plena crise de travadinha mental, agravada por este súbito alheamento global que em mim resulta fatal!)
Queiram por favor avisar os remanescentes que a locatária deste invólucro corporal partiu para outras paragens (outros invólucros?) e que não deixou endereço de reencaminhamento.
Para quem se sentir defraudado, azar!
Tivesse-se lembrado de me telefonar!
(E os outros que me perdoem, estou em plena crise de travadinha mental, agravada por este súbito alheamento global que em mim resulta fatal!)
25.11.06
Natal é quando o Homem quiser
e agora não me dá jeito.
faz-se o Natal mais lá pr'Abril, celebram-se logo as duas efemérides e não se fala mais nisso.
faz-se o Natal mais lá pr'Abril, celebram-se logo as duas efemérides e não se fala mais nisso.
23.11.06
apetite
Hoje apetecia-me um daqueles pequenos-almoços com salsichas e ovos estrelados. Sumo de laranja natural, pão fresco e torradas aparadas. Croissants fofos com compotas diferentes e a inevitável marmalade. Mapas e guias e frutas diversas, tropicais, café com leite. Para rematar, um capuccino.
Ode à língua
Língua brincalhona, provocante e provocatória, cobra mal dissimulada que se esconde e se mostra nos momentos menos propícios… Ei-la que espreita vencedora sobre a recompensa que se abre e se desnuda. Tem outras funções esta língua mal acabada, e outras mais nobres que esta que agora se vislumbra, mas é sobre a recompensa que ela gulosa se precipita e não deixará o espólio cair nas mãos alheias!
Sobe e desce e retorce-se e mostra que serve para mais, muito mais, do que para sorver o líquido quente e espesso que escorre abundante da maior fonte de vida. Ela própria molda o recipiente dourado de onde brota o néctar divino. Ela própria electriza as paredes flutuantes que se intumescem à sua passagem viscosa. Brinca, comichosa, com o latejar que sente por trás do mel que recolhe…
(Mas agora vou ter que ir pô-la a arejar que ninguém me manda estar aqui a inventar e de repente desatar a salivar!)
22.11.06
Acendendo a acha deste lado!
(Por pura injustiça e má vontade virtual não consigo encontrar nenhuma foto jeitosa de uma mulher com um leão! Até terminar esta minha demanda terá que ficar esta dos anos idos de sei lá quando… mas olha que a senhora ali de cima até me faz lembrar a Cilinha por deus!!)
Pois que se nenhuma das outras meninas o faz eu chego-me à frente e sacrifico-me em nome de todas, mesmo daquelas mais envergonhadas que se escondem lá atrás e que estão já a dizer que não me conhecem de lado nenhum e que nem nunca me viram mais gorda! E eu que até ando mais magra desde que aderi à dieta do deixar o frigorifico vazio porque não há tempo nem paciência para ir às compras nesta altura do ano em que anda tudo imerso na fúria consumista que marca este período financeiramente festivo, e que até me sinto melhor, mais leve por assim dizer!
Ora então vamos lá por partes. O que nos diferencia aqui deste lado de qualquer outro lado por onde se ande por essa blogosfera fora é que aqui somos todas gajas descomplexadas, modernas, educadas e cultas e com um grande à vontade para falar sobre qualquer tema, sobretudo os que não são falados noutros lados. Tentamos fazer com que os cavalheiros que nos visitam se sintam aqui à vontade e tirando uma ou outra tirada mais arriscada, normalmente somos bastante simpáticas e cordiais (e também chegamos até a ser bestiais…) No caso delas é mais difícil agradar-lhes pois que as mulheres são bem mais complexas e de disposição amplamente variável. Hoje podem-se rir das nossas piadas brejeiras mas amanhã se calhar já não lhes acham piada nenhuma. A verdade inegável é que é mais fácil agradar aos cavalheiros do que às damas, essa é que é essa!
Sem pretensões de termos portanto um público-alvo num qualquer segmento bem definido (e quase que me assusto ao pensar em que segmento seria), aqui cada uma escreve mais ou menos o que lhe vai na alma, na cabeça, no corpo ou no coração e depois uns dias estamos mais em sintonia do que noutros e as conversas prolongam-se pela noite fora, por vezes em códigos que só nós entendemos mas que regra geral dão azo a umas boas horas de risota consoante a inspiração das intervenientes.
No fundo o que impera aqui é a boa disposição e nesse aspecto considero este tasco um oásis no meio de todos os outros blogs! Afinal aqui ninguém se reclama nenhuma sumidade nisto ou naquilo ou naqueloutro, nem sequer no uso da língua (enfim… dos usos da língua poderei aventurar-me a falar mais tarde que estas ainda são horas de expediente!)
21.11.06
Momento Carrefour
Ontem á noite I indulged myself um momento carrefour. E não é que aqueles marotos só não enganam os papalvos dos clientes quando não podem?!
Já muitas vezes constatei que em promoções do tipo «leve dois, pague um» o preço do conjunto excedia a soma das unidades. Apostam na distracção – e na incompetência aritmética – dos clientes, que presumem que a promoção os visa a eles e não os próprios vendedores.
Na minha anterior incursão noctívaga constatei sem grande esforço que se uma embalagem de Cerélac 500grs custava 2,45 euro e uma de 1kg, 5,48 euro, então, a otária da cliente – eu - largaria ali 58 cêntimos a mais, pensando que estava a poupar. Seria muito bem feito, que era para aprender a fazer contas e a cuidar do economato (isto sou eu a supor uma posição moralizadora dos directores de marketing). Mas esta desproporção era de caras, bastava ler as etiquetas, lado a lado, para o logro nos saltar à vista. Ontem descobri estratégias mais subtis que visam aqueles que pensam logicamente e andam por aí de boa fé. Estão a ver os conjuntos de pacotinhos de leite para os lanches? Pois é: ficam mais caros por atacado do que se retirarmos os plásticos e os pagarmos à unidade (já que nos cobram o plastiquito, podem bem ficar lá com ele). Uma caixa de 450 grs de Fitness é mais barata, ao peso, do que outra de 625 grs. Este caso é ainda mais requintado, porque com pesos destes, em que um não é múltiplo do outro, acrescendo a preços como «3,29 euro», fica mais difícil fazer contas de cabeça.
Todas estas manobras contam, evidentemente, com a pressa e o cansaço dos consumidores. Quando nos apregoam uma vantagem, podendo nós desmascará-la se enganosa, presumimos a honestidade do outro, que arrisca a mácula no prestígio. Ocorre-me que se do reclamo constasse «leve dois, pague três», ninguém daria por ela.
Já muitas vezes constatei que em promoções do tipo «leve dois, pague um» o preço do conjunto excedia a soma das unidades. Apostam na distracção – e na incompetência aritmética – dos clientes, que presumem que a promoção os visa a eles e não os próprios vendedores.
Na minha anterior incursão noctívaga constatei sem grande esforço que se uma embalagem de Cerélac 500grs custava 2,45 euro e uma de 1kg, 5,48 euro, então, a otária da cliente – eu - largaria ali 58 cêntimos a mais, pensando que estava a poupar. Seria muito bem feito, que era para aprender a fazer contas e a cuidar do economato (isto sou eu a supor uma posição moralizadora dos directores de marketing). Mas esta desproporção era de caras, bastava ler as etiquetas, lado a lado, para o logro nos saltar à vista. Ontem descobri estratégias mais subtis que visam aqueles que pensam logicamente e andam por aí de boa fé. Estão a ver os conjuntos de pacotinhos de leite para os lanches? Pois é: ficam mais caros por atacado do que se retirarmos os plásticos e os pagarmos à unidade (já que nos cobram o plastiquito, podem bem ficar lá com ele). Uma caixa de 450 grs de Fitness é mais barata, ao peso, do que outra de 625 grs. Este caso é ainda mais requintado, porque com pesos destes, em que um não é múltiplo do outro, acrescendo a preços como «3,29 euro», fica mais difícil fazer contas de cabeça.
Todas estas manobras contam, evidentemente, com a pressa e o cansaço dos consumidores. Quando nos apregoam uma vantagem, podendo nós desmascará-la se enganosa, presumimos a honestidade do outro, que arrisca a mácula no prestígio. Ocorre-me que se do reclamo constasse «leve dois, pague três», ninguém daria por ela.
20.11.06
Quanto vale um colo?
Esta é mais uma dessas perguntas de algibeira que não têm resposta pois que dependem de cada um de nós e da fase da vida que atravessamos. Eu posso dizer aqui a falta que me faz um colo e uso e abuso deste espaço para desvendar as minhas fraquezas, aproveitando que ninguém me conhece nem quer saber da minha existência miserável para nada. Um colo sempre pronto a recolher-nos é um luxo e um privilégio só de alguns nestes dias de isolamento a que muitos nos votamos. E depois é daquelas coisas que ninguém pode pedir. Ou existe na nossa vida e é uma retaguarda infalível, ou então não existe e nós andamos por aí a fingir que não se passa nada ao bom género da fuga para a frente.
Mas isso sou eu que não sou ninguém, nem valho nada para além das poucas palavras que me arrisco a deixar por aqui. E porque é fácil dar parte fraca, e de forte também, quando apenas escrevemos umas quaisquer barbaridades que nos passam pela alma em momentos mais ou menos obscuros em que nos sentimos perdidos de nós próprios.
Agora que haja quem publicamente assuma que precisa dum colo e ainda por cima depois tem aspirações a vir a ser Presidente da Nação, isso é que já me parece muito mal! Um homem que é Homem, não anda por aí a chorar pelos cantos e a dizer que a vida lhe foi madrasta! Um gajo que é Gajo agarra a vida pelos tomates e mostra que é rei do pedaço, ali como o nosso querido animal! Enfim, se ele ainda aspirasse a altos cargos para puder pedir colinho à previsível futura Presidenta da França, aí eu compreendia perfeitamente que a senhora até pode ter um discurso politicamente acertado mas o que é certo é que quando ela abre a boca ninguém presta muita atenção ao que ela diz. Excepto ao facto inegável que é ver-se finalmente uma mulher bonita, jovem, bem arranjada e cheia de genica quase com um pé dentro de onde se dizia que mulher nenhuma entraria! E quase só por isso acho que a Ségolène (phénomène!) merece ganhar e se eu fosse francesa ia já dar-lhe o meu voto! E pedir-lhe colinho pois que eu não sou aspirante a presidência de coisíssima nenhuma e portanto não me fica mal aspirar a um colo tão royal!
Mas isso sou eu que não sou ninguém, nem valho nada para além das poucas palavras que me arrisco a deixar por aqui. E porque é fácil dar parte fraca, e de forte também, quando apenas escrevemos umas quaisquer barbaridades que nos passam pela alma em momentos mais ou menos obscuros em que nos sentimos perdidos de nós próprios.
Agora que haja quem publicamente assuma que precisa dum colo e ainda por cima depois tem aspirações a vir a ser Presidente da Nação, isso é que já me parece muito mal! Um homem que é Homem, não anda por aí a chorar pelos cantos e a dizer que a vida lhe foi madrasta! Um gajo que é Gajo agarra a vida pelos tomates e mostra que é rei do pedaço, ali como o nosso querido animal! Enfim, se ele ainda aspirasse a altos cargos para puder pedir colinho à previsível futura Presidenta da França, aí eu compreendia perfeitamente que a senhora até pode ter um discurso politicamente acertado mas o que é certo é que quando ela abre a boca ninguém presta muita atenção ao que ela diz. Excepto ao facto inegável que é ver-se finalmente uma mulher bonita, jovem, bem arranjada e cheia de genica quase com um pé dentro de onde se dizia que mulher nenhuma entraria! E quase só por isso acho que a Ségolène (phénomène!) merece ganhar e se eu fosse francesa ia já dar-lhe o meu voto! E pedir-lhe colinho pois que eu não sou aspirante a presidência de coisíssima nenhuma e portanto não me fica mal aspirar a um colo tão royal!
18.11.06
BBC Vida Selvagem
Na senda de prémios que têm sido atribuídos nos blogues, venho propor o prémio melhor mascote da soca. O primeiro runner up, já se vê, é o Animal, autor de posts como este:
eu é mais considerações de leão: gostava de ficar nas calmas, à sombra, a coçar as pulgas da juba e a rosnar aos putos pra tarem sossegados enquanto as minhas fêmeas saem para abifar uma zebra ou gazela pró jantar.
depois dava umas quecas para manter a espécie, enxertos de porrada nos jovens machos que se atrevessem a chegar perto e dar um rugido feroz pra dizer urbi et orbi quem manda aqui sou eu. eu. sou o rei desta merda toda, hã?
agora tenho de ir embora ca minha senhora disse-me para ir deitar o lixo no contentor...
eu é mais considerações de leão: gostava de ficar nas calmas, à sombra, a coçar as pulgas da juba e a rosnar aos putos pra tarem sossegados enquanto as minhas fêmeas saem para abifar uma zebra ou gazela pró jantar.
depois dava umas quecas para manter a espécie, enxertos de porrada nos jovens machos que se atrevessem a chegar perto e dar um rugido feroz pra dizer urbi et orbi quem manda aqui sou eu. eu. sou o rei desta merda toda, hã?
agora tenho de ir embora ca minha senhora disse-me para ir deitar o lixo no contentor...
Entretanto, a competir ferozmente pelo título de bichinho de estimação, temos o filosófico Leão da Lezíria:
Animal, tirou-me as palavras da boca. Só acrescentaria apenas que a última palava é sempre nossa: "sim, querida..."
17.11.06
Considerações de tartaruga
Há assim umas passagens temporais que nos marcam, assim como algumas passagens de temporais, e depois durante algum tempo ficamos fechados para balanço. Esta minha última passagem está quase a durar dois anos. Dois anos de emoções ao rubro, de saltos maiores que as pernas, de trambolhões, sempre a correr sem parar, hoje não sei onde vou estar amanhã mas também não quero saber! Sempre a viver como se não houvesse dia de amanhã, levantando-me todos os dias como se me preparasse para uma batalha campal. Eu contra todos, todos contra mim, eu contra eu. E toma lá cacetada, e agora apanhas mais esta, e quando pensas que tudo acalmou ainda vem mais!
Dizem-me que é de mim, que a minha casca, carapaça, não é suficientemente dura. Que tenho que me enfiar mais lá para dentro e não mostrar, tanta coisa que deixo de fora, olha lá uma pata tão saborosa, vamos mordê-la, arrancá-la à força de dentadas! E já agora umas bicadas valentes nos olhos também!
E eu que só queria saber para que lado é o mar. Só queria nele entrar e deixar-me levar pelo azul infinito, pelo silêncio das profundezas. Queria afundar-me no mar e hibernar. Baixar a temperatura do sangue vermelho, fazê-lo virar azul, deixar-me invadir pelo azul, e não ser mais do que isso, um ínfimo ponto azul à deriva no oceano. E dizer "adeus até ao meu regresso!". Mas sem intenção de voltar, nunca mais!
Lindinhas!
Já viram isto?
Apurados 63 votos nesta categoria, divididos por 38 blogues, seguem à frente do pelotão: Sociedade Anónima, Da Literatura, Blasfémias, e Glória Fácil. Mas logo colados vêm vários blogues, com destaque para: Aspirina B, Bicho-carpinteiro, Bitaites, e Marretas. Outra corrida que promete.
Apurados 63 votos nesta categoria, divididos por 38 blogues, seguem à frente do pelotão: Sociedade Anónima, Da Literatura, Blasfémias, e Glória Fácil. Mas logo colados vêm vários blogues, com destaque para: Aspirina B, Bicho-carpinteiro, Bitaites, e Marretas. Outra corrida que promete.
Está lá! No blogue Geração rasca, que eu bem vi.
E também aqui! U la la!
16.11.06
Menáge à trois
Ontem, como em muitas noites antes e provavelmente como em muitas noites que virão depois, tive a companhia das minhas amigas Insónia e Solidão. Normalmente não pedem para entrar, e fazem-se convidadas sobretudo quando não estou ocupada. A Solidão chega primeiro, enchendo todo o espaço à sua volta, com aquela arrogância de quem sabe onde se mete e com quem se mete. Somos amigas de longa data já mesmo do período em que eu vivia acompanhada. Nessa altura ela explicou-me que não era companhia apenas de quem vivia só e isso deixou-me um bocadinho mais reconfortada.
A Insónia vem sempre depois, já a noite vai bem lançada e eu em amena cavaqueira com a Solidão. É um bocado inconstante porque nunca tem horas para aparecer. É conforme lhe apetece. Assim que se instala é uma chatice porque depois já ninguém tem sossego e até os vizinhos reclamam da barulheira que vai cá para baixo. E até acho que tenho mas é que trocar o colchão que as molas já reclamam de tanta volta que levam no lombo, ou do lombo que tanta volta dá em cima delas.
Os meus vizinhos devem achar que as minhas noites são melhores do que as deles porque quando os cruzo no elevador lançam-me sempre daqueles sorrisinhos malandrecos possivelmente induzidos pelo meu ar algo estremunhado e amarfanhado de tantas pancadas que dou nas almofadas e nas molas do colchão, coitadas sempre têm motivo para reclamar, que ontem até me lembrei que a Catarina Furtado (outra mulher bonita dessas que se materializam no meu pensamento e infelizmente ficam-se só mesmo por aí), pois como eu ia dizendo a Catarina Furtado parece que faz publicidade a uns colchões que trabalham o corpo todo sem a gente ter que se mexer (equipados com o sistema de molas entrelaçadas mutielastic! E viva o luxo!) e até podia ser que o raiosparta do colchão supersónico da Catarina me desse porrada à puta da Insónia para ver se ela ia mas era procurar companhia noutras paragens que tanta noite a aturar os seus ímpetos já cansa e eu não vou propriamente para nova!
Assim sempre me deixava ficar aqui sozinha com a Solidão que essa já é velha amiga e a gente entretém-se mais as duas que a outra é demasiado reboliça para o meu gosto. E de qualquer forma nunca gostei cá de menáges que isso é coisa do imaginário erótico masculino e eu sempre fui mais adepta do one-on-one que a gente atrapalha-se menos e concentra-se mais na parceira que tem de lado, ou na frente, ou por trás ou seja lá como for a preferência de cada uma. E nisso a Solidão é do mais flexível que há porque repete sempre tudo o que lhe dizemos incluindo a célebre frase: "Foi tão bom para ti como para mim?" ao que respondemos as duas em coro: "Sim!"
A Insónia vem sempre depois, já a noite vai bem lançada e eu em amena cavaqueira com a Solidão. É um bocado inconstante porque nunca tem horas para aparecer. É conforme lhe apetece. Assim que se instala é uma chatice porque depois já ninguém tem sossego e até os vizinhos reclamam da barulheira que vai cá para baixo. E até acho que tenho mas é que trocar o colchão que as molas já reclamam de tanta volta que levam no lombo, ou do lombo que tanta volta dá em cima delas.
Os meus vizinhos devem achar que as minhas noites são melhores do que as deles porque quando os cruzo no elevador lançam-me sempre daqueles sorrisinhos malandrecos possivelmente induzidos pelo meu ar algo estremunhado e amarfanhado de tantas pancadas que dou nas almofadas e nas molas do colchão, coitadas sempre têm motivo para reclamar, que ontem até me lembrei que a Catarina Furtado (outra mulher bonita dessas que se materializam no meu pensamento e infelizmente ficam-se só mesmo por aí), pois como eu ia dizendo a Catarina Furtado parece que faz publicidade a uns colchões que trabalham o corpo todo sem a gente ter que se mexer (equipados com o sistema de molas entrelaçadas mutielastic! E viva o luxo!) e até podia ser que o raiosparta do colchão supersónico da Catarina me desse porrada à puta da Insónia para ver se ela ia mas era procurar companhia noutras paragens que tanta noite a aturar os seus ímpetos já cansa e eu não vou propriamente para nova!
Assim sempre me deixava ficar aqui sozinha com a Solidão que essa já é velha amiga e a gente entretém-se mais as duas que a outra é demasiado reboliça para o meu gosto. E de qualquer forma nunca gostei cá de menáges que isso é coisa do imaginário erótico masculino e eu sempre fui mais adepta do one-on-one que a gente atrapalha-se menos e concentra-se mais na parceira que tem de lado, ou na frente, ou por trás ou seja lá como for a preferência de cada uma. E nisso a Solidão é do mais flexível que há porque repete sempre tudo o que lhe dizemos incluindo a célebre frase: "Foi tão bom para ti como para mim?" ao que respondemos as duas em coro: "Sim!"
15.11.06
sra honrosa
Outro dias participei num concurso, chamemos-lhe um concurso de beleza, a nível internacional.
Suponhamos que este concurso de beleza premiava a gaja com as pernas mais boas da Europa com um primeiro prémio e dois segundos prémios.
Ora eu, que sou uma gaja e nada má, não desfazendo, decidi participar, naquela do não tenho nada a perder e quem sabe, até pode ser que ganhe os tais euros, que bem vinham a calhar que a vida tá cara e as pernas não dão muito dinheiro.
E mandei para lá o CV e umas fotos e umas descrições das pernas e o que fazia para as pernas serem assim de boas.
E apesar de muitas outras gajas concorrerem, eu fui seleccionada para finalista, o que até nem me surpreendeu muito porque eu até sou uma pessoa trabalhadora e que cuida com afinco e determinação das suas, digamos, pernas.
Mas, as outras finalistas (cerda de uma dúzia), eram pessoas assim muito mais dedicadas às suas, digamos, pernas, eram profissionais de topo, que tinham inclusive meia dúzia de pessoas com as mesmas qualificações que eu a trabalhar nas pernas delas, e com currículos pernis longos e assustadoramente bons. E eu pensei que não tinha hipótese nenhuma de ganhar, mas já não foi mau chegar aqui, e assim como assim serve de treino para outras ocasiões em que tenha de, digamos, mostrar as pernas, por razões mais importantes.
E lá fui ao estrangeiro apresentar as minhas pernas.
E, como previsto, foram os profissionais de topo que ganharam os prémios de euros. Mas no fim decidiram atribuir uma menção honrosa às minhas pernas, e eu fiquei muito contente, porque sou uma pessoa mais aplicada que teórica em termos de fundamentos pernis, porque as minhas pernas não trazem nenhum avanço na cura para a sida, e porque eu não lhes dou muita importância nos meus tempos livres.
Mas, em termos práticos, o que ganhei foram beijinhos do júri e um par de fotos. E eu, apesar de contente, não dei mais importância ao assunto (à parte obrigar os meus amigos a tratar-me por Sra. honrosa).
Mas outro dias, meses largos depois do evento, chegou à atenção do presidente da comissão de pernas do meu departamento, que as minhas pernas tinham sido distinguidas a nível internacional. E ficou muito orgulhoso e decidiu espalhar a noticia pela imprensa e Internet e assim. E eu fiquei contente, até porque gosto de ver a minha fotografia, e de me gabar, e de ver reconhecido o meu trabalho, mas não passa muito daí. Porque há que reconhecer, só ganhei beijinhos.
É que nem um empreguinho me valeu.
Suponhamos que este concurso de beleza premiava a gaja com as pernas mais boas da Europa com um primeiro prémio e dois segundos prémios.
Ora eu, que sou uma gaja e nada má, não desfazendo, decidi participar, naquela do não tenho nada a perder e quem sabe, até pode ser que ganhe os tais euros, que bem vinham a calhar que a vida tá cara e as pernas não dão muito dinheiro.
E mandei para lá o CV e umas fotos e umas descrições das pernas e o que fazia para as pernas serem assim de boas.
E apesar de muitas outras gajas concorrerem, eu fui seleccionada para finalista, o que até nem me surpreendeu muito porque eu até sou uma pessoa trabalhadora e que cuida com afinco e determinação das suas, digamos, pernas.
Mas, as outras finalistas (cerda de uma dúzia), eram pessoas assim muito mais dedicadas às suas, digamos, pernas, eram profissionais de topo, que tinham inclusive meia dúzia de pessoas com as mesmas qualificações que eu a trabalhar nas pernas delas, e com currículos pernis longos e assustadoramente bons. E eu pensei que não tinha hipótese nenhuma de ganhar, mas já não foi mau chegar aqui, e assim como assim serve de treino para outras ocasiões em que tenha de, digamos, mostrar as pernas, por razões mais importantes.
E lá fui ao estrangeiro apresentar as minhas pernas.
E, como previsto, foram os profissionais de topo que ganharam os prémios de euros. Mas no fim decidiram atribuir uma menção honrosa às minhas pernas, e eu fiquei muito contente, porque sou uma pessoa mais aplicada que teórica em termos de fundamentos pernis, porque as minhas pernas não trazem nenhum avanço na cura para a sida, e porque eu não lhes dou muita importância nos meus tempos livres.
Mas, em termos práticos, o que ganhei foram beijinhos do júri e um par de fotos. E eu, apesar de contente, não dei mais importância ao assunto (à parte obrigar os meus amigos a tratar-me por Sra. honrosa).
Mas outro dias, meses largos depois do evento, chegou à atenção do presidente da comissão de pernas do meu departamento, que as minhas pernas tinham sido distinguidas a nível internacional. E ficou muito orgulhoso e decidiu espalhar a noticia pela imprensa e Internet e assim. E eu fiquei contente, até porque gosto de ver a minha fotografia, e de me gabar, e de ver reconhecido o meu trabalho, mas não passa muito daí. Porque há que reconhecer, só ganhei beijinhos.
É que nem um empreguinho me valeu.
Dos nomes que são mais reais que os verdadeiros
Hoje não sabes quem eu sou (nunca soubeste). Abro-te a porta e não me encontras como esperavas, a de sempre, do costume, dos gestos repetidos, reconhecidos, do corpo por ti premiado (pensas tu). Hoje não sabes quem eu sou (nunca soubeste) e encontras a mulher mascarada, vestida de panos translúcidos que te obrigam a quase adivinhar (não acertas), num desespero de quase saber mas sem a certeza ('mor, não me reconheces?) nem no beijo (mudei de pastilha, sabes) nem no toque (não, estas mãos não são as tuas) nem no corpo (não me fujas, anda cá, és minha, ou não serás?) Serei? Nunca fui, tremes; temes. A mulher escondida (se fosses sempre assim! e não sei se te quereria ou não) que se encosta a ti (não me fujas tu) e tu tremes, temes, não sabes se medo, se desejo, se mistura dos dois.
Hoje não sabes quem eu sou (mas nunca soubeste, mais vale assinar assim).
Hoje não sabes quem eu sou (mas nunca soubeste, mais vale assinar assim).
shh
Entre mim e a noite quieta lá atrás, uma luz húmida, com amarelo e inverno. O frio chegou ao piar das aves, está nas pausas e no eco que extingue os sons. Desapareceu o perfume das damas-da-noite e, depois, foram-se os grilos. A gata preta traz a segunda ninhada que lhe conheço, esta sem um exemplar que ilustre a paternidade parda e listrada. Passam por entre as grades e desaparecem debaixo do aloés espetado en todas as direcções. Caçam juntos, e já não miam.
Erotic quê???
(Este post irá parecer-vos um poucochito pró desorganizado mas eu prometo que chego a algum lado, ou pelo menos tento!)
Eu não sou daquelas pessoas que têm grandes ideias. Uma vez fiz um desses testes psicossomáticos ou lá o que era e o resultado foi que eu sou uma boa executante. Portanto preciso que alguém me dê um mote, que se lhe acenda a lamparina na cachimónia a ele (ou ela) e só depois de eu ver a luz do outro lado é que a minha lá começa a piscar, às vezes com mais esforço que outras que as noites não têm sido fáceis e os neurónios andam meio desorientados.
E não sendo uma mulher com iluminação própria por assim dizer, tenho que ir tirar puxadas à electricidade alheia o que nem sempre é evidente porque há dias e noites em que a luz tem umas origens, digamos que mais pró animalescas, e eu até fico a pensar se não me terei enganado na puxada e não me fui ligar nalgum leão ou nalgum lobo, em vez dum qualquer ser humano mais racional e usual.
Mas estava eu aqui a contar que quando era mais chavala as luzes acendiam-se-me por uns motivos mais ordinários e eu toda cheia de pica equestre (seriam já as éguas a chamarem por mim?) escrevia assim umas coisas que não lembram ao caneco. Mas aquilo entusiasmava-me e agora passado uns anitos que parecem mais largos do que na realidade foram, e hoje em particular nem sei bem porquê (ou será que já é noite de lua cheia outra vez?) pus-me a ver se encontrava aqui neste vastíssimo mundo que se esconde por trás da Internet algo que interessasse e divertisse os leitores aqui do sítio, pois olhem meus amigos, só vos digo que de ordinarice brejeira a nojeira sem ponta por onde se lhe pegue foi uma cena em 3 clicks e eu agora já nem consigo escrever nem mais uma palavra só!
(Ok, ainda consigo espetar-vos aqui o link para que vejam as coisas que a gente incauta encontra por aí sem querer! Ide ver a sem vergonhice de que semos capazes, ide ide!)
Eu não sou daquelas pessoas que têm grandes ideias. Uma vez fiz um desses testes psicossomáticos ou lá o que era e o resultado foi que eu sou uma boa executante. Portanto preciso que alguém me dê um mote, que se lhe acenda a lamparina na cachimónia a ele (ou ela) e só depois de eu ver a luz do outro lado é que a minha lá começa a piscar, às vezes com mais esforço que outras que as noites não têm sido fáceis e os neurónios andam meio desorientados.
E não sendo uma mulher com iluminação própria por assim dizer, tenho que ir tirar puxadas à electricidade alheia o que nem sempre é evidente porque há dias e noites em que a luz tem umas origens, digamos que mais pró animalescas, e eu até fico a pensar se não me terei enganado na puxada e não me fui ligar nalgum leão ou nalgum lobo, em vez dum qualquer ser humano mais racional e usual.
Mas estava eu aqui a contar que quando era mais chavala as luzes acendiam-se-me por uns motivos mais ordinários e eu toda cheia de pica equestre (seriam já as éguas a chamarem por mim?) escrevia assim umas coisas que não lembram ao caneco. Mas aquilo entusiasmava-me e agora passado uns anitos que parecem mais largos do que na realidade foram, e hoje em particular nem sei bem porquê (ou será que já é noite de lua cheia outra vez?) pus-me a ver se encontrava aqui neste vastíssimo mundo que se esconde por trás da Internet algo que interessasse e divertisse os leitores aqui do sítio, pois olhem meus amigos, só vos digo que de ordinarice brejeira a nojeira sem ponta por onde se lhe pegue foi uma cena em 3 clicks e eu agora já nem consigo escrever nem mais uma palavra só!
(Ok, ainda consigo espetar-vos aqui o link para que vejam as coisas que a gente incauta encontra por aí sem querer! Ide ver a sem vergonhice de que semos capazes, ide ide!)
14.11.06
Os melhores blogues de 2006
Esta amabilíssima, espertíssima, maravilhosa gente que de rasca não tem nada, está a promover uma votação para Os melhores blogues de 2006. Nós, claro, promovemos a promoção da votação, até porque, com toda a isenção que sempre nos assistiu, nem sequer demos conta que toda aquela gentilíssima, charmosíssima e espectacular gente que de rasca não tem nada, votou quase em massa na nossa humilde SOCA, para melhor blogue colectivo ou melhor blog temático ou melhor blogue. :)
(se se organizassem e votassem todos na SOCA para a mesma categoria, a gente ganhava mais facilmente, mas não se pode querer tudo...)
Todos os bloggers que mantém blogues activos nos últimos três meses podem votar. Isto quer dizer que todas as sócias, à semelhança do Geração Rasca (essa extraordinária, queridíssima e estonteante gente que de rasca não tem nada), podem votar individualmente aqui na SOCA, até aquelas que nunca escreveram mais do que um post. Ora viram a vossa sorte, meninas.
Em breve cá estará a minha votação.
(acho bem que alguma de vocês vote nos gajos, pá! Vejam-me lá isso!)
Vamos (voamos) ?
Hoje apetecia-me fretar um avião. Hoje era eu que fazia as honras da casa. Estacionava-o ali à frente do rio, num sítio qualquer que se visse bem e que fosse central, abria-lhe as portas e convidava quem quisesse vir voar comigo. Podia não ser eu a pilotá-lo, mas era eu que ditava o destino. Quem viesse tinha que vir de olhos fechados, sem saber para onde seria levado. Nas viagens de longo curso às vezes o destino nem interessa assim tanto… desde que seja algo diferente, quem parte vai sempre em busca de algo novo e desconhecido.
Sinto falta da antecipação, dos preparos. De empacotar roupas e tralhas, sempre demais, tenho sempre medo de me esquecer de alguma coisa que me faça falta depois. De contar os dias, e as horas que faltam até me encontrar finalmente perante a enormidade do pássaro de metal. Tão grande para mim, tão pequeno para as travessias que se propõe fazer comigo lá dentro.
Apetece-me viajar para um qualquer sítio bem distante, e deixar a minha vida ficar em suspenso durante o tempo que estou fora, mesmo que me acusem de fugir duma realidade que me enerva e angustia mais do que devia. Mas não gosto de viajar sozinha, preferia calcorrear os caminhos que trilho com outros que se confessem tão aventureiros quanto eu.
Hoje apetecia-me fretar um avião e enchê-lo de gente diferente e animada, cheios de planos, trajectos, sítios a não perder, vamos votar nos sítios que queremos ver, partimo-nos em grupos porque nem todos gostam de história, nem de estátuas, nem de museus, nem de igrejas, nem de arte moderna, nem de jardins suspensos, nem de rios sem fim, nem de praias desertas, nem de comer sentados no chão petiscos inomináveis… mas um por todos e todos por um partilhando esse mesmo gosto de voar para um qualquer destino invulgar!
13.11.06
proposta de rubrica nova
"o corrector do word até que não é parvo de todo"
se pensar bem, ressuspensão não é assim tão diferente de ressurreição.
Um gajo tá lá no fundo, quieto e parado, e de repente leva uma agitadela e volta a 'tar de pé e misturado no meio. Faz algum sentido...
se pensar bem, ressuspensão não é assim tão diferente de ressurreição.
Um gajo tá lá no fundo, quieto e parado, e de repente leva uma agitadela e volta a 'tar de pé e misturado no meio. Faz algum sentido...
12.11.06
Das formas de se escrever (e comentar) num blog
(Perdoai-me o título pretensioso! Tenho um bocado a mania das grandezas. :P)
Está na voga falar-se sobre os blogs anónimos, que serão praticamente todos porque os utilizadores querem todos salvaguardar a sua privacidade, o que é um direito legítimo uma vez que a opinião de alguém que escreve deve valer (e falar) por si só. E cada um de nós tem direito a expressar-se da forma que bem entender, de usar um blog como um diário privado, ou nem por isso porque se fosse para ser privado não nos incomodávamos em ler e responder a todos os que se dão ao trabalho de nos ler e comentar.
Eu confesso que detesto o anonimato! O primeiro blog que escrevi não era anónimo e para lá debitei tudo o que me vinha à cabeça nesses dias que corriam mais ou menos tranquilos. Tudo o que escrevia não diferia muito do que eu dizia, mas a audiência era bem mais vasta e não contei com os efeitos da "rádio-alcatifa", ou seja, antes que eu desse por isso já toda a gente que me conhecia, do intensamente ao vagamente, me lia e se dava ao luxo de ir tirar explicações em pessoa. O que está tudo muito bem se escrevermos sobre coisas inócuas, mas nem por isso quando começamos a desfiar dúvidas e desejos que ninguém diria que sentíamos.
Fartei-me do incómodo que era não ser anónima, e após várias ameaças vindas do mundo real acabei por desistir de tentar não o ser. É mais fácil escrever quando ninguém sabe quem somos. É mais fácil confessar, desabafar, assumir e enfrentar. Não em relação os outros mas em relação a nós próprios. Mas esta minha postura aqui, que é também (e felizmente!) a de muitos que eu conheço, não é a de todos. Eu escondo-me no anonimato como um acto de defesa mas subscrevo na minha vida cada palavra que aqui ponho, mesmo as mais incómodas. As minhas travadinhas mentais são tanto virtuais como reais. Não bato realmente bem da cachimónia, o que é fácil para mim assumir, sendo-me é mais difícil entender que haja por aí alminhas que entendam o meu raciocínio distorcido.
Onde a porca torce o rabo é em relação aos anónimos que atacam outras pessoas. Isso para mim é que me passa completamente ao lado e me deixa sempre derreada. Que pessoas são essas que acham que valem mais do que as outras e se sentem no direito de incomodar quem apenas procura umas horas fora da sua realidade atrozmente rotineira e pura e simplesmente chatarrona? Que pessoas são essas que andam por aí tão cheias de azedume que se sentem no direito de nos tirar o tapete debaixo do chão quando vamos por aí fora todos lançados e inspirados?
Felizmente, aqui este canto tem-me sido muito recompensador. Escrevo os maiores dislates, às vezes a rir, outras a chorar, e há sempre quem me surpreenda pela positiva! Só tenho uma coisa a dizer: é BOM estar aqui! Espero que os que nos acompanham continuem e que voltem sempre!
Está na voga falar-se sobre os blogs anónimos, que serão praticamente todos porque os utilizadores querem todos salvaguardar a sua privacidade, o que é um direito legítimo uma vez que a opinião de alguém que escreve deve valer (e falar) por si só. E cada um de nós tem direito a expressar-se da forma que bem entender, de usar um blog como um diário privado, ou nem por isso porque se fosse para ser privado não nos incomodávamos em ler e responder a todos os que se dão ao trabalho de nos ler e comentar.
Eu confesso que detesto o anonimato! O primeiro blog que escrevi não era anónimo e para lá debitei tudo o que me vinha à cabeça nesses dias que corriam mais ou menos tranquilos. Tudo o que escrevia não diferia muito do que eu dizia, mas a audiência era bem mais vasta e não contei com os efeitos da "rádio-alcatifa", ou seja, antes que eu desse por isso já toda a gente que me conhecia, do intensamente ao vagamente, me lia e se dava ao luxo de ir tirar explicações em pessoa. O que está tudo muito bem se escrevermos sobre coisas inócuas, mas nem por isso quando começamos a desfiar dúvidas e desejos que ninguém diria que sentíamos.
Fartei-me do incómodo que era não ser anónima, e após várias ameaças vindas do mundo real acabei por desistir de tentar não o ser. É mais fácil escrever quando ninguém sabe quem somos. É mais fácil confessar, desabafar, assumir e enfrentar. Não em relação os outros mas em relação a nós próprios. Mas esta minha postura aqui, que é também (e felizmente!) a de muitos que eu conheço, não é a de todos. Eu escondo-me no anonimato como um acto de defesa mas subscrevo na minha vida cada palavra que aqui ponho, mesmo as mais incómodas. As minhas travadinhas mentais são tanto virtuais como reais. Não bato realmente bem da cachimónia, o que é fácil para mim assumir, sendo-me é mais difícil entender que haja por aí alminhas que entendam o meu raciocínio distorcido.
Onde a porca torce o rabo é em relação aos anónimos que atacam outras pessoas. Isso para mim é que me passa completamente ao lado e me deixa sempre derreada. Que pessoas são essas que acham que valem mais do que as outras e se sentem no direito de incomodar quem apenas procura umas horas fora da sua realidade atrozmente rotineira e pura e simplesmente chatarrona? Que pessoas são essas que andam por aí tão cheias de azedume que se sentem no direito de nos tirar o tapete debaixo do chão quando vamos por aí fora todos lançados e inspirados?
Felizmente, aqui este canto tem-me sido muito recompensador. Escrevo os maiores dislates, às vezes a rir, outras a chorar, e há sempre quem me surpreenda pela positiva! Só tenho uma coisa a dizer: é BOM estar aqui! Espero que os que nos acompanham continuem e que voltem sempre!
11.11.06
10.11.06
Flutuo
Fechei os olhos para não te ver porque hoje queria só sentir, sentir-te, usar as mãos como instrumentos como se tu fosses um pedaço de argila e eu escultor. Sei onde estás, as minhas mãos sabem-te, querem decorar-te para depois recriar a tua forma no espaço argila que em mim deixas quando te aproximas e te abandonas nas minhas mãos.
A minha escrita não é fluida, não segue os teus contornos e não te pinta como o poderiam fazer as minhas mãos que te procuraram e te amaram. Para aqui sobram apenas as migalhas que me deixaste quando te desprendeste das minhas mãos, quando delas te despediste prometendo voltar um dia, ou talvez não…
A minha escrita não é fluida, não segue os teus contornos e não te pinta como o poderiam fazer as minhas mãos que te procuraram e te amaram. Para aqui sobram apenas as migalhas que me deixaste quando te desprendeste das minhas mãos, quando delas te despediste prometendo voltar um dia, ou talvez não…
proverbial sabedoria
Não se lembrava das palavras exactas, mas sabia que, no sentido lato, concordava com o que dizia o povo: mais valia ter dois pássaros na mão, do que ele a penar.
Consequências dum estúpido momento matinal!
"Quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga!" não é como se diz e canta por aí? Neste caso foi o carro que pagou mas sinceramente, antes ele do que eu! A mossa tá cá na mesma que o embate revisitei-o na minha cabeça mais de mil vezes, especialmente o efeito sonoro amplificado pelos meus neurónios desorientados. Ontem cheguei a clamar que me dessem um tiro na cabeça para calar aquele ruído ensurdecedor que vinha de dentro o que só é risível se aqui desvendar que nenhum dos membros da minha audiência atingia os dois dígitos na idade e que portanto se quedaram mudos a olhar assarapantados sem saber muito bem como proceder. Se nem a gente grande sabe bem lidar com gente maluca, quanto mais a arraia miúda!
Mas felizmente umas horas de sono induzido foram suficientes para abafar o ruído (mas não exterminá-lo de vez) e embora o corpo continue aqui meio abananado, pelo menos a coisa já é suportável. Com a vantagem de que hoje de manhã tive que fazer um esforço tão grande para focar a visão que nem me deu vontade de tentar sequer olhar para o que se passava nos carros do lado!
(Ai e antes que me esqueça, a fotozita ali de cima é só para dar um efeito visual diferente aqui à coisa e para me lembrar que pode ser sempre muito pior! Afinal foi só uma amolgadelazita numa porta que já tinha para lá outras mais portanto a coisa até que não foi assim lá muito grave!)
9.11.06
Momento matinal
(Patrocinado pela rádio Ar-linda, de manhã vá para o trabalho de cabeça sempre no ar mas acautele-se pró caso de ter que repentinamente travar que depois é uma carga de trabalhos e é nisto que dá quando a gente tá a tentar imaginar o que se passa no carro ao lado…)
Lá vai o Zé Manel, talhante de renome e vendedor das melhores carnes de bovinos, caprinos e suínos da redondeza, perdido nos seus pensamentos enquanto enfrenta mais uma manhã de trânsito infernal para ir deixar a patroa ao serviço. "Estou indeciso entre a Sónia e a Samsunga, essa é que é essa!" pensa ele enquanto coça distraidamente o ouvido com a unha mais comprida do dedo mindinho. "Gosto mais da Sónia que é mai larga e depois dava bem para a gente ver os ângulos mortos dos remates à baliza do Simão, e assim nem me tinha que esticar tanto que me incomoda aqui os abdominais" continua enquanto inspira profundamente e passa a mão pelos costados. "Mas a porra da gaja é mais cara que a outra e este mês é um mês tramado que o pessoal tá-se tudo a cortar nas carnes pra puder gastar nas prendas dos putos… ainda se o raio da sogra se finasse de vez! Sempre era menos uma boca a comer… e quem sabe não se poderia vender algum órgão? Será que compram órgãos de velhota enxuta? Tenho que perguntar lá ao Lamparina do mercado negro se ele sabe dalguma coisa. Tirando as orelhas que já não funcionam, aquilo tem umas cordas vocais que são um portento, uns rins sempre a bombar que quase provocam enxurradas de cada vez que a mulher se alivia, o coração tem algumas falhas mas lá se vai aguentando, os olhos esses já deram o que tinha a dar… talvez o fígado se a gente mentir e disser que jura pela sua santa alminha que a senhora nunca se meteu na pinga… era uma ideia, lá isso era! Já pensei até em depelá-la e esticá-la e depois pendurá-la ali ao pé das vacas mas o raio da mulher pesa mais de uma tonelada… será que tem algum dentito de ouro? Por acaso nunca lhe espreitei lá para dentro mas também arriscava-me a perder algum dedo e eles fazem-me falta!" rematou olhando para as mãos largas com orgulho de quem sente que chegou a algum lado à custa delas!
Um safanão sobressaltou-o e obrigou-o momentaneamente a prestar atenção a quem ali do lado lhe perguntava algo que não ouviu. "Sim mulher" respondeu pela afirmativa que normalmente era a sua opção mais segura. Mas hoje pelo enrubescimento da faces da sua cara-metade percebeu que tinha metido argolada! "Ai afinal tu sempre queres que a minha mãezinha morra não é?!?!" e o coitado do Zé Manel levantou os olhos para o céu que hoje se adivinhava limpo e azulado e esforçando-se para não ouvir o resto lá carregou no acelerador para ver se encurtava um resto de viagem que se adivinhava penosa! Já um homem não pode ir perdido nos seus pensamentos descansado!
Lá vai o Zé Manel, talhante de renome e vendedor das melhores carnes de bovinos, caprinos e suínos da redondeza, perdido nos seus pensamentos enquanto enfrenta mais uma manhã de trânsito infernal para ir deixar a patroa ao serviço. "Estou indeciso entre a Sónia e a Samsunga, essa é que é essa!" pensa ele enquanto coça distraidamente o ouvido com a unha mais comprida do dedo mindinho. "Gosto mais da Sónia que é mai larga e depois dava bem para a gente ver os ângulos mortos dos remates à baliza do Simão, e assim nem me tinha que esticar tanto que me incomoda aqui os abdominais" continua enquanto inspira profundamente e passa a mão pelos costados. "Mas a porra da gaja é mais cara que a outra e este mês é um mês tramado que o pessoal tá-se tudo a cortar nas carnes pra puder gastar nas prendas dos putos… ainda se o raio da sogra se finasse de vez! Sempre era menos uma boca a comer… e quem sabe não se poderia vender algum órgão? Será que compram órgãos de velhota enxuta? Tenho que perguntar lá ao Lamparina do mercado negro se ele sabe dalguma coisa. Tirando as orelhas que já não funcionam, aquilo tem umas cordas vocais que são um portento, uns rins sempre a bombar que quase provocam enxurradas de cada vez que a mulher se alivia, o coração tem algumas falhas mas lá se vai aguentando, os olhos esses já deram o que tinha a dar… talvez o fígado se a gente mentir e disser que jura pela sua santa alminha que a senhora nunca se meteu na pinga… era uma ideia, lá isso era! Já pensei até em depelá-la e esticá-la e depois pendurá-la ali ao pé das vacas mas o raio da mulher pesa mais de uma tonelada… será que tem algum dentito de ouro? Por acaso nunca lhe espreitei lá para dentro mas também arriscava-me a perder algum dedo e eles fazem-me falta!" rematou olhando para as mãos largas com orgulho de quem sente que chegou a algum lado à custa delas!
Um safanão sobressaltou-o e obrigou-o momentaneamente a prestar atenção a quem ali do lado lhe perguntava algo que não ouviu. "Sim mulher" respondeu pela afirmativa que normalmente era a sua opção mais segura. Mas hoje pelo enrubescimento da faces da sua cara-metade percebeu que tinha metido argolada! "Ai afinal tu sempre queres que a minha mãezinha morra não é?!?!" e o coitado do Zé Manel levantou os olhos para o céu que hoje se adivinhava limpo e azulado e esforçando-se para não ouvir o resto lá carregou no acelerador para ver se encurtava um resto de viagem que se adivinhava penosa! Já um homem não pode ir perdido nos seus pensamentos descansado!
O rabo e a seringa
Pois pensareis vós que eu ainda ando aqui às voltas com este assunto e não é nada disso que pensais não! Eu estou disposta a dar o braço a torcer, a mão à palmatória e por último até ofereço aqui uma das minhas nalgas para que se me espetem a seringa da conformidade, pois que há-de outra coisa uma moçoila bem-educada fazer senão baixar os braços e encolher os ombros ou não é?
Afirmo (e baixo as orelhas de embaraço) que provoquei mais do que a conta! Mas tenho esta veia difícil de controlar em mim que de vez em quando faz das suas especialmente em noites de lua cheia, mas enfim! Essa veia malfadada não tem desculpa mesmo que ela agora me sopre nas ventas e me diga que nem toda a gente entendeu onde eu queria chegar… e que o prazer maior em estar com uma mulher não está no que ela pode fazer por nós mas no que nós lhe podemos dar, no prazer que lhe podemos proporcionar a ela… que obviamente também podemos proporcionar a um homem, mas é diferente! Dar prazer a outrem é um acto supremo de generosidade e sendo o prazer da mulher superior ao do homem… mas enfim, dou o caso por encerrado antes que me crucifiquem sem apelo nem agravo!
Portanto meus amigos e amigas, o que interessa nestes tempos incertos é terem um objecto amado, seja ele pontiagudo ou depilado! Interessa que se lhe entreguem como se não houvesse amanhã. Que dêem tudo de vós e que humildemente aceitem o que receberão na volta do correio que não deverá sequer ser esperado porque como todos sabemos, quem espera demais… nem sempre alcança! Façam do amor uma dança, um ritual, uma festa! Seja com um ele ou com uma ela, seja mais à bruta ou nem por isso… criem momentos de felicidade únicos para vós e guardem-nos em recipientes bem forrados para que as memórias desses momentos bem passados vos durem por muitos e longos anos!
O amor apaixonado torna-nos felizes e imunes, ainda que por vezes algo despropositados! Peço desculpa pelo inconveniente e mandai seguir a banda que aqui não sou eu quem mais manda! (Sem desprimor ó cara chefa que isto agora foi só para rimar! :P Se bem que já sabes… está sempre em aberto a hipótese de me mandares chicotear! :D)
8.11.06
contagem
Hoje o céu abriu-se para me oferecer trinta e nove estrelas. Algumas brilhavam muito e aumentavam de tamanho. Mais longe, as de escassa luz esbatiam-se no azul mesmo celeste. Não as contei pelo decrescer do fulgor, fui contando em gradações assimétricas. Descobri umas, ainda, quase escondidas atrás das nuvens claras e leves que se afastavam. Todas contavam.
7.11.06
Blind date com música de fundo
Há-de estar por aqui, algures, perdido em draft, três linhas de um post sem título. Aborreci-me de tanto queixume, guardei-o e fui-me deitar. Uma perda de tempo, a lágrima é fácil, o sono é leve e as sombras são muitas. Passemos adiante.
Há pessoas que me interessam. Não muitas, que a idade é preguiçosa e de crivo fino, mas em contrapartida, há-de haver uma voz diferente que chame o meu nome e um olhar que me veja de novo.
Há uns dias, num grupo de amigos alguém revelava naturalmente um blind date. O conhecimento breve conteve-me a curiosidade e depois era daquelas caras praticamente invioláveis. Curiosa a forma como nos reprimimos, como o tempo nos leva a transparência da juventude e a previsibilidade da inocência.
Se o voltar a encontrar, pode ser que lhe pergunte. Pensando bem, gostava de o voltar a encontrar e não é por causa do blind date.
Adenda: Afinal não faço muita questão em vê-lo de novo. Nem ele a mim. Passemos adiante.
6.11.06
Stop the press!
Ai pá quem ainda não leu nem sabe o que é uma fotonovela tem que ir já à fnac mais perto de si (ou pode ser outra marca qualquer mas agora lembrei-me desta que é mais curta que as outras e porque até gosto muito de lá ir porque me perco lá nas tolices dos preços verdes), mas como ia dizendo tem que se comprar a nova fotonovela que está a dar que falar, de seu nome "Afinal havia outra".
Nunca eu imaginei que uma fotonovela me pusesse a rir como já não o fazia há anos! (Exagero pois claro mas no calor do momento a gente acha sempre que é tudo melhor do que antes!)
Só para deixar aqui um piqueno spoiler desta história que em dois quadrados fez mais por mim do que muito romance de muita centena de páginas!
Quadrado 1:
"Neste e no próximo quadrado vai parecer-vos que Arminda fala sozinha e que os balões da fala estão lá por engano. Acontece que estávamos para ter a participação da Nicole Kidman, mas esta brilhante actriz acabou por receber, à última da hora, mais uma proposta irrecusável e..."
Balão a sair de Arminda (Cláudia Vieira, moça bem bonita por sinal!): "Boa noite minha senhora. Sabe por ventura indicar-me qual o caminho a pé, mais curto, para o Bairro de Barlavente?"
Balão a sair de figura em branco que deveria ter sido a Nicole: "Lamenta muito, mas não ser daqui. Pedir desculpa por não poder ajudar."
Quadrado 2:
"... assim ficou a nossa Arminda, a falar para o ar, mas obtendo resposta na mesma, e é isso que importa.
Arminda: "Pois! Eu também não sou daqui!"
Figura em branco: "Oh! Não me estar a reconhecer?"
Arminda: "Olha que se não é a rapariguita da peixaria do Modelo de Xabregas, é muito parecida! Pintou o cabelinho?"
Oh pá é que tá mesmo demais!!
Ide ver, ide comprar, que coisas destas é que a gente tá mesmo a precisar! É caso para dizer que tá de rir e chorar por mais!
Nunca eu imaginei que uma fotonovela me pusesse a rir como já não o fazia há anos! (Exagero pois claro mas no calor do momento a gente acha sempre que é tudo melhor do que antes!)
Só para deixar aqui um piqueno spoiler desta história que em dois quadrados fez mais por mim do que muito romance de muita centena de páginas!
Quadrado 1:
"Neste e no próximo quadrado vai parecer-vos que Arminda fala sozinha e que os balões da fala estão lá por engano. Acontece que estávamos para ter a participação da Nicole Kidman, mas esta brilhante actriz acabou por receber, à última da hora, mais uma proposta irrecusável e..."
Balão a sair de Arminda (Cláudia Vieira, moça bem bonita por sinal!): "Boa noite minha senhora. Sabe por ventura indicar-me qual o caminho a pé, mais curto, para o Bairro de Barlavente?"
Balão a sair de figura em branco que deveria ter sido a Nicole: "Lamenta muito, mas não ser daqui. Pedir desculpa por não poder ajudar."
Quadrado 2:
"... assim ficou a nossa Arminda, a falar para o ar, mas obtendo resposta na mesma, e é isso que importa.
Arminda: "Pois! Eu também não sou daqui!"
Figura em branco: "Oh! Não me estar a reconhecer?"
Arminda: "Olha que se não é a rapariguita da peixaria do Modelo de Xabregas, é muito parecida! Pintou o cabelinho?"
Oh pá é que tá mesmo demais!!
Ide ver, ide comprar, que coisas destas é que a gente tá mesmo a precisar! É caso para dizer que tá de rir e chorar por mais!
Mudar de vida
Ontem decidi passar a prestar mais atenção ao pormenor, às nuvens no céu, às pedras nos muros, às igrejas nas colinas. Decidi que as árvores em frente a minha casa iam deixar de ser “árvores” para passarem a ser diospireiros, macieiras e laranjeiras. Decidi que ia passar a ter uma relação mais definida, com mais contornos.
Ontem comprei os óculos.
Chamem-me vidrinhos.
Ontem comprei os óculos.
Chamem-me vidrinhos.
Pois eu cá que sou uma básica nestas questões
gosto muito de homens. Epá, gosto mesmo, que é que se há-de fazer? Não sou cá de pelezinhas suaves e mais o caneco, que pelezinhas suaves é eu e mainada! Gosto de barba a raspar-me, gosto de pernas com pelos (costas nem por isso...), gosto de costas largas, braços musculados, gosto de rabos masculinos (são tão giros! e excelentes de apalpar) e, evidentemente, gosto de gajos com tudo no sítio e gosto dos sítios e gosto de mexer em todos os sítios que não são de todo de gaja. E gosto de alguma "brutalidade", algum empurra contra a parede, algum agarra na gaja e atira-a para trás das costas e a rapaziada que não sabe também aprende, que isto não é só exigir orgasmos e não explicar onde ficam.
Falando bem e depressa (que estou muito ocupada com outras coisas) e
só para deixar tudo assim mesmo claríssimo: cona chega a minha, muito obrigada.
Falando bem e depressa (que estou muito ocupada com outras coisas) e
só para deixar tudo assim mesmo claríssimo: cona chega a minha, muito obrigada.
A duas / a dois
A duas
Ela chegou e não foram precisas palavras. Abraçamo-nos longamente e depois beijamo-nos. A sua boa quente abrindo-se para a minha, convidando-me a entrar e dando-me espaço para que minha língua brincasse com a sua. A pele suave da sua face desorientava-me e o cheiro dela inebriava-se em mim de cada vez que inspirava profundamente. Sentia-me já em seu poder, desde o primeiro momento nunca deixei de o estar. Ela encostou-me contra a parede, encostando-se contra mim e despiu-me a camisa. A sua língua viajou até às minhas mamas que endureciam a cada toque e ali divertiu-se a brincar com os meus mamilos, sugando-os e puxando-os com os dentes até me levar à beira da loucura. Ela ria-se, um riso infantil e endiabrado. Era ela que tinha o controlo sobre mim e eu apenas me entregava nas mãos desta mulher feiticeira, mulher aranha. Não havia traço meu, bocado de pele, que ela não acariciasse, com a sua língua, e com as suas mãos de porcelana quentes como duas brasas incandescentes. Foi ela que me desapertou o botão das calças e mas puxou para baixo. Foi ela que enfiou a mão direita pelas minhas cuecas, enquanto me prendia as mãos com a mão esquerda e me enfiava a língua na boca para beber o meu hálito flamejante. E com precisão milimétrica, sabendo exactamente onde tocar, o seu dedo acariciou-me devagar mas com uma cadência certa e correcta. Não foi preciso dizer-lhe nada, ela sentia-me por dentro, sentia os seus dedos a enterrarem-se na carne macia e intoleravelmente molhada do meu sexo. E eu sabia que isso a excitava e senti-la excitada electrizava-me mais ainda! Demorou a fazer-me vir mas não parou enquanto não me satisfez… e de que maneira o fez! Nunca tinha tido orgasmos múltiplos com um homem, mas com uma mulher foi assim!
A dois
Ele atirou-me contra a parede e nervosamente me despiu a camisa. Atrapalhou-se a desabotoar os botões tal era a pressão que sentia, e que eu sentia também, no seu sexo que se agigantava entre as minhas pernas. Os beijos foram curtos e profundos e perdeu-se nas minhas mamas, mas quis mais acaricia-las com as mãos do que com a língua. Eu sentia-o cada vez mais duro contra o meu sexo de tal forma que chegava a ser incómodo. Ele despiu-me e nem sequer me quis sentir tal era a pressa que tinha em se vir. Despiu as calças e enfiou o seu sexo duro no meu que apenas começava a amolecer. Virou-me de costas e espetou-me bem profundamente aumentando a cadência e focando-se apenas na vontade que tinha de se vir. Eu tinha duas opções, ou tocava-me a mim ou pedia-lhe que o fizesse enquanto me fodia porque doutra forma eu nem sequer me iria conseguir vir. Pedi-lhe para me tocar. Ele pôs a mão no meu sexo mas falhava o sítio… não se conseguia concentrar no meu prazer de tal forma estava absorto no seu. Enquanto não se veio não me prestou atenção. Só depois me perguntou se eu tinha ficado satisfeita e encolheu os ombros quando eu lhe disse que não…
Ela chegou e não foram precisas palavras. Abraçamo-nos longamente e depois beijamo-nos. A sua boa quente abrindo-se para a minha, convidando-me a entrar e dando-me espaço para que minha língua brincasse com a sua. A pele suave da sua face desorientava-me e o cheiro dela inebriava-se em mim de cada vez que inspirava profundamente. Sentia-me já em seu poder, desde o primeiro momento nunca deixei de o estar. Ela encostou-me contra a parede, encostando-se contra mim e despiu-me a camisa. A sua língua viajou até às minhas mamas que endureciam a cada toque e ali divertiu-se a brincar com os meus mamilos, sugando-os e puxando-os com os dentes até me levar à beira da loucura. Ela ria-se, um riso infantil e endiabrado. Era ela que tinha o controlo sobre mim e eu apenas me entregava nas mãos desta mulher feiticeira, mulher aranha. Não havia traço meu, bocado de pele, que ela não acariciasse, com a sua língua, e com as suas mãos de porcelana quentes como duas brasas incandescentes. Foi ela que me desapertou o botão das calças e mas puxou para baixo. Foi ela que enfiou a mão direita pelas minhas cuecas, enquanto me prendia as mãos com a mão esquerda e me enfiava a língua na boca para beber o meu hálito flamejante. E com precisão milimétrica, sabendo exactamente onde tocar, o seu dedo acariciou-me devagar mas com uma cadência certa e correcta. Não foi preciso dizer-lhe nada, ela sentia-me por dentro, sentia os seus dedos a enterrarem-se na carne macia e intoleravelmente molhada do meu sexo. E eu sabia que isso a excitava e senti-la excitada electrizava-me mais ainda! Demorou a fazer-me vir mas não parou enquanto não me satisfez… e de que maneira o fez! Nunca tinha tido orgasmos múltiplos com um homem, mas com uma mulher foi assim!
A dois
Ele atirou-me contra a parede e nervosamente me despiu a camisa. Atrapalhou-se a desabotoar os botões tal era a pressão que sentia, e que eu sentia também, no seu sexo que se agigantava entre as minhas pernas. Os beijos foram curtos e profundos e perdeu-se nas minhas mamas, mas quis mais acaricia-las com as mãos do que com a língua. Eu sentia-o cada vez mais duro contra o meu sexo de tal forma que chegava a ser incómodo. Ele despiu-me e nem sequer me quis sentir tal era a pressa que tinha em se vir. Despiu as calças e enfiou o seu sexo duro no meu que apenas começava a amolecer. Virou-me de costas e espetou-me bem profundamente aumentando a cadência e focando-se apenas na vontade que tinha de se vir. Eu tinha duas opções, ou tocava-me a mim ou pedia-lhe que o fizesse enquanto me fodia porque doutra forma eu nem sequer me iria conseguir vir. Pedi-lhe para me tocar. Ele pôs a mão no meu sexo mas falhava o sítio… não se conseguia concentrar no meu prazer de tal forma estava absorto no seu. Enquanto não se veio não me prestou atenção. Só depois me perguntou se eu tinha ficado satisfeita e encolheu os ombros quando eu lhe disse que não…
Aqui vai disto!
Toma lá um tira teimas que eu não sou mulher de me ficar!
(E para quem não gosta de sexo, temos pena mas continue a tentar que pode ser que isto algum dia se endireite! Eu continuo à espera que uma das sócias, ou mais, me venham dar umas chicotadas, mas parece que andam todas envergonhadas!)
(E para quem não gosta de sexo, temos pena mas continue a tentar que pode ser que isto algum dia se endireite! Eu continuo à espera que uma das sócias, ou mais, me venham dar umas chicotadas, mas parece que andam todas envergonhadas!)
a questão fracturante está no título
Arlindinha, terás reparado, certamente, no título do meu post. Estava a falar deles, não de nós. Eu não quero amar perdidamente uma mulher. Adoro homens. Não quero sair de qualquer armário. Eventualmente poderei entrar em um, se for espaçoso e eu estiver acompanhada... por um homem. Quiçá dois.
das mulheres
Mas não é preciso ser-se lésbica para amar perdidamente uma mulher… todas as mulheres são lésbicas em potência…
É só uma questão de ter vontade de dar um pontapé na porta do armário onde todas se enfiaram…
É só uma questão de ter vontade de dar um pontapé na porta do armário onde todas se enfiaram…
3.11.06
Nature is divine
Só não sabe quem nunca se sentiu bafejado pela chama da sorte. Sorte maior neste caso porque a chama tem ida e volta. Se uma acha se acende, logo outra lhe faz eco e lhe devolve uma chama ainda maior.
Quem falou do "fogo que arde sem se ver" sabia o que estava a dizer e se a sorte pelo menos por uma vez não nos for madrasta e nos colocar perante aquele, ou aquela, por quem todos os nossos sentidos se atinam, ou desatinam, o fogo alastra, e ganha asas e torna-se cometa ardente e poderoso rumando pelo espaço frio e escuro da nossa brevíssima existência.
Pensar na pessoa amada é o que me tem trazido inspirada! Vou saltando de plano em plano sempre galgando horizontes invisíveis e nunca antes visitados. Dou saltos mortais, e atiro-me em voos encarpados feita artista do trapézio voador mas sem rede por baixo!
Amar assim não está ao alcance de qualquer um! Arrisca-se tudo numa pequena nascente que poderá desaguar num grande nada, ou pelo contrário, ir crescendo e acrescentando-se até se tornar no mais poderoso rio algum dia visto ou explorado!
E é quando das nossas mãos se soltam gotas de prazer multiplicado que sabemos e sentimos que o maior segredo do Amor está em saber que o prazer supremo vem do acto de dar e não do de receber!
E é então que ouvimos os anjos a cantar, e nos sentimos a flutuar por cima de todos os outros até chegarmos às nuvens e todo o peso da nossa entidade física se evapora e por breves segundos somos unos com as estrelas, com o poder cósmico de todo o universo concentrado num só ponto, ou em dois fundidos num só, em forma do maior orgasmo comungado de todo o sempre!
Fomeca danada!
Saem uns scones ali para os amigos da noitada!
(E agradecimentos à Exma. Sra. D. Cecília que nos proporcionou esta bela desgarrada!)
anaconda
Anda, naco!
Nada, cano,
cá na onda.
Dá napombinha da menina que é tãão linda linda miquelona cona.
:D
Nada, cano,
cá na onda.
Dá na
:D
2.11.06
Clown State Inc.
Ele há dias assim, em que uma pessoa acorda mais ou menos mal disposta e depois dá de caras com uma banca de jornais e revistas em que é só palhaços nas capas. Ele há dias assim, em que uma pessoa sente vergonha de partilhar a nacionalidade com uns espécimes adulterados que um dia pensaram que marchand era uma tradução livre e melhorada de prostituto de luxo.
Não os condeno a eles, aos palhaços que se deixam fotografar. Palhaço que é palhaço precisa de tempo de antena, seja de que maneira for. O que me incomoda são os outros, que os perseguem e praticamente os obrigam a permanecer nas luzes da ribalta. E os pobres de espírito que papam tudo aquilo e ainda pedem mais.
É triste sentirmos que pertencemos a uma nação de palhaços. É triste sobretudo porque nos desvaloriza face aos habitantes de outras nações. Alguém que venha de fora nunca entenderá porque aqui tanto acarinhamos os palhaços. Não digo que outras nações não os tenham, afinal há e sempre houve bobos da corte. Mas os palhaços devem ocupar o lugar que lhes é devido. Servem para umas quantas gargalhadas quando o tédio nos invade mas depois quando chega a altura de passarmos aos assuntos sérios, eles devem ser relegados para um plano secundário.
Afinal como querem que nos levem a sério lá fora, se nós próprios nem conseguimos fazê-lo cá dentro?
1.11.06
mors tam oca
Tramam soco:
-Comam, rotas!
Troam, socam,
mocam ratos.
Como tramas;
masco, tramo.
Cromas... Toma!
Mosca morta...
-Comam, rotas!
Troam, socam,
mocam ratos.
Como tramas;
masco, tramo.
Cromas... Toma!
Mosca morta...
Querido diário
Hoje fiz pela primeira vez um teste de gravidez, nem te digo e mal te escrevo, foi uma trabalheira. A sério, andei meses para conseguir acertar com a porcaria do teste. Bem me disse uma amiga minha que aquilo era uma chatice. Dizia ela que comprou um, mas que devia ser duma marca foleira, porque só dizia lá para ver se tinha uns risquinhos cor-de-rosa ao fim de 10 minutos, mas ela por mais que olhasse só via uma grande mancha vermelha e não via riscos nenhum. É o que dá não pensarem nas coisas, vê-se mesmo que foram homens a fazer aquilo, se fosse uma mulher tinha desenhado um teste de gravidez que funcionasse mesmo quando uma gaja está com o período.
E eu também não tive grande sorte. Primeiro aquilo diz que é melhor com a primeira urina da manhã, mas de manhã eu estava sempre tão mal disposta, só me apetecia vomitar, não me apetecia muito andar a ler instruções. E aquilo é duma complicação… é preciso acertar com o xixi no pauzinho, e é preciso muita pontaria, e eu que tenho andado a engordar, nunca consegui contorcer-me o suficiente para acertar em condições, mas enfim, ao fim de vários meses de treino, esta manhã lá consegui acertar, mas quando ia para ver se tinha lá os tais dois risquinhos começou-me a dar umas dores de barriga muito fortes, e tive de ir para o hospital, e nem tive tempo de olhar. Lá fui para o hospital, trataram-me muito bem, deram-me uma anestesia que deixou de me doer a barriga, e nem tiveram de me operar nem nada como fizeram a uma amiga minha quando teve o apêndice, só me disseram para fazer força, força e eu fazia força, força e depois deram-me muitos parabéns porque eu fiz muita força, e portei-me tão bem que me deram um bebé para eu levar para casa e eu fiquei muito contente porque é um bebé muito giro e encurricadinho. E prontos, o chato é que quando cheguei a casa lá olhei para o teste e tinha dois risquinhos o que quer dizer que estou grávida, o que é uma chatice porque diz que dá enjoos...
E eu também não tive grande sorte. Primeiro aquilo diz que é melhor com a primeira urina da manhã, mas de manhã eu estava sempre tão mal disposta, só me apetecia vomitar, não me apetecia muito andar a ler instruções. E aquilo é duma complicação… é preciso acertar com o xixi no pauzinho, e é preciso muita pontaria, e eu que tenho andado a engordar, nunca consegui contorcer-me o suficiente para acertar em condições, mas enfim, ao fim de vários meses de treino, esta manhã lá consegui acertar, mas quando ia para ver se tinha lá os tais dois risquinhos começou-me a dar umas dores de barriga muito fortes, e tive de ir para o hospital, e nem tive tempo de olhar. Lá fui para o hospital, trataram-me muito bem, deram-me uma anestesia que deixou de me doer a barriga, e nem tiveram de me operar nem nada como fizeram a uma amiga minha quando teve o apêndice, só me disseram para fazer força, força e eu fazia força, força e depois deram-me muitos parabéns porque eu fiz muita força, e portei-me tão bem que me deram um bebé para eu levar para casa e eu fiquei muito contente porque é um bebé muito giro e encurricadinho. E prontos, o chato é que quando cheguei a casa lá olhei para o teste e tinha dois risquinhos o que quer dizer que estou grávida, o que é uma chatice porque diz que dá enjoos...
Ele há lá cada uma!
I am a vampire of modern times and sex is the fuel of my nightly existence…
Without it I will shiver and die!
É que realmente a gente lê com cada coisa nesta vida!
Não sei de quem é a autoria mas deve ser com certeza de gente muito destrambelhada...
Há por aí alguém chamado Bruna? Agora de repente lembrei-me...
Without it I will shiver and die!
É que realmente a gente lê com cada coisa nesta vida!
Não sei de quem é a autoria mas deve ser com certeza de gente muito destrambelhada...
Há por aí alguém chamado Bruna? Agora de repente lembrei-me...